Pódio: Joel Edgerton

Bronze: o bandido simpático.

3º Reino Animal (2010)

Apesar de atuar no cinema desde 1996 o australiano Joel Edgerton pode dividir sua carreira em antes e depois deste filme cult do diretor David Michôd. O ator interpreta um dos irmãos de uma família que é uma verdadeira quadrilha de criminosos. Coube a ele o papel de Barry Brown, o irmão que tenta manter alguma harmonia na casa - e que se torna responsável (indiretamente) para que tudo saia do controle. O filme lhe rendeu algumas indicações a prêmios de ator coadjuvante em sua terra natal e o colocou no radar dos produtores de Hollywood carentes de testosterona. 

Prata: O Agente Picareta

2º Aliança do Crime (2015)

Embora o filme estrelado por Johnny Depp não tenha feito o sucesso esperado, muita gente acreditava que Edgerton tinha chances de aparecer nas premiações por conta de sua atuação como o escorregadio John Connolly, o agente do FBI que utiliza como informante um dos maiores criminosos da história dos Estados Unidos, Whitey Bulger. Bem... na verdade Connolly era um grande picareta que se achava esperto mas acabou trabalhando para manter Bulger (Depp) em liberdade. Um papel complicado que o ator interpreta cheio de nuances e rouba a cena do protagonista. No mesmo ano o ator dirigiu seu primeiro filme "O Presente". 

Ouro: o marido proibido.

1º Loving (2016)

O filme lhe rendeu a primeira indicação ao Globo de Ouro e muitos apostavam que ele estaria na lista de concorrentes ao Oscar de melhor ator deste ano, mas infelizmente o ator ficou de fora por sua ótima atuação como Richard Loving, um homem que foi preso e perseguido por ter violado a lei contra casamentos inter-raciais no estado da Virginia nos EUA. Edgerton exibe aqui suas maiores qualidades como ator, sabe ser sutil, sensível e capaz de expressar emoções complexas. Sua química com a atriz Ruth Negga é impressionante e faz do filme um verdadeiro manifesto contra o racismo.