5 Homem Aranha (2002) Acho que Sam Raimi nem imaginava como ele se daria bem ao dirigir a franquia de Spider Man. Considero impressionante a forma como conseguiu reunir tantos elementos harmônicos no filme, para começar a escolha de Tobey Maguire para ser Peter Parker beira o brilhantismo, o cara de bom rapaz caiu como uma luva para o personagem. Pode se dizer o mesmo da Tia Mae de Rosemary Harris, o editor vivido por J. K Simmons, a Mary Jane de Kirsten Dunst, a fotografia, os efeitos especiais... enfim, Raimi realmente soube como formatar a franquia para o cinema nesse episódio! E ainda que todo mundo fale mal do Duende Verde eu considero Willem Dafoe muito bem como um vilão que nasce de uma grande fusão empresarial! A coisa ficou tão legal que até temo pela repaginada que o filme irá sofrer nas mãos de Marc Weber! Grandes poderes exigem grandes responsabilidades!
4 Os Incríveis (2003) As animações estavam entre a fofura dos bichinhos e o deboche aos contos de fada quando surgiu esta animação da Pixar dirigida por Brad Bird. Mais do que um filme sobre heróis o filme é sobre a família e as diferenças entre seus membros - que acaba fortalecendo-os enquanto grupo. Filosofices à parte Os Incríveis é muito melhor do que a maioria dos filmes de ação de carne e osso que aparecem por aí - e ainda é cheio de referências à Watchmen de Alan Moore. Cheio de heróis insatisfeitos com a aposentadoria, personagens multifacetados (como a estilista de heróis Edna Moda - dublada pelo próprio Bird - deve ter aprendido em Watchmen que capa não é nada funcional...) e fãs vingativos esta aventura do Sr. Incrível e sua família bem que merecia uma continuação! Talvez por ser um desenho tenha sido o único filme de herói a ganhar o Oscar de Melhor Filme - mesmo que seja de animação...
3 X-Men 2 (2003) Bryan Singer me deixou preocupado quando disse que iria dirigir a adaptação dos heróis mutantes da Marvel para o cinema. Ainda bem que X-Men se tornou uma referência para os filmes de heróis ao usar uma atmosfera séria e realista. Depois das inúmeras reclamações da curta direção do primeiro longa Singer fez a sequência anabolizada explorando o passado de Wolverine (Hugh Jackman) e uma verdadeira caça aos mutantes liderada por Stryker (Bryan Cox). Nessa empreitada os heróis de Xavier (Patrick Stewart) e os vilões de Magneto (Ian McKellen) irão se unir por uma causa maior... pelo menos até o quase fim da sessão. O filme continua resistindo ao tom maniqueísta que costuma assolar os filmes de heróis e deixou água na boca para a terceira parte que acabou mudando o diretor e perdendo o tom elegante da narrativa mutuna Singeriana.
2 Watchmen (2009) Fracasso nos Estados Unidos, sucesso na Europa, rejeitado por Alan Moore, divisor da opinião do público e crítica, a histórica saga dos heróis atormentados por seus fantasmas chegou às telas no ano passado após inúmeros adiamentos desde a década de 1980. Vou logo dizendo que sou um dos admiradores do empenho de Zach Snyder em ser fiel à cultuada HQ, mantendo o seu verniz político pessimista e a complexidade de seus mascarados. O elenco competente (especialmente O Comediante de Jefrey Dean Morgan e Rorschach de Jackie Earle Haley) consegue ficar de igual para igual com a exuberância visual do longa. A trama tem como ponto de partida a morte de um dos Vigilantes e que evidencia uma conspiração que pode gerar o fim do mundo. Trilha inspirada, diálogos perfeitos e clima noir fazem de Watchmen um marco pouco reconhecido nos filmes de heróis, talves por mostrar sem pudores que o pior inimigo pode estar em nossas fraquezas.
1 Batman - O Cavaleiro das Trevas (2008) A unanimidade que Watchmen não alcançou foi destinada para a segunda aventura do Homem Morcego de Christian Bale sob a batuta de Christopher Nolan. Houve quem ficasse revoltado com a ausência do filme nas categorias mais nobres do Oscar, mas o prêmio póstumo de coadjuvante para o antológico Coringa de Heath Ledger serviu de consolação. Mais crível do que a oportuna visão política sobre a trama - ter alguém para acreditar (encarnado por Harvey Dent/Aaron Eckhart) mesmo entre o caos do Coringa e o limite do morcego justiceiro - é a impressionante relação entre os três personagens. Afinal, o Coringa parece Batman do avesso e Dent se torna a mistura dessas duas figuras de forma mais explícita ao final de suas tragédias pessoais. O filme rompeu a barreira do bilhão, deu carta branca à Nolan em Hollywood e sua sequência (anunciada para 2012) é umas das mais aguardadas de todos os tempos. Santa expectativa Batman!
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