quarta-feira, 5 de agosto de 2015

COMBO: Roqueiros do Cinema

Existem inúmeros filmes sobre bandas de rock, mas o cinema já provou que pode criar suas próprias bandas fictícias e confundir o público que pode até pensar se elas existiram ou não. Esse combo é dedicado às minhas cinco bandas favoritas que não fariam feio no mundo real, talvez por isso algumas realmente ganharam fama fora das telas. 

05 The Wonders (1996) Tom Hanks pode não ser grande coisa como cineasta, mas acertou quando contou os dilemas da banda The Wonders, uma das inúmeras bandas americanas que tentaram sucesso no rastro dos Beatles com seu rock inofensivo feito para embalar namoradinhos da década de 1960. A canção That thing you do! se tornou um hit na tela e fora dela, chegando a ser indicada ao Oscar e tocar no rádio por vários anos. Formado por um baterista bonzinho (Tom Everett Scortt), um vocalista arrogante (Johnaton Schaech), o guitarrista gente boa (Steve Zahn) e o baixista um tanto esquisito (Ethan Embry), o filme não foge muito do trivial, mas serve como bela alegoria sobre o fim da inocência (e ainda tem Liv Tyler e Charlize Theron bem novinhas no elenco). 

4 Quase Famosos (2000) A obra-prima de Cameron Crowe é uma colagem de suas experiências da época em que, ainda adolescente , era repórter da revista Rolling Stone. O filme acompanha a banda de sucesso Stillwater em sua turnê no ano de 1973. Entre drogas, groupies, música e momentos em que a banda quase vira pó, o jovem William Miller (Patrick Fugit) fica amigo do vocalista Russell (Billy Crudup) e se apaixona por sua groupie favorita, a reluzente Penny Lane (Kate Hudson, indicada ao Oscar pelo papel). Crowe imprime uma saborosa energia ao filme, sem perder de vista os tipos curiosos que rondam os personagens (especialmente a zelosa mãe de Willian, vivida por Frances McDormand - também indicada ao Oscar). O filme levou para casa o Oscar de roteiro original e foi o último grande filme de Crowe. 

3 Hedwig (2001) Fazer uma ópera-rock calcada num transexual não é tarefa para qualquer um. Se você considerar então que o diretor, roteirista e ator responsável é o mesmo homem, a coisa fica ainda mais interessante! Só de lembrar o que John Cameron Mitchell faz eu fico impressionado! Sua performance visceral como Hedwig, o jovem nascido na Alemanha ocidental que curtia David Bowie e acabou na cena underground americana colecionando desventuras amorosas (após uma amarga mudança de sexo) é inesquecível. O filme é uma grande ousadia e mostra como Mitchell pode ganhar a vida numa banda quando acharem que seus filmes ficaram menos interessantes. Um dos melhores musicais do cinema americano rendeu à Mitchell uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Ator (e uma das trilhas sonoras mais bacanas de todos os tempos). 

02 The Commitments - Loucos Pela Fama (1991) Os xiitas vão reclamar dizendo que a banda do filme de Alan Parker não é roqueira, mas uma mistura de Soul e R&B! Mas convenhamos que a atitude dos membros da banda formada por moradores do bairro operário de Dublin é mais punk do que de muita bandinha que toca no rádio atualmente. A partir da iniciativa de Jimmy Rabbitte (Robert Atkins) um grupo de jovens com situação social precária, tem o talento descoberto e a mistura de garra, som e fúria flerta constantemente com o fracasso devido as relações do grupo. O filme impressiona pela sua atmosfera realista e deu tão certo que o Commitments tornou-se uma banda de verdade que fez até shows no Brasil!

 01 Isto é Spinal Tap (1984) Considerado uma das melhores comédias de todos os tempos, o filme de Rob Reiner é um documentário farsesco (o tal mockumentary) sobre a banda britânica de Heavy Metal Spinal Tap. Feito a partir da experiência de um diretor que segue a banda para construir um documentário, o filme faz piada com referências explícitas às bandas que estavam no auge na década de 1980. Dos momentos de crise aos estrelismos, Isto é Spinal Tap é considerado por muitos um divisor de águas na construção dos filmes sobre música - ainda que tenha desagradado roqueiros e fãs variados por conta de suas alfinetadas à cultura pop, além de ter levado vários desavisados a acreditarem que o filme era realmente um documentário sobre uma banda da qual deveriam ter ouvido falar e, no entanto, desconheciam completamente.  

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