Jenna Broske: bom motivo para ver o filme.
Se você já leu alguns comentários aqui no blog deve imaginar que não sou grande fã da saga Crepúsculo, acho até a premissa da série de Stephanie Meyer interessante, mas a realização é um desastre completo. Não precisa ser nenhum gênio para saber que se o filme fosse encenado sem cenário e só com Robert Pattinson e Taylor Lautner sem camisa o resultado nas bilheterias seria o mesmo. Fico só com pena dos adolescentes que são submetidos a uma produção tão rasteira para se entreter e ainda votam nessa esculhambação nas premiações da MTV! Acho que por ter tantas restrições ao romance da aguada Bella (Kirsten Stewart, cada vez pior) e o pálido vampiro Edward Cullen (Robert Pattinson) que dei boas risadas com esta paródia acéfala. Não sou fã das paródias que Hollywood vem fazendo desde que Todo Mundo em Pânico provou que não precisava de muito capricho em sua execução, precisava apenas de atores baratinhos, piadas chulas, umas cenas recicladas da forma mais ridícula possível e o sucesso estava quase garantido. Não precisa nem se preocupar com o roteiro, ao ponto de ser posto em discussão qual seria o limite da cópia e da paródia. Pelo menos no caso de Os Vampiros de se Mordam eu sei a diferença: muito do que eu penso quando vejo Crepúsculo é dito aqui. Claro que o filme tem o problema das piadas grosseiras a que o gênero se rendeu atualmente, mas existem sarros consideráveis sobre a trama da saga. Para começar, a maior de todas as piadas é com a mocinha Bella, a desconhecida Jenn Broske faz o possível para imitar Kirsten Stewart, repetindo boa parte dos seus tiques (a boca entreaberta ou tendo os lábios mordidos, os olhos vazios ou desviantes...), seu pai no filme chega a dizer: "Você não é uma garota bonita! É cheia de tiques, isso é irritante!" quando ela termina com o vampiro que se protege do sol usando toneladas de pó de arroz. Fora isso tem a cena da pirraça em meio a floresta, os lobisomens descamisados atacando um vampiro no meio do mato e piadinhas com astros pop (a cena em que Bella diz para Edward: "Você é pálido, se veste na moda e não faz sexo, eu sei o que você é: um Jonas Brother" ou quando os vampiros do mal são confundidos com o Black Eyed Peas são de rolar de rir), mas nada se compara realmente ao esforço de Broske ser tão inexpressiva quanto a Bella de Stewart - mas não consegue, ainda assim o resultado de seu trabalho é hilariante. Pena que a atriz não é seguida por seus parceiros Matt Lanter (que faz Edward) e Christopher N. Riggi (o lobisomen indígena Jacob) que acabam ficando na imitação sem muita originalidade ou destaque. Claro que o roteiro só se dá ao trabalho de salpicar piadinhas sobre Crepúsculo, tudo tosco e seguindo a cartilha da avacalhação da cultuada série. Obviamente que não é um clássico do gênero, mas o empenho de Broske me fez rir um bocado tornando esta paródia mais assistível que as outras dos diretores - a mesma dupla que é culpada pelos mais grotescos Super-Herói: O Filme (2008) e Espartalhões (2008).
Os Vampiros que se Mordam (Vampires Sucks/EUA-2010) de Jason Friedberg e Aaron Seltzer com Jenn Broske, Matt Lanter e Christopher N. Riggi. ☻☻
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