sábado, 18 de outubro de 2025

Pódio: Johnny Massaro

Bronze: o filho pensativo.

3º O Filme da Minha Vida (2017) O terceiro longa metragem dirigido por Selton Mello pegou muita gente de surpresa por ser bem mais discreto do que os anteriores - o que torna o trabalho com os atores bem mais complicado por conta do tom introspectivo das atuações. Talvez seja por conta disso que o filme serviu para que eu percebesse o carioca Johnny Massaro como um ator bem mais interessante do que eu notava até então. Na pele do jovem Paco, que indaga os motivos de seu pai ter deixado a família, Johnny carrega o filme nas costas com bastante dignidade e provoca uma empatia instantânea na plateia. Massaro havia estreado na TV em 2005 aos 13 anos e após alguns papéis no cinema finalmente recebeu o destaque que merecia. 

Prata: O ex-namorado inconformado
2º Todas as Razões para Esquecer (2018) Eu ainda estava com Paco na cabeça quando eu assisti a esta comédia (romântica?) e fiquei ainda mais fã do Johnny por conta do tom completamente diferente do personagem que tenta sobreviver ao fim de um relacionamento amoroso. Na pele de um rapaz que não entende o motivo do fim do namoro (que aparentemente ia tão bem), ele apela para tudo: antidepressivos, aplicativos, festas... tudo parece ser recurso prático para superar a solidão e a frustração, mas... será mesmo? Bem humorado e com narrativa irresistível, o filme é uma delícia de assistir e confirmou de vez a versatilidade do ator. 

Ouro: o soropositivo engajado
1º Máscaras de Oxigênio não Cairão Automaticamente (2025) Massaro falou sobre ser gay pela primeira vez em 2021, mesmo ano em que viveu o personagem soropositivo em Os Primeiros Soldados. Anos depois, ele vive um personagem que vive a mesma situação, mas com uma personalidade totalmente diferente nesta ótima minissérie da HBO. Johnny vive Fernando, um comissário de bordo que no meio da epidemia da AIDS descobre ser soropositivo. A notícia irá fazê-lo contrabandear medicamentos ainda não aprovados no Brasil e colocar sua vida sob nova perspectiva em relação ao trabalho, ao amor, à militância e expor o quanto o preconceito pode ser mortal ao afetar as políticas públicas. Um trabalho que merece respeito (ainda mais depois daquela participação ingrata em uma certa novela da Globo).  

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