segunda-feira, 11 de novembro de 2013

APOSTAS PARA O OSCAR 2014: CAPÍTULO III

Blue Jasmine
Não sei quanto a vocês, mas desde que eu soube que Cate Blanchett estaria no novo filme de Woody Allen eu já podia ver o nome dela nas bolsas de apostas para a temporada de ouro. Querida pelo público, crítica e votantes, Blanchett tem fortes chances pela sua interpretação da personagem do título, uma milionária que perde todo o dinheiro e é obrigada a morar em São Francisco com a irmã modesta (Sally Hawkins). O roteiro (que partiu de uma ideia da esposa de Allen), mescla a crise financeira à crise pessoal que a personagem atravessa entre o chique e o cafona. Essa comédia amarga, marca o retorno do cineasta aos EUA, já que desde 2009 ele filmava na Europa. 

Capitão Phillips (Captain Phillips)
Lançado nos cinemas brasileiros, tenho desconfianças de que todos os méritos do longa de Paul Greengrass pode ficar em segundo plano diante do tom aventuresco de sua narrativa. Há tempos sabemos que filmes que podem ser considerados de ação podem perder força perante a Academia. No entanto, todo mundo gostaria de ver Tom Hanks voltando ao primeiro time de Hollywood na pele do Capitão Richard Phillips, comandante naval experiente que tem seu navio (carregado de suprimentos para a Somália)  tomado por piratas somalianos. Greengrass confirma seu talento na extensa negociação que se segue. Resta cruzar os dedos para que o filme faça bonito na temporada de ouro. 

Ela (Her)
Fãs que adoram as esquisitices de Spike Jonze (Quero Ser John Malkovich/1999) já tem motivos para se alegrar com o aguardado lançamento de Her. O longa foi concluído em setembro e já pode ser considerado um dos mais promissores da temporada. O filme conta a história de Theodore (Joaquin Phoenix), um homem solitário que compra um sistema operacional de inteligência artificial que interage com o dono e atende pelo nome de Samantha (voz de Scarlett Johansson). Jonze disse que o filme é mais do que sobre uma história de amor, mas sobre nossa necessidade de conexão afetiva. No elenco ainda estão Rooney Mara (como a ex-esposa de Theo) e Amy Adams, como uma amiga do personagem. 

Nebraska
Filmado em preto e branco, elogiadíssimo em Cannes e com aura de cult, parece que depois de toda a celebração com Os Descendentes/2011, Alexander Payne resolveu voltar às suas origens indies. O filme conta a história de Woody Grant (Bruce Dern), que acredita ter ganho um milhão de dólares - mas para resgatá-lo precisa ir até Lincoln, no estado de Nebraska. Acompanhado pelo filho (Will Forte), acontece um fato inesperado que faz com que os dois comecem a visitar parentes na cidadezinha (e esses cobiçam cada vez mais o prêmio que Woody acredita ter ganho). A dramédia já coleciona fãs e deve garantir algumas indicações ao filme, especialmente pelo esmero de Bruce Dern. 

Philomena
De vez em quando um filme de Stephen Frears cai no gosto da Academia e em 2013 veremos um desses casos. Antes de ir para um convento em 1952, Philomenta (Judy Dench) teve um filho que foi entregue para adoção ainda recém nascido em 1952. Vários anos depois ela resolve buscar o paradeiro do filho com a ajuda de um jornalista temperamental Martin Sixmith (Steve Coogan, que também assina o roteiro). Quando o casal parte para os EUA, descobre informações surpreendentes sobre o filho de Philomena - ao mesmo tempo que se tornam grandes amigos. Aclamado pelos festivais por onde passou, Judy deve cravar outra indicação e Coogan deve ser lembado pela primeira vez pela Academia.  

O Quinto Poder (The Fifth State)
A medida que os aguardados filmes de fim de ano estreiam, alguns têm suas indicações comprometidas pelas críticas negativas. Isso acontece à Diana (com Naomi Watts) e com esse The Fifth State, em ambos os casos somente seus protagonistas ainda tem alguma chance de fazer bonito nas premiações. Benedict Cumberbatch está perfeito como  Julian Assange, o polêmico criador do website WikLeaks ao lado do amigo Daniel Domscheit-Berg (Daniel Brühl que está cotado como coadjuvante por outro filme, o acelerado Rush de Ron Howard). O filme mergulha na relação criativa da dupla, mas é impossível não comparar com a eficiência de A Rede Social (2010) de David Fincher. O Quinto Poder tem colecionado críticas por ser considerado cansativo e confuso e Assange faz questão de espinafrar o filme pela internet. Parece que o diretor Bill Condon continua em sua pior fase...

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