sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

INDICADOS AO OSCAR 2016: ATRIZ COADJUVANTE

Alicia Vikander (A Garota Dinamarquesa)
Ela esteve em quatro filmes em 2015, engatou namoro com Michael Fassbender e foi considerada a revelação do ano. Pode se dizer que o ano passado foi inesquecível para a sueca Alicia Vikander - que caiu no radar da Academia em 2012 com a indicação ao prêmio de filme estrangeiro concedida a O Amante da Rainha (onde vivia a própria). Mas sua indicação no Oscar poderia ser ainda melhor se fosse como atriz por sua atuação em A Garota Dinamarquesa e coadjuvante por Ex-Machina (o que seria justíssimo). Aos 27 anos ela interpreta a artista plástica Gerda Wegener que lida com a mudança de sexo do seu esposo (vivido por Eddie Redmayne). 

Jennifer Jason Leigh (Os Oito Odiados)
Celebrada como uma das melhores atrizes juvenis da década de 1980, Jennifer volta aos holofotes ao ser dirigida por Quentin Tarantino neste bang bang pós-moderno. Ela interpreta a prisioneira Daisy Domergue - que sofre um bocado, sem perder a pose de psicótica. Seria injusto dizer que QT redescobriu a atriz, já que ela nunca parou de atuar, estando sempre presente em produções independentes. Prestes a completar 54 anos, somente agora foi indicada ao Oscar - mesmo com atuações elogiadas em Mulher Solteira, Procura... (1992), O Círculo do Vício (1994), Eclipse Total (1995) e o chocante Noites Violenta no Brooklyn, que quase lhe rendeu uma indicação de coadjuvante em 1990.

Kate Winslet (Steve Jobs)
Kate Winslet já provou há tempos que esse papo de maldição do Oscar não existe com ela, depois do Oscar por O Leitor (2008) ela volta à disputa no páreo de atriz coadjuvante por sua atuação como a voz da consciência, quero dizer, secretária de Steve Jobs. Na pele de Joanna Hoffman, Kate já levou para a casa o Globo de Ouro e tem fortes chances de repetir o feito aqui. A atriz inglesa já concorreu como coadjuvante por Razão e Sensibilidade (1995), e Íris (2001), além de melhor atriz por Titanic (1997), Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (2005), Pecados Íntimos (2006) e O Leitor (2008). Essa é a sétima indicação da atriz inglesa

Rachel McAdams (Spotlight)
O fato é que a atriz canadense sempre foi talentosa (basta ver Diário de Uma Paixão/2004 para notar), o problema era esperar que os papéis de prestígio começassem a surgir. Depois de aparecer em dezenas de comédias e romances bobinhos, a atriz começou a se envolver em produções mais sérias (filmes de Woody Allen, Terrence Mallick, Brian de Palma...) e agora é considerada uma atriz madura... bom que reconhecendo isso, a Academia lhe concedeu sua primeira indicação como a jornalista Sacha Pfeiffer que participa da investigação sobre casos de pedofilia na igreja. 

Rooney Mara (Carol)
Entre tantas estreantes no Oscar, Rooney Mara se destaca por sua segunda indicação (a primeira foi por Os Homens que Não Amava mas Mulheres/2011 na categoria de melhor atriz). O caso de Rooney é semelhante ao de Alicia Vikander, já que também é protagonista, mas resolveram indicá-la como coadjuvante pelo papel da vendedora de uma loja de departamentos que se apaixona por uma mulher madura e rica. Rooney já levou para a casa o prêmio de melhor atriz no festival de Cannes (desbancando seu par e colega de elenco, Cate Blanchett), o prêmio a coloca entre as favoritas no páreo desse ano. 

A ESQUECIDA: Helen Mirren (Trumbo)
Esse ano a Academia deu uma esnobada nas veteranas, deixando de fora atuações elogiadas de Lily Tomlin, Maggie Smith, Jane Fonda... e Helen Mirren. Indicada ao Globo de Ouro pelo papel, Mirren interpreta a atriz e colunista social Hedda Hopper, que assim como o roteirista (e amigo) Dalton Trumbo, se viu envolvida com denúncias anti-comunistas durante o sombrio período de caça às bruxas em Hollywood. Mirren já foi indicada ao Oscar quatro vezes (por As Loucuras do Rei George/1995, Gosford Park/2001 e A Última Estação/2010,  após a premiação como melhor atriz por A Rainha/2006).

Nenhum comentário:

Postar um comentário