Frances McDormand (Três Anúncios para Um Crime) Favorita na categoria deste ano, a esposa do cineasta Joel Coen, já tem um Oscar na estante por sua inesquecível atuação em Fargo/1996 e outras três indicações ao prêmio de atriz coadjuvante. Frances é conhecida por temperar seus personagens com dureza e humor, o que faz toda a diferença na pele da sofrida Mildred que tem sede de justiça em busca do assassino de sua filha. Pela interpretação vigorosa ela já recebeu o Globo de Ouro de Atriz dramática, o SAG e o Critic's Choice Awards de melhor atriz. Considerada imbatível, Frances é tão generosa que já disse que de vez em quando lembram dela nas premiações, mas que ela considera melhor incentivar as mais jovens. Não é um amor?
Sally Hawkins (A Forma da Água) Dar conta de expressar as emoções sem dizer uma palavra em cena é um desafio e tanto! Ainda mais quando se é uma mulher apaixonada por um monstro marinho! No papel da muda Elisa, Sally realmente impressiona, não apenas pelo seu carisma em cena, mas pela forma como injeta erotismo em uma romance de fantasia. Esta é a segunda indicação desta atriz inglesa ao Oscar (a primeira foi de atriz coadjuvante pelo seu papel em Blue Jasmine/2013). Sally não é a favorita, mas acredito que a Academia lembrará dela em outras oportunidades, especialmente quando lembrar desta bela atuação no currículo.
Saoirse Ronan (Lady Bird) Aos 23 anos, Saoirse já tem fama de veterana. Esta é sua terceira indicação ao Oscar, a primeira foi na categoria de atriz coadjuvante aos treze anos - quando ela atrapalhava o romance de Desejo e Reparação (2007). Depois ela cresceu e apareceu como a protagonista inspiradora de Brooklyn (2015) que lhe rendeu sua primeira indicação ao prêmio de melhor atriz. Agora ela volta ao páreo na pele de uma adolescente que ainda está em busca de si mesma - e não para de discutir com a mãe. Por Lady Bird, Saoirse já recebeu o Globo de Ouro de atriz de comédia e é uma das mais cotadas se a Academia quiser surpreender nesta categoria. Outra forte concorrente é...
Margot Robbie (Eu, Tonya) Resolveu produzir um filme sobre uma personagem que a maioria das atrizes sairia correndo se a proposta chegasse até elas. Vivendo a ascensão e queda da patinadora Tonya Harding (acusada ter se envolvido num caso de agressão à uma concorrente no mundo da patinação artística em 1994). Margot está ótima e se confirma como uma atriz destemida. Além de passar meses treinando patinação no gelo, ela transita entre o drama e a comédia com uma desenvoltura impressionante (e levou para a casa o Critic's Choice Awards de melhor atriz de comédia). Esta é a primeira indicação da atriz australiana ao Oscar, mas bem que já poderia ter concorrido como coadjuvante por O Lobo de Wall Street/2013, filme que a revelou para o mundo.
Meryl Streep (The Post - A Guerra Secreta) É indiscutível que Meryl é uma grande atriz, uma das melhores do mundo, tanto que conquistou sua vigésima primeira indicação ao Oscar por seu papel de dona do jornal Washington Post. Embora esteja bem em cena, não chega a ser uma das atuações mais marcantes da atriz, o que a deixa na desconfortável posição de azarão da noite. Meryl nem deve ligar para isso, já que ela faz parte do seleto grupo de intérpretes com três estatuetas na estante. Ela ganhou a primeira como coadjuvante por Kramer vs. Kramer/1979, depois veio a de melhor atriz por A Escolha de Sofia/1983 e por A Dama de Ferro/2011.
A ESQUECIDA: Jessica Chastain (A Grande Jogada) Desde que souberam que Jessica estaria no filme de estreia na direção do roteirista Aaron Sorkin, ela foi colocada na posição de uma das favoritas a conseguir um lugar entre as indicadas. Considerando que ela foi lembrada no Globo de Ouro de atriz dramática, a ruiva realmente chegou perto. Ela vive a controversa Molly Brown, uma esquiadora olímpica que se tornou a diretora de uma das mesas de poker mais exclusivas do mundo - até se tornar alvo do FBI. Se fosse lembrada, seria a terceira indicação de Jessica ao prêmio. Ela já concorreu como coadjuvante em Histórias Cruzadas (2011) e melhor atriz por A Hora Mais Escura (2012).
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