quarta-feira, 23 de maio de 2012

MOMENTO ROB GORDON: Séries Favoritas

Sei que muita gente vai reclamar de eu não ter incluído produções badaladas como Game of Thrones ou Boardwalk Empire na minha lista, mas o que eu posso dizer? Listas são listas? Gosto não se discute? Essas são as séries que me fazem grudar na TV:

5 - HOMELAND
A série ganhadora do prêmio de melhor série dramática no último Globo de Ouro acabou de ter o seu capítulo final da primeira temporada exibido no canal FX e se alguns a consideravam apenas uma herdeira dos fãs de 24 Horas, ela terminou mostrando que tem vida própria ao explorar o emaranhado conspiratório em torno do retorno de um herói de guerra e uma agente psicótica da CIA (que acredita que ele é um terrorista). Claire Danes (ganhadora do Globo de Ouro de atriz dramática em TV) tira o fôlego quando mergulha nas ambiguidades de sua personagem - e durante a temporada o roteiro soube criar surpresas quando tudo parecia rumar para o previsível. Desenvolvido por Howard Gordon e Alex Gansa a partir de um seriado israelense a série lança um olhar mais profundo sobre o terrorismo. Ainda no elenco o ruivo Damien Lewis e a brasileira Morena Baccarin também tiveram momentos marcantes. 

4 - MODERN FAMILY
Na terceira temporada a produção da Fox rende boas risadas e muitos prêmios com sua fórmula de documentário fake sobre uma família cheia de particularidades. O patriarca Jay (Ed O'Neill) é casado com uma bela colombiana, Gloria (a hilária Sofia Vergara), algumas décadas mais jovem que ele e mãe de Manny (Rico Rodriguez).  Jay é pai da metódica Claire (Julie Bowen), casada com o pateta Phil (Ty Burrell) ela tem três filhos beirando a adolescência com personalidades  bem distintas. Completa a família o irmão de Claire, Mitchell (Jesse Tyler Fergusson), seu parceiro Cameron (Eric Stonestreet) e a filha adotiva, Lilly. Fazendo graça das famílias contemporâneas, Modern Family nunca se leva a sério e isso é o mais importante para que permaneça com sua legião de fãs ao redor do mundo. Criada por Steve Levitan e Christopher Lloyd o filme acaba de renovar seu contrato para mais uma temporada.

3 - THE KILLING
Ao lado de Homeland, The Killing foi a coisa mais interessante que encontrei nas estreias do ano passado. É impossível não notar as semelhanças desta série com a clássica Twin Peaks - e ao mesmo tempo podemos sinalizar as diferenças. Enquanto David Lynch delirava com as possibilidades em torno de "Quem matou Laura Palmer?" a série da AMC mantém o pé no chão acompanhando cada dia da investigação (cada episódio corresponde a um dia) em torno de "Quem matou Rose Larsen?". O piloto foi um dos melhores momentos de minha vida de telespectador. Misturando as dores da família da jovem e conspirações políticas a alma do seriado é a atuação sutil de Mirelle Enos (indicada ao Emmy) como a policial encarregada do caso na chuvosa Seatle. Baseado numa série dinamarquesa, a segunda temporada estreia esse ano e terá a missão de conter os ânimos depois que o público se decepcionou com o último episódio da primeira temporada. 

2 - THE BIG BANG THEORY
Vai parecer que foi proposital eu intercalar séries dramáticas com séries cômicas, mas não é. Em sua quinta-temporada o temperamental Sheldon (Jim Parsons), o simpático Richard (Johny Galecki), o gênio judeu Leonard (Simon Helberg) e o indiano Raj (Kunal Nayyar) continuam rendendo boas risadas ao lado de Penny (Kaley Cuoco) e as namoradas que conquistaram ao longo das temporadas. Quem diria que um seriado baseado no cotidiano de nerds crescidos (professores universitários nos mais variados ramos da ciência) seria sucesso de audiência. O mais legal é que nem precisamos entender aquele emaranhado de fórmulas e teorias para achar graça do que estão dizendo. Preciso dizer que o programa me fez assumir de vez a minha nerdice? Depois da série criada por Chuck Lorre e Bill Prady, ser nerd pode ser cool!

1- MAD MEN
A série com a melhor abertura de todos os tempos também está na quinta temporada, Mad Men é um primor de produção. Lembro até hoje da primeira temporada quando Don Drapper (Jon Hamm) descartou seu irmão pouco antes de criar a campanha publicitária para um aparelho de projetar fotografias. Aquilo doeu um bocado. Depois disso foram tantos cigarros, goles de álcool, amantes, machismos, sexismos, racismos, homofobia, separações e acontecimentos históricos da década de 1950 que o seriado mostrou nunca ficar sem assunto. Com o ritmo lento, figurinos elegantes e um elenco fenomenal, Mad Men nos leva a uma viagem ao passado para que possamos olhar criticamente o nosso tempo e viver uma crise de identidade como a do protagonista com pinta de galã, mas escorregadio como brilhantina. Em pensar que os canais desprezavam a ideia de Matthew Weiner em contar as relações em torno de uma agência publicitária de meados do século passado.

Um comentário:

  1. the Killing e Homeland foram as séries que me marcaram! Aguardando as outras temporadas!
    Parabéns pelo seu excelente blog!

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