Ariana DeBose (Amor Sublime Amor) No posto de favorita na categoria está uma novata em Hollywood. Não que Ariana seja uma estreante, já que sua carreira está cada vez mais marcada por musicais (ela esteve nas versões teatrais e televisivas de Company/2011 e Hamilton/2020, além da adaptação e Festa de Formatura/2020 para a Netflix). A cantora atriz e dançarina de origem afro-americana (com um tempero italiano) foi descoberta em uma da temporada 2009 do programa So You Think you Can Dance. Seu trabalho como Anita na nova versão do clássico musical pelas mãos de Steven Spielberg (o mesmo que oscarizou Rita Moreno na versão original) mostra que talento esta jovem artista tem de sobra.
Aunjanue Ellis (King Richard) Nascida em São Francisco na Califórnia, a atriz despontou como uma das favoritas da categoria assim que o filme sobre a família das irmãs Williams foi lançado. Na pele da mãe que precisa colocar um pouco de noção na cabeça do marido Richard de vez em quando, Aunjanue tem momentos que roubam a atenção para si sem esforço. De presença forte, a sua primeira indicação ao Oscar celebra uma carreira que começou nos anos 1990 e que conta com participações em filmes oscarizados como Ray (2004), Histórias Cruzadas (2011) e Se A Rua Beale Falasse (2018).
Jessie Buckley (A Filha Perdida) Quem acompanha a carreira da atriz irlandesa sabe que ser notada pelo Oscar era questão de tempo. Ela chegou a ser indicada ao BAFTA por As Loucuras de Rose (2018), pouco antes de chamar atenção como a esposa de bombeiro grávida da minissérie Chernobyl (2019) da HBO. Logo depois lá estava ela em Judy - Muito Além do Arco-Íris (2019) e no estranho Eu Estou Pensando em Acabar com Tudo (2020). Desde que A Filha Perdida apareceu no Festival de Veneza suas atrizes foram muito elogiadas, mas os holofotes pareciam ir só para Olivia Colman, até que Jessie cravou sua primeira indicação numa das boas surpresas do Oscar para este ano.
Judi Dench (Belfast) Quando todo mundo imaginava que Caitriona Balfe seria indicada, eis que a Academia resolve indicar a veterana atriz inglesa mais uma vez. Não chega a ser um equívoco, mas deixou muita gente surpresa. Para Judi é um ótimo presente depois que seu filme mais famoso dos últimos tempos foi o vexaminoso Cats (2019). Na pele da vovó do menino protagonista inspirado na infância do diretor/roteirista Kenneth Brannagh, Judi tem uma participação bastante emocional. A atriz de 87 anos já tem uma estatueta de coadjuvante por Shakespeare Apaixonado (1998), além de cinco indicações como melhor atriz e outra de coadjuvante por Chocolat (2001)
Kirsten Dunst (Ataque dos Cães) Ela poderia ter sido indicada quando foi revelada pelo mundo aos doze anos como a complicada vampira Claudia de Entrevista com o Vampiro (1994). Poderia até ter sido lembrada por Maria Antonieta (2006) ou após ter sido considerada a melhor atriz no Festival de Cannes com Melancolia (2011), mas precisou lembrar em entrevistas que o Oscar nunca lembrava dela após quase trinta anos com bons trabalhos e nenhuma indicação para ser lembrada. Para reparar o erro a Academia não poderia ignorar o trabalho da atriz como a mulher às voltas com um cunhado grosseirão e um filho zeloso. Dunst apresenta um trabalho excelente, cheio de silêncios e oscilações em uma personagem que pode surpreender na cerimonia.
A ESQUECIDA: Caitriona Balfe (Belfast) sua presença entre as indicadas era considerada certa, mas acabou ficando de fora, provavelmente perdendo o posto para sua parceira de elenco Judi Dench. A ex-modelo e atriz irlandesa ficou famosa mundialmente por seu trabalho na cultuada série Outlander (2014-2022) e de vez em quando encontra espaço nas gravações para performances no cinema. Com papéis em filmes como Jogo do Dinheiro (2016) e Ford Vs Ferrari (2019), seu trabalho maternal em Belfast é o que deve impulsionar sua carreira na telona. Pena que a indicação não veio. Outra cotada que foi esquecida foi Ruth Negga por Identidade, filme que passou em branco entre as indicações da Academia.
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