sábado, 7 de outubro de 2023

10+ Gael García Bernal

Gael García Bernal nasceu em 30 de novembro de 1978 (o que por enquanto nos deixa com a mesma idade!) em Guadalajara no México. Seu trabalho como ator começou aos oito anos em novelas da Televisa. Quando estreou no cinema em 2000 , chamou atenção do mundo todo, o que lhe rendeu convites para trabalhar com diretores importantes como Pedro Almodóvar, Hector Babenco, Pablo Larraín, Walter Salles e até da Marvel. Essa lista é para lembrar os meus trabalhos favoritos do ator, apenas alguns dos momentos icônicos dos seus quase 40 anos de carreira:

Só para lembrar que esta é uma lista sobre atuação, não sobre filmes. Sendo assim o ótimo filme de Pablo Larraín fica em nono lugar por conta do protagonista vivido por Gael ser pouco mais do que uma peça no cenário apresentado pelo diretor em torno de um jovem publicitário que cria uma campanha para derrotar Pinochet no referendo de 1988. O feito histórico bem filmado foi indicado ao Oscar de filme estrangeiro, o que surpreendeu todos os envolvidos (que nem tiveram dinheiro para campanha).  

#09 "Má Educação" de Pedro Almodóvar
Longe de ser um dos meus filmes favoritos do diretor, o longa é salvo mesmo pelo trabalho de Gael que interpreta uma personagem bem diferente da sua fase de jovem galã. No papel de um sobrevivente de abusos na infância, Gael está muito bem, seja como homem ou mulher - mas a complexidade da personagem lhe rendeu meses de terapia (não sei se é por isso que o final aparece escrito na tela e não encenado). 

#08 "118 Dias" de Jon Stewart
Gael faz tudo certinho no papel verídico do jornalista Maziar Bahari, que viveu a triste história retratada no filme (foi detido e interrogado por meses sob suspeita de ser um espião). No entanto a produção sofreu severas críticas por escalar um ator mexicano para viver um homem de origem iraniana. Fora isso, a estreia do apresentador Jon Stewart na direção tem momentos potentes de reflexão sobre a importância dos direitos humanos. 

Talvez Bernal seja o astro mexicano que mais fez filmes com diretores brasileiros. Nessa adaptação do fascinante (e obrigatório) livro de José Saramago, em que pessoas ficam cegas sem motivo aparente, o ator vive um barista em hotel de luxo que se tornará o grande vilão durante o período de confinamento. A transição do personagem é uma das mais interessantes do filme e o ator se destaca em um elenco estelar.
  
O filme mexicano se tornou um verdadeiro hit ao redor do mundo. Com sucesso de bilheteria e status de cult, o longa obteve fãs ilustres (Dustin Hoffman que o diga) que lhe garantiram uma indicação ao Oscar de roteiro original, mesmo não sendo o indicado mexicano para o Oscar de filme estrangeiro. A história de dois amigos que se apaixonam por uma mulher mais velha durante uma viagem é sobre muito mais do que parece. 

#05 "Cassandro" (2003) de Roger Ross Williams
Será que o astro finalmente será indicado ao Oscar de melhor ator? Existe uma parcela grande de admiradores que afirmam que ele tem chances de finalmente ser lembrado nominalmente pela Academia por viver o icônico luchador Cassandro nesta cinebiografia muito certinha e que desanima aos poucos, mas que se sustenta pelo carisma do ator defendendo uma pessoa real que desafiou padrões nos ringues cheios de testosterona. O filme estreou recentemente Prime Video

#04 "O Crime do Padre Amaro" (2002) de Carlos Carrera 
O filme ganhou o ódio dos brasileiros que viram Cidade de Deus perder a "vaga latina" do Oscar de filme estrangeiro para esta adaptação contemporânea do clássico de Eça de Queirós. O diretor Carlos Carrera capricha no melodrama e dá um tom novelesco ao filme, o que não estraga a sessão, sobretudo pelo trabalho do elenco encabeçado por um Gael novinho que cai em tentação por uma fiel de sua igreja. 

#03 "Mozart in the Jungle" (2014-2018)
O ator ganhou um Globo de Ouro de ator de comédia por esta série interessante que mostra os bastidores nada convencionais de uma orquestra. Na pele do genial Rodrigo de Souza, Gael precisa colocar todos os elementos em sintonia para ter seu trabalho reconhecido e mantido até o final de cada temporada. Não por acaso a série recebeu por aqui o título de Sinfonia Insana. 

#02 "Diários de Motocicleta" (2004) de Walter Salles
Ainda que eu não acredite nessa versão galã e romântica de Che Guevara, reconheço que o trabalho realizado por Walter Salles tem muitos méritos, especialmente por apresentar uma jornada pela América Latina que tornaria o jovem médico Ernesto Guevara de la Serna em um líder revolucionário no futuro. Gael constrói o personagem com maestria (e muito bem acompanhado de Rodrigo de la Serna) e me faz até esquecer a ilusão que o filme sustenta. Lindo filme.  

#01 "Amores Brutos" (2000) de Alejandro González Iñárritu
A primeira vez é inesquecível! Quando vi a estreia de Iñáiritu no cinema, contando aquelas três histórias e aparece aquele jovem rapaz metido com briga de cachorro para juntar dinheiro e fugir com a esposa do irmão... foi um daqueles momentos mágicos do cinema de "nasce uma estrela". O brilho nos olhos daquele mocinho lhe valeu uma carreira que perdura até hoje. Gael tinha 22 anos e voltou a trabalhar com o diretor seis anos depois em Babel (2006). Aquela estreia (de ambos) ficou para a História.

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