domingo, 23 de outubro de 2016

APOSTAS PARA O OSCAR 2017 - CAPÍTULO II

"Elle" de Paul Verhoeven
Há quem considere certa a indicação da francesa Isabelle Huppert ao Oscar de melhor atriz pelo papel da mulher que sofre abuso sexual e percorre um caminho inesperado após o ocorrido. Indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes, o novo filme do diretor de Instinto Selvagem/1992 se tornou o mais elogiado de sua carreira. A diva francesa já tem dois prêmios de melhor atriz em Cannes e quinze indicações ao César (o Oscar francês) - dois ela levou para a casa. No entanto, a Meryl Streep da terra de Balzac, nunca foi reconhecida pela Academia - será o momento de reparar o equívoco? 

"Loving" de Jeff Nichols
Aclamado em Cannes, o filme é baseado na história real do casal Loving, formado por Richard (Joel Edgerton) e Mildred (Ruth Negga), um casal que foi condenado à prisão no ano de 1958 no estado da Virgínia por ser formado por uma negra e um branco. Nichols conta a história de amor proibido sem perder de vista como toda a forma de preconceito é absurda - e seus protagonistas devem fazer bonito nas premiações. Vale lembrar que o casamento entre brancos e negros já foi proibida em 16 estados nos EUA. 

"Animais Noturnos" de Tom Ford
O estilista já provou que leva jeito para fazer filmes em sua estreia, agora ele utiliza seu cuidado estético primoroso para contar uma história de mistério complexa envolvendo a dona de uma galeria de arte (Amy Adams que é sempre uma boa aposta) e o romance escrito pelo ex-marido (Jake Gyllenhaal). Entre as várias camadas da história, Ford foi aclamado no Festival de Veneza pela sua boa costura entre o belo e o grotesco. 

"A Garota no Trem" de Tate Taylor 
Faz um tempinho que a Academia deveria dar maior atenção aos dotes de Emily Blunt. A atriz já provou que consegue dar conta de todo tipo de personagem e quem sabe se um filme de sucesso a ajudará a ser devidamente reconhecida? O suspense A Garota no Trem traz Emily envolvida com o desaparecimento de uma mulher  que ela sempre costumava ver quando ia para o trabalho, as reviravoltas envolvendo a personagem podem colocar a atriz entre as cinco melhores atuações femininas do ano.

"Paterson" de Jim Jarmusch
No páreo de melhor ator, muita gente está desejando uma vaga para Adam Driver nas premiações por sua atuação como o motorista de ônibus que também é poeta no novo filme do cultuado Jarmusch. Aclamado por sua poesia do cotidiano desde sua estreia em Cannes, Paterson não é o tipo de filme que será um estouro de bilheteria, mas deve agradar a galera indie que tem voto garantido no Oscar!

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