Alfred, Robin e Batman: o morcegão pode ser muito divertido.
Depois de toda a polêmica envolvendo Batman Vs. Superman (2016) e as críticas sofridas por Esquadrão Suicida (2016), a Warner ao lado da DC Comics roíam as unhas pela vontade de conseguir um sucesso proporcional aos protestos histéricos que receberam. Enquanto não paravam de reformular os filmes de heróis que estão por vir, a estreia de Lego Batman surgiu como um bem vindo refresco. Sucesso de público e crítica, o filme demonstrou como o universo das histórias em quadrinhos ainda pode ser rico e manter o interesse do público. É verdade que se trata de uma animação e que muito o que funciona neste formato não seria tão bem visto num filme feito de carne, osso e celuloide. Também não podemos perder de vista que o filme é a continuação do famigerado Uma Aventura Lego (2014), já que expande o universo da franquia centrando em um dos personagens mais conhecidos daquele sucesso: o Homem Morcego. Lego Batman é na verdade uma sátira de tudo que o personagem já atravessou no mundo da cultura pop, além de ser uma grande brincadeira sobre a fama de anti-social e arrogante que o personagem conquistou ao longo do tempo e, por isso mesmo acerta ao colocar o Cavaleiro das Trevas ao lado de Dick Grayson, o Robin original (e só por colocar a dupla em seu melhor momento na telona o filme já merece credito). A inserção de Robin na sétima arte sempre se mostrou problemática (seja nos execrados filmes de Joel Schumacher, ou na sutileza de O Cavaleiro das Trevas Ressurge/2012 ou até em BvS que citava menino prodígio numa cena rápida), mas aqui, talvez pelo clima descontraído e descompromissado, a dupla se encaixa que é uma beleza. Afinal, Dick reflete o lado emocional que Batman deixa escondido pela máscara. Sorte que o filme não é só isso, chegando a ser engraçado ver a história colocando o personagem contra todos os vilões que já cruzaram o seu caminho (inclusive os mais bizarros dos quadrinhos que jamais teriam espaço no cinema, nomes feito Cabeça de Ovo ou Rei dos Codimentos) quando essa (ou quase) era a ideia de Ben Affleck para seu The Batman (que permanece na penumbra com Affleck fora da direção). Sem a necessidade do realismo, o filme deixa as rédeas soltas e consegue construir uma história divertida e bastante coerente com a trajetória do herói nas mais diversas mídias - o que rende vários momentos divertidos que levam os fãs ao delírio - e os geeks em geral quando o Coringa resolve libertar os vilões presos na lendária Zona Fantasma (claro que aqui não estamos falando só do General Zod e outros prisioneiros de Krypton, mas de Sauron, Voldemort, Agente Smith e seus clones e outros vilões consagrados) depois que Batman demonstra total indiferença perante ele (o que deixa o Coringa magoado, já que se considerava o pior inimigo do morcegão). Batman enfrenta aqui uma bela jornada para descobrir que fazer as coisas sozinho nem sempre pode ser a melhor ideia (mesmo que a Liga da Justiça faça uma festa sem convidá-lo) e nem precisa mencionar o belo visual colorido do filme. A saga do Batman de brinquedo ganhou vida própria para gerar filmes mais desencanados do que a DC prepara em live-action em meio a toda tensão que já conhecemos nas redes sociais.
Lego Batman: O Filme (Lego Batman - The Movie) de Chris McKay com vozes de Will Arnett, Michael Cera, Zach Galifianakis, Rosario Dawson, Ralph Fiennes, Jenny Slate e Conan O'Brien. ☻☻☻☻
O filme que eu amei a história é muito engraçado e isso me manteve super entretido. Sinto que todos os detalhes do filme cuidaram muito bem!! Faz muito tempo que não via um filme com uma animação tão boa quanto Lego Batman, o que mais me impressionou foram todos os dados que encontrei sobre o filme. Se ainda não a viram, eu recomendo amplamente, vocês vão gostar com certeza.
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