sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

N@ CAPA: INDICADOS AO OSCAR 2014 - MELHOR FILME


Domingo é dia de Oscar e nada melhor para ser a capa do mês de fevereiro do que os nove contemplados com o reconhecimento da Academia como os melhores filmes de 2013. Alguns já passaram por aqui, outros estão em cartaz e alguns ainda vão estrear, mas todo mundo ouviu falar deles durante o mês de passou. Já tem o seu favorito? 
A seguir os candidatos a melhor filme:

Capitão Phillips Apesar dos comentários de que o verdadeiro Phillips foi bem menos heroico do que conta o filme, existe um burburinho que aponta que o filme pode surpreender na categoria. Será? Não acredito muito que o filme que ajudou a dar um upgrade na carreira de Tom Hanks (que faz tempo precisava de um sucesso desse porte) chegue tão longe com a história real de um barco que é tomado por piratas. O filme está indicado em seis categorias: Filme, montagem, edição de som, mixagem de som, roteiro adaptado e ator coadjuvante (Barkhad Abdi tem chances de levar!)

Clube de Compras Dallas É sempre interessante quando um filme que ficou na gaveta por tanto tempo consegue ser finalizado e chegar tão longe. Muita gente torce o nariz pelo filme concorrer na categoria de melhor filme do ano, mas não deixa de ser honroso que a Academia reconheça os méritos de uma história real de contravenção: um grupo de pessoas portadoras do HIV realizam uma espécie de cooperativa que faz contrabando de remédios mexicanos para os EUA. A trama concorre a seis estatuetas: Filme, montagem, cabelo e maquiagem, roteiro original, ator (Matthew McConaghey, favorito na categoria) e ator coadjuvante (Jared Leto, idem). 

12 Anos de Escravidão Quando foram divulgados os indicados, a história real do negro livre que é enganado e vendido como escravo no interior dos EUA estava longe de ser favorito ao prêmio, mas gradativamente chamou atenção pela firmeza com que conduz um assunto que os americanos adoram esconder debaixo do tapete. O filme não poupa o expectador dos horrores causados pelo período e sua força narrativa nasce exatamente daí (embora alguns críticos brasileiros não vejam novidade nisso, já que por aqui até as novelas das seis abordam o tema). O longa está no páreo nas categorias: filme, direção (Steve McQueen), figurinos, montagem, design de produção, roteiro adaptado, ator (Chiwetel Ejiofor), ator coadjuvante (Michael Fassbender) e atriz coadjuvante (Lupita Nyong'O, que tem fortes chances) 

Ela concorre em cinco categorias (Filme, canção, trilha sonora, design de produção e roteiro original - o qual é favorito) e, curiosamente, é a primeira vez que um filme de Spike Jonze concorre na categoria principal. O roteiro escrito pelo diretor conta a história de um futuro próximo, onde um homem solitário se apaixona por um sistema operacional com voz da Scarlett Johansson! Menos do que uma crítica, o filme aborda a necessidade que o ser humano tem em conectar-se com alguém para lidar com sua existência. Considerado um dos filmes mais originais (e tristes) da temporada, Ela deve ser contemplado com o prêmio de roteiro original - o que seria o primeiro Oscar de Spike Jonze. 

Gravidade Filmes de ficção científica não costumam ser lembrados na categoria mais importante do Oscar, mas o longa de Alfonso Cuarón está bem perto de ser considerado o melhor filme do ano. A seu favor está a sensação de proporcionar ao espectador uma experiência cinematográfica e sensorial única. A qualidade do filme é impressionante ao contar a história da astronauta que se perde no espaço e precisa enfrentar vários desafios. Cuarón deve levar o prêmio de diretor, mas o filme concorre em outras nove categorias - sendo favorito em todas as técnicas (fotografia, montagem, trilha sonora, design de produção, edição de som, mixagem de som, efeitos especiais), além de concorrer na categoria de melhor filme e atriz (Sandra Bullock no papel de sua vida).

Nebraska Às vezes tenho a impressão que nem Alexander Payne acredita que tem, mais uma vez, uma obra sua sendo lembrada pela Academia. É verdade que Nebraska chamava a atenção desde a sua estreia em Cannes - e a indicação de Bruce Dern pela atuação de um senhor que acredita que receberá um prêmio de um milhão de dólares era praticamente certa. A jornada desse personagem curioso por pessoas e lugares de sua história é temperada com o tom cômico de Payne, sendo lembrada em seis categorias: melhor filme, diretor (Payne), ator (Dern), atriz coadjuvante (June Squibb), fotografia e roteiro original, mas é favorito em nenhuma delas. 

O Lobo de Wall Street Leonardo DiCaprio realizou seu quinto trabalho com Martin Scorsese, a diferença é que dessa vez a iniciativa foi do ator em escalar o consagrado diretor para dirigir a cinebiografia de Jordan Belfort - que ficou famoso por fazer fortuna com crimes cometidos em nome dos excessos do capitalismo na Terra do Tio Sam. O longa concorre aos prêmios de filme, direção (Scorsese), ator (DiCaprio), ator coadjuvante (Jonah Hill) e roteiro adaptado. Apesar do sucesso de bilheteria, é público e notório que a Academia tem suas ressalvas com um longa metragem repleto de sexo, drogas e contravenções. 

Trapaça Se o Oscar fosse realizado há um mês atrás, o filme de David O. Russell provavelmente teria sido o grande favorito. A verdade é que a trama que mistura trapaceiros, agentes do FBI, políticos corruptos e uma ex-mulher ensandecida perdeu força conforme se aproximava a data da cerimonia. O filme acabou perdendo seu favoritismo, mas o sucesso de bilheteria ainda o mantém no páreo com o ar de tributo a Scorsese. O filme - ao lado de Gravidade - é o que concorre em mais categorias: filme, diretor (Russell), ator (Christian Bale), atriz (Amy Adams), ator coadjuvante (Bradley Cooper), atriz coadjuvante (Jennifer Lawrence, que pode levar), figurino, edição, design de produção e roteiro original, num total de 10 chances de levar a estatueta para casa.  

Philomena Histórias humanas quando bem realizadas são sempre bem vindas! Prova disso é o sucesso que o último filme de Stephen Frears faz desde que foi lançado no Festival de Veneza no ano passado. Baseado numa história real (completando cinco histórias verdadeiras no páreo de melhor filme), o longa retrata a história de uma senhora que resolveu buscar o paradeiro do filho dado à adoção. Em sua jornada ela conta com a ajuda de um jornalista (Steve Coogan, que assina o roteiro) de temperamento bem diferente do dela. O filme tem 4 indicações - com chances na categoria de roteiro adaptado ainda concorre a melhor filme, atriz (Judi Dench) e trilha sonora. 

O ESQUECIDO: Inside Llewyn Davis - Balada de um Homem Comum. Quem diria que depois de uma consagrada estreia em Cannes o novo filme dos irmãos Coen seria tratado com tanto pouco caso pela Academia. Talvez o Oscar tenha se cansado de histórias sobre artistas talentosos fracassados. O filme sobre o fictício Llewyn Davis pode não ter agradado pela atmosfera lúgubre e pelos personagens melancólicos, mas chega a ser maldade deixá-lo de fora até da categoria melhor canção original. O filme ainda poderia estar fácil nas categorias de melhor filme, diretor, roteiro original e ator (Oscar Isaac), mas a Academia o reconheceu somente nas categorias de fotografia e mixagem de som. 

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