Pratt: a fofura de sempre.
Sabe aquele tipo de filme que para assistir você precisa desligar o cérebro? Pois é, sou daqueles que se eu desligar o cérebro e o filme for divertido ainda vale a pena. Mas tem aquele outro que desligar não é suficiente e você tem quase que arrancar o cérebro fora ou então sentir que ele derrete com a bobajada que ousaram torrar alguns milhões de dólares para filmar. Vou deixar a seu critério escolher em qual destas duas categorias A Guerra do Amanhã se encaixa. Eis que na atual frente fria eu resolvi ver um filme de ação para esquentar os ânimos (e acho que já mencionei por aqui que filmes de ação são excelentes soníferos para mim, não me pergunte o motivo... simplesmente acontece... e se eu acordar e continuar entendendo o filme, este ganha um lugar no meu coração pelo respeito ao meu cansaço de mero mortal proletariado). Admito que o motivo da minha escolha de assistir ao filme foi Chris Pratt, o ex-gordinho que virou astro com Guardiões da Galáxia (2014) e que anda precisando rever seus conceitos na hora de escolher projetos desde então. No entanto, não importa, ele é a prova viva de que para se fofo não precisa ser obeso, você pode ser sarado e te colocarem para bancar o brucutu, mas a fofura sempre estará lá. O pior é quando usam isso para prender sua atenção em filmes que não valeriam duas horas de sua vida. Enfim, Pratt interpreta Dan Forester, um ex-militar, casado e com uma filha pequena que atualmente ganha a vida como professor de Ensino Médio. Sua frustração é tentar retomar a carreira de cientista, mas nunca consegue. Eis que um dia ele está com os amigos reunidos para ver a final da Copa do Mundo (com direito a jogo do Brasil e seu craque Peralta...) e o campo é invadido por soldados vindos do futuro. Passado o susto inicial a coisa só piora... eles anunciam que vieram recrutar novos soldados para combater criaturas misteriosas que irão dizimar a humanidade no futuro. A premissa que já é absurda (nem vou entrar no mérito dos efeitos que isso pode gerar no futuro daquela gente, mas...) e se enrola ainda mais quando os recrutados são enviados para o futuro sem treino adequado em uma viagem no tempo desastrosa. Claro que os fãs deste tipo de produção não se preocupam muito com a coerência, mas o roteiro de Zach Dean capricha na baderna com a linha do tempo. Embora tenha criaturas realmente assustadoras, bons efeitos e cenas de ação frenéticas conjugadas com sentimentalismo rasteiro, o filme tem como ponto fraco o roteiro completamente estapafúrdio, mas que tem o mérito de convencer os produtores de que aquilo poderia funcionar ao ponto de ter um ator oscarizado (J.K Simmons parrudão) num papelzinho ingrato. Como já disse, está na hora de Chris Pratt ser mais criterioso com os textos que escolhe, ou então seria melhor ficar gordinho de novo e ser convidado para viver personagens mais interessantes do que o fortão de bom coração em todo filme que aparece. Aqui ele parece ter feito um favor para Chris McKay, que fez o divertido Lego: Batman (2017). Melhor seria ele não brincar mais com personagens de carne e osso da próxima vez.
A Guerra do Amanhã (The Tomorrow War/EUA-2021) de Chris McKay com Chris Pratt, Yvonne Strahovski, Betty Gilpin, Sam Richardson, JK Simmonds, Jasmine Mathews e Edwin Hodge. ☻☻
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