Adam Driver (Infiltrado na Klan) Revelado no seriado Girls da HBO, o ex-fuzileiro naval conseguiu sua primeira indicação ao Oscar. A verdade é que já faz um tempinho que Driver tem entregue boas atuações na telona e que era questão de tempo até que a Academia reconhecesse o seu talento. Presente em todas as premiações da temporada, o ator interpreta um policial de origem judaica que se infiltra na Ku Kux Klan como o disfarce de um detetive negro. A operação o coloca em conflito com a sua própria história e o ator convence muito bem como um experiente detetive que entra numa missão bastante arriscada.
Mahershala Ali (Green Book) Ele já levou para casa o Globo de Ouro, o SAG, o Critic's Choice e é o favorito na categoria de ator coadjuvante do Oscar deste ano por seu trabalho como Don Shirley, um conceituado pianista negro em sua turnê pelo preconceituoso sul dos Estados Unidos no período de luta pelos Direitos Civis dos afro-americanos. Ele já possui um Oscar na estante (coadjuvante por Moonlight/2016), seu trabalho é bastante preciso e tem sobrevivido às críticas que o filme tem recebido nas últimas semanas. Será que a Academia irá surpreender a plateia e dar o prêmio para outro ator? Acho bastante improvável.
Richard E. Grant (Poderia me Perdoar?) Desde 1987 que este ator trabalha no cinema e ao contrário do que muita gente pensa, ele não é inglês, mas africano nascido em Suazilândia. Sua carreira já possui mais de uma centena de produções e ele nunca havia sido lembrado no Oscar. Richard E. Grant é o melhor amigo da escritora Lee Israel e a auxilia em seus golpes para ganhar algum dinheiro. Sua performance como um homossexual sem grana caiu no gosto da crítica que considera o melhor ladrão de cena da temporada. me. Se Grant levasse o Oscar para casa seria uma grande surpresa, além de reconhecimento por uma carreira repleta de tipos expressivos.
Sam Elliot (Nasce Uma Estrela) Nada contra o veterano ator, mas ele concorre especificamente por uma cena do filme. O fato é que Elliot foi tão esnobado pela Academia ao longo de sua carreira (iniciada em 1967, isso mesmo, mais de meio século) que já estava na hora de lhe prestar alguma homenagem a ele. O ator interpreta o irmão mais velho do astro da música vivido por Bradley Cooper e que percebe de longe a instabilidade do irmão. Não por acaso, quando os manos se afastam tudo foge do controle. O ator tem poucas cenas no filme e a mais marcante é o embate entre os dois irmãos cheio de uma fúria contida (aposto que está será a cena escolhida para aparecer quando seu nome for anunciado na cerimonia).
Sam Rockwell (Vice) Não entendi muito bem a indicação de Rockwell neste ano por sua interpretação como George W. Bush no filme de Adam McKay. É verdade que o ator consegue captar o olhar e os trejeitos do ex-presidente americano, mas não percebo muito destaque em suas aparições no filme. O fato é que a indicação demonstra como o ator está em alta perante os votantes da Academia - principalmente se levarmos em conta que ele já levou o prêmio de ator coadjuvante no ano passado por seu trabalho em Três Anúncios para Um Crime. Esta é sua segunda indicação ao Oscar e dificilmente ele deve levar a estatueta para casa.
O ESQUECIDO: Thimothée Chalamet (Querido Menino) Eu levei um susto quando não vi Chalamet entre os cinco indicados deste ano. Sua performance foi tão elogiada quanto a do seu parceiro em cena, Steve Carrell, mas os dois foram esnobados pela Academia, ou melhor. Querido Menino foi um dos grandes esnobados da temporada, talvez por abordar um tema tão denso quanto o vício em drogas. Consagrado no ano passado por sua performance em Me Chame Pelo Seu Nome, Thimothée interpreta aqui um jovem dependente químico e seu doloroso processo de tratamento. Entre momentos de dor e grande sensibilidade, o jovem se confirma como um dos destaques de sua geração em Hollywood.
Nenhum comentário:
Postar um comentário