Com a chegada do outono nos EUA, o término do Festival de Veneza e a realização do emergente Festival de Telluride (realizado numa pequena vila em meio às montanhas rochosas do estado americano do Colorado) que tem demonstrado cada vez mais influência nos esboços das disputas de fim de ano, começamos a ter ideia de quem deve fazer bonito entre os melhores de 2011. Estão abertas as apostas e cinco filmes que vem ganhando força são os seguintes:
The Help
Ainda é cedo para apontar favoritos, mas The Help era visto somente como um filme simpático até entrar em cartaz e começar a fazer grande sucesso com uma poderosa campanha boca a boca. O roteiro que explora o efeito de entrevistas com mulheres negras em meio à luta pelos direitos civis num subúrbio do Tio Sam chamou a atenção pela mistura de drama e humor. No elenco, Emma Stone, Jessica Chastan, Sissy Spacek e (a especialmente aclamada) Viola Davis devem disputar seu lugar ao sol perante a Academia. O diretor novato Tate Taylor promete frescor entre as produções sisudas de fim de ano.
Carnage
É sempre bom ficar de olho nos trabalhos de Roman Polanski, especialmente se ele tem nas mãos um material tão explosivo como o premiado texto da peça O Deus da Carnificina e um elenco do porte dos ganhadores de Oscar Kate Winslet, Jodie Foster, Christoph Waltz e o já indicado John C. Reilly. O filme acompanha o encontro de dois casais que tentam discutir as pendengas do filho de um que agrediu o filho do outro. Tudo poderia ser resolvido se a agressividade da conversa não crescesse gradualmente. Precisa dizer que é um dos filmes mais aguardados deste fim de ano?
We Need to Talk about Kevin
A temática é parecida com a de Carnage, mas o roteiro vem de outra inspiração: o livro (arrepiante) de Lionel Shriver. Kevin é um garoto que resolve entrar na escolar e matar alguns colegas. O filme explora os sentimentos contraditórios de sua mãe e o peso da responsabilidade sobre os atos dele. O elenco também conta com John C. Reilly - mas quem deve chamar a atenção dos votantes é Tilda Swinton no papel da mãe e o novato Ezra Miller como o rapazinho do título. A direção de Lynne Ramsay pode não ser perfeita, mas deve garantir que a produção figure em algumas categorias.
The Iron Lady
Mais uma vez a disputa de Melhor Atriz deve ser acirrada, para azeitar ainda mais a corrida pelo ouro a recordista de indicações ao Oscar (Meryl Streep) está de volta com a intenção de levar para a casa sua terceira estatueta. Esta cinebio da primeira dama da Grã Bretanha Margareth Thatcher traz mais uma atuação impressionante da atriz - o que levanta suspeitas é a direção de Phyllida Lloyd (do questionável Mamma Mia!), mas nada que prejudique as intenções e repercussão da atuação de sua estrela.
Albert Nobbs
Para aumentar a tensão da disputa, nada melhor do que o retorno de uma veterana com cinco indicações e nenhuma vitória: Glenn Close. Close passou os últimos anos ganhando prêmios nos palcos e produções para a TV, só os deuses do cinema sabe o efeito que isso terá nas votações, mas o fato é que sua atuação sob a batuta de Rodrigo Garcia em Albert Nobbs lhe dá a chance de finalmente ser premiada pelo papel da mulher que se passa por homem na Irlanda do século XIX. O que pesa contra é o fato do papel já ter premiado Close no teatro. Ainda no elenco Mia Wasikowska e Johnatan Rhys Meyers.
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