A noiva, a múmia, o Fantasma, o invisível, o Lobisomem, Frank e o Conde.
Vejamos, no mês de novembro temos o dia de finados e, em 2015, ainda tivemos o privilégio de uma bela sexta-feira 13 para assombrar os supersticiosos. Talvez seja por esse clima que o blog teve os monstros clássicos do cinema em destaque. Frankenstein, Drácula, Fantasma da Ópera, O Homem Invisível e múmias fazem sucesso no cinema há muito tempo. O Frankenstein que temos em nosso imaginário é menos o criado por Mary Shelley e mais a concepção visual criada por James Whale (comentado esse mês com Deuses e Monstros/1998) com a ajuda valiosa de Boris Karloff para dar vida à criatura. O monstro ganharia outras transposições para o cinema, mas nenhuma com o mesmo impacto do filme de 1931 (até Robert DeNiro encarnou a criatura em 1994 num longa dirigido por Kenneth Brannagh). Hoje o personagem pode ser visto nas telas brasileiras em Victor Frankenstein, que tem o foco no pai da criatura (James McAvoy) pelos olhos de seu assistente Igor (Daniel Radcliffe). O personagem também é um dos pontos mais fortes da série Penny Dreadful, que vai ao ar pela HBO aqui no Brasil. Vale lembrar que o filme de 1931 fez tanto sucesso que gerou uma continuação com outro personagem icônico, A Noiva de Frankenstein (1935) que foi concebida também por James Whale e influenciou penteados famosos de Lady Gaga e Marge Simpson. Whale também levou para as telas O Homem Invisível em 1933, baseado na obra de H.G. Wells. O personagem voltaria a ter outras versões para o cinema, geralmente flertando com a ficção científica (como Paul Verhoven reforçou em O Homem sem Sombra/2000 com Kevin Bacon) ou até comédias (Memórias de Um Homem Invisível/1992 com Chevy Chase) Outro personagem de horror clássico absoluto é o célebre Conde Drácula da Transilvânia. Embora tenha recebido atuação inspirada de Gary Oldman na adaptação de Francis Ford Coppola (em 1992) para o livro de Bram Stoker, a grande referência do vampiro nas telonas é ainda a personificação de Bela Lugosi de caninos afiados e sede de sangue. Depois dele inúmeros vampiros chegariam às telas por diversos atores (Tom Cruise, Brad Pitt, Robert Pattinson, David Bowie, Leslie Nielsen, Eddie Murphy até o recente Luke Evans). Assim como os dois, o Lobisomem também recebe versões constantes para a telona. A última versão mais pomposa da criatura foi em 2010, onde foi encarnada por Benicio Del Toro, mas você deve lembrar de Jack Nicholson em Lobo (1994) ou do antológico Um Lobisomem Americano em Londres (1981) de John Landis - enquanto as meninas preferem lembrar de Taylor Lautner sem camisa na saga Crepúsculo. Já A Múmia de vez em quando recebe uma refilmagem, Boris Karloff também imortalizou o personagem em 1932, década em que os longas de terror alcançaram seu auge em Hollywood. Depois foi a vez de Christopher Lee vestir o famoso figurino de ataduras em 1959 até que, em 1999, Brendan Fraser protagonizou uma aventura com referência aos clássicos do gênero -com o maior clima de Indiana Jones, rendendo mais duas continuações (recentemente, Tom Cruise mencionou querer ressuscitar a franquia). Para terminar, O Fantasma da Ópera, baseado na obra de Gaston Leroux, recebeu sua primeira versão para a telona em 1925, ganhou várias séries de TV até ser refilmado em 1989 com Robert Englund (famoso intérprete de Freddy Krueger) na pele do famoso personagem. Em 2004 outra versão chegou às telas com Gerard Butler na pele do mascarado, a direção foi de Joel Schumacher e a base era o musical de Andrew Lloyd Weber que ficou décadas em cartaz na Broadway - mas as bilheterias no cinema não chegaram a empolgar. Se você não viu nenhum filme com os personagens citados acima (o que eu duvido muito), não se preocupe, em breve Hollywood irá preparar novas versões de cada um deles.
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