quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Combo: Tirando a Roupa

5 Showgirls (1995) fazer um filme sobre strippers é mais difícil do que parece. Paul Verhoeven que o diga! O diretor de Instinto Selvagem/1992 estava crente que repetiria o sucesso com a história batida da menina do interior que vai para a cidade grande para virar atriz e acaba tendo que tirar a roupa para ganhar a vida. Quem achava que bastava mulheres nuas para garantir o sucesso de bilheteria teve que rever os seus conceitos com o retumbante fracasso desse espetáculo brega cultuado pelos fãs do cinema trash. O longa se tornou sinônimo de como não fazer um filme do gênero e ganhou o respaldo de 13 indicações ao Framboesa de Ouro (dos quais ganhou 7: pior filme, diretor, atriz...) e ainda foi lembrado como o pior filme da década (no ano 2000) e o pior drama dos 25 anos de existência do Framboesa!!! 

4 Striptease (1996) Quem achava que Hollywood tinha aprendido a lição depois de Showgirls se decepcionou mais uma vez! Apesar de protagonizado pela estrela Demi Moore (que tornou-se a atriz mais bem paga do cinema com o papel na época), o filme de Andrew Bergman não convenceu com a história da mãe exemplar que trabalha como stripper, tem um ex-marido atrapalhado e ainda se mete numa trama de intrigas políticas ao lado de um congressista (Burt Reynolds) - seu admirador fiel. Apesar de mais simpático que o filme de Verhoven, Striptease parece se ridicularizar o tempo todo e ganhou seis prêmios no Framboesa de Ouro (pior filme, diretor, atriz, roteiro, casal e música). O resultado respingou até no livro de Carl Hiassen (que inspira a trama) - que teve suas qualidades questionadas depois da adaptação malfadada. 

3 Magic Mike (2012) Se os homens não garantiram o sucesso da mulherada tirando a roupa, a mulhereada (e o sempre devotado público gay) fez deste longa de strippers masculinos um sucesso! O segredo? Investir num grupo de atores musculosos, bom humor, trilha sonora esperta, coreografias insinuantes, algumas provocações e apelo pop. Para conjugar tudo isso, as mãos do oscarizado Steve Soderbergh mostou-se fundamental ao contar para contar a história de um stripper (Channing Tatum) que quer mudar de vida enquanto insere um novato no ramo (papel de Alex Pettyfer). Some a isso uma certa amargura e Matthew McConaghey inpirado (indicado e ganhador de prêmios pelo papel de gerente dos moços) e você terá um dos filmes mais lucrativos dos últimos anos - e nem precisou de roteiro elaborado para conseguir isso. 

02 Turnê (2010) As atrizes desse filme francês estão longe de ter o corpo sarado ou a fama de Demi Moore, mas elas garantem bastante simpatia a esse longa dirigido por Mathieu Almaric. Joachin (vivido por Almaric) é o idealizador de um espetáculo neoburlesco que chama a atenção pelas mulheres de formas generosas e números bem humorados. Existem deliciosos anacronismos na trama e os conflitos entre Joachin (que tem problemas pessoais que não consegue administrar com as mãos de ferro usadas para o espetáculo) e suas musas garantem momentos interessantes para a plateia num tom quase documental. É no contraste entre fantasia e realidade que o filme oferece seus maiores méritos. 

01 Ou Tudo Ou Nada (1997) Chega a ser engraçado que depois de fracassos capitaneados por beldades sem roupa, os strippers ganharam fama e indicações ao Oscar com um filme onde um bando de marmanjos (pouco atraentes) resolvem tirar a roupa para superar a crise financeira que atravessam. A ideia de Simon Beaufoy ganhou forma nas mãos do (sumido) diretor Peter Cattaneo. O filme gira em torno de Gaz (Robert Carlyle) que junta um grupo de amigos (que inclui Tom Wilkinson e Hugo Speer) para ganhar algumas libras num show de striptease amador. É um filme de uma piada só, sorte que ela é ótima! Divertido, despretensioso e espirituoso, o filme foi sucesso mundial, foi indicado a 4 Oscars (filme, diretor, roteiro original e ganhou o de trilha sonora de comédia) e ainda virou peça de teatro! Nascia um clássico dos anos 1990!

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