Fernandinha: uma das grandes premiadas da noite.
Não sei vocês, mas meus dois momentos favoritos do Globo de Ouro 2025 foram aqueles em que foram anunciadas as melhores atrizes cinematográficas do ano (e posso até incluir a atriz coadjuvante Zoe Saldaña na lista). Quando Demi Moore foi anunciada como melhor atriz de comédia ou musical, era o sacramento de que a atriz, musa dos anos 1990, tem chances reais de levar o Oscar de melhor atriz. Algo impensável até pouco tempo atrás. Eu sei que muita gente encrenca com a inclusão de A Substância como uma comédia na premiação, mas eu ainda entendo completamente o motivo (com risos nervosos, por favor). Quando Demi subiu ao palco, foi para agradecer e também lembrar à indústria que não recebeu um tratamento muito gentil ao longo de sua carreira. Acho que aquele momento só teve igualdade quando Viola Davis fez aquela pausa para anunciar a melhor atriz de filme dramático, parecia que o tempo havia parado por horas e só voltou ao seu ciclo normal quando vimos o susto de Fernandinha Torres ao ver seu nome anunciado. Fernanda se tornou a primeira brasileira a ganhar o prêmio e no discurso lindo e emocionado, honrou o legado da mãe e da cultura brasileira. Agora é oficial: só aceito se uma perder o Oscar para a outra, senão, é marmelada (especialmente se for Angelina Jolie por sua equivocada Maria Callas). Sei que ao final de tudo, nem dei muita bola de ver O Brutalista despontar como favorito da temporada (o que eu já imaginava) e Emilia Perez se tornar de vez a pedra no sapato de Ainda Estou Aqui, sendo que, a repercussão negativa entre a comunidade LGBTQIA+ e no México podem atrapalhar o filme rumo à sua campanha pró-Oscar na reta final. A seguir todos os ganhadores da cerimônia de ontem:
Melhor filme (drama)
“The Brutalist”
Melhor filme (musical ou comédia)
“Emilia Pérez”
Melhor diretor (filme)
Brady Corbet, “The Brutalist”
Melhor ator de filme (drama)
Adrien Brody, “The Brutalist”
Melhor atriz em filme (comédia ou musical)
Melhor ator de filme (comédia ou musical)
Sebastian Stan, “A Different Man”
Melhor ator coadjuvante em filme
Kieran Culkin, “A Verdadeira Dor"
Melhor atriz coadjuvante de filme
Zoe Saldaña, “Emilia Pérez”
Melhor roteiro de filme
“Conclave”, Peter Straughan
Melhor filme em língua não-inglesa
"Emilia Pérez"
Melhor filme de animação
“Flow"
Melhor destaque nas bilheterias
"Wicked"
Melhor trilha sonora - Filme
Melhor série de TV (drama)
“Shōgun”
Melhor série (comédia ou musical)
“Hacks”
Melhor série limitada, antologia ou filme feito para TV
Melhor ator de série - Drama
Hiroyuki Sanada, “Shōgun”
Melhor atriz coadjuvante de série de TV
Melhor ator coadjuvante de TV
Tadanobu Asano, “Shōgun"
Melhor atriz de TV (Musical ou comédia)
Jean Smart, “Hacks”
Melhor atriz em série limitada, antologia ou filme feito para TV
Melhor ator em série de TV (musical ou comédia)
Melhor ator em série limitada, antologia ou filme feito para TV
Colin Farrell, “The Penguin”
Melhor atriz em série de TV (drama)
Anna Sawai, “Shōgun”
Melhor stand-up para TV
Ali Wong, “Single Lady”