Cá estamos especulando mais uma vez sobre o ápice da temporada de ouro do cinema. Até o momento já tivemos contato com algumas produções que devem tentar alguma indicação. Provavelmente Duna 2 irá aparecer no Oscar novamente, assim como Divertida Mente2 tem lugar garantido entre os favoritos à melhor animação. Existe uma grande torcida para que A Substância quebre preconceitos e seja lembrado pelos votantes do Oscar, a torcida do longa estrelado por Demi Moore se tornou maior que a de Rivais, Guerra Civil e Assassino por Acaso tem sua ala de torcedores. No entanto, os pesos pesados da temporada começam a se revelar somente agora nos Estados Unidos. A seguir os filmes inéditos por aqui que cobiçam votos da Academia:
"O Brutalista" de Brady Corbet
Se a cerimônia do Oscar fosse hoje, provavelmente o ganhador seria este drama com três horas e meia de duração! O filme conta a história de Lászlo Toth (Adrien Brody), um visionário arquiteto que foge da Europa ao lado de sua esposa (Felicity Jones) no pós-guerra de 1947 para os EUA, mas o destino de ambos é mudado por conta de um misterioso cliente. Com a maior cara de cinemão clássico banhado nos fantasmas da Segunda Guerra Mundial, o filme tem tudo para ser o grande filme do próximo Oscar. Com produção impecável o filme de três horas e meia de duração impressiona por ter custado menos de dez milhões de dólares!!! Presença certa na categoria de melhor filme, direção, roteiro, ator, fotografia, figurino e montagem... o filme deve ser aquele que os demais devem temer.
"Anora" de Sam Baker
Com tantas mudanças entre o corpo votantes da Academia, não seria surpresa se o ganhador da Palma de Ouro do Festival de Cannes chegasse como o favorito para levar a estatueta no dia dois de março do ano que vem. O filme conta a história de uma garota de programa (Mikey Madison) que se casa com um grande herdeiro, mas que a família não recebe bem a notícia e deseja anular o casamento. Feito com atores desconhecidos e com o senso de dramédia habitual de Sam Baker, temos aqui a chance do diretor cair de vez nas graças da Academia (antes ele conseguiu somente aquela indicação de coadjuvante de Willem Dafoe por Projeto Flórida/2017). O longa parece ter lugar garantido nas categorias principais, incluindo filme, direção, roteiro e atriz principal.
"Conclave" de Edward Berger
Se os votos se dividirem entre os concorrentes anteriores, provavelmente este novo filme do diretor alemão do oscarizado
Nada de Novo no Front (2022) deve fazer bonito. A produção conta uma conspiração durante a escolha do novo Papa e Ralph Fiennes está perfeito como o cardeal responsável pela eleição (despontando como o grande favorito ao Oscar de melhor ator - e já passou da hora dos votantes reconhecerem o talento deste indicado duas vezes ao prêmio). O longa também deve concorrer em melhor filme, direção, figurino, direção de arte, roteiro, ator coadjuvante (Stanley Tucci) e atriz coadjuvante (Isabella Rosselini).
"O Quarto ao Lado" de Pedro Almodóvar
Premiado com o Leão de Ouro no Festival de Veneza, o novo filme do cineasta espanhol (que finalmente realizou seu primeiro longa-metragem em língua inglesa) chega cobiçando indicações robustas, pelo menos deve aparecer em melhor filme, direção, atriz (para Julianne Moore e Tilda Swinton), fotografia e roteiro. A trama conta a história de duas amigas que se reencontram em tom de despedida diante da doença grave de uma delas. O reencontro coloca a relação entre as duas em perspectiva e insere duas novas personagens femininas para a vasta coleção de musas do cineasta.
"Ainda Estou Aqui" de Walter Salles
Também premiado no Festival de Veneza (melhor roteiro), o brasileiro que disputará uma vaga no prêmio de Filme Internacional tem grandes chances de quebrar um longo jejum do nosso país no Oscar. Desde
"Central do Brasil"/1998, também de Walter Salles, que o Brasil não entra no páreo da categoria. O filme baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva, baseado na figura marcante de sua mãe (vivida aqui por Fernanda Torres). O longa conta a história de uma família que busca informações sobre o patriarca (papel de Selton Mello) desaparecido durante o período da ditadura militar. Existem muitas especulações que o filme tenha indicações para melhor atriz, roteiro, direção e até melhor filme, mas será que a Academia lhe renderia tanto espaço assim?
"Emilia Pérez" de Jacques Audiard
A grande pedra no caminho do filme brasileiro é este filme escolhido pela França para disputar o prêmio de Filme Internacional. Ambientado no México, o filme conta a história de uma advogada que ajuda um temido chefe de cartel a largar o mundo do crime e desaparecer para sempre na pele da mulher que ele sempre desejou ser. Karla Sofía Gascon, Zoe Saldana, Selena Gomez e Adriana Paz dividiram o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes. Karla tem chances de se tornar a primeira mulher trans a ser indicada ao Oscar de melhor atriz, as demais (especialmente Zoe Saldana e Gomez) devem aparecer como coadjuvantes. A última vez que um filme do diretor disputou o Oscar foi com o espetacular
O Profeta (que perdeu para o argentino O Segredo dos Seus Olhos). Só para lembrar: o filme é um musical!
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