terça-feira, 23 de outubro de 2012

APOSTAS PARA O OSCAR 2013 - CAPÍTULO III


Django Livre 
Depois de reformular os filmes sobre o Holocausto, parece que Quentin Tarantino quer fazer o mesmo com os filmes de faroeste: Django (Jamie Foxx), um escravo liberto que é forma improvável parceria com um caçador de recompensas chamado King Schultz (Christopher Waltz). Depois de caçar assassinos, Django contará com a ajuda de King para libertar sua esposa (Kerry Washington) que foi vendida há muitos anos para outros proprietários. Só que pelo caminho irão encontrar o poderoso Calvin Candie (Leonardo DiCaprio), um agricultor que treina escravos para lutar e que promete atrapalhar os planos da dupla. O que esperar do filme? Ora, qualquer coisa! Já que Tarantino não se leva a sério e parece estar disposto a por as mãos em seu primeiro Oscar de direção depois da esnobada por Bastardos Inglórios (2009).

Beasts of Southern Wild 
Apesar do nome, o cineasta estreante Behn Zeitlin nasceu em Nova York e tornou-se o responsável por um dos filmes mais comoventes do ano. Não é comum um filme americano que retrata a pobreza do país fazer sucesso, mas este aqui conta com o apelo irresistível de sua atriz principal: a promissora Quvenzhané Wallis. Com apenas cinco anos ela se tornou a alma do filme na pele da pequena Hushpuppy, uma menina de seis anos que vive numa comunidade miserável. Com a doença do pai (Dwight Henry) ela corre o risco de ficar órfã e os dois ainda terão que lidar com as dificuldades trazidas por uma tempestade.  Uma história forte de amor entre pai e filha que ganhou quatro prêmios em Cannes e o Prêmio Especial do Júri em Sundance. O filme foi lançado em outubro nos EUA e já rendeu mais de dez vezes o seu orçamento.

Ruby Sparks
Já em cartaz no Brasil o filme promete ter o mesmo destino do anterior de sua dupla de diretores (Pequena Miss Sunshine/2006)! Johnathan Dayton & Valerie Ferris continuam com o dom de contar histórias despretensiosas com toques de excentricidade com maestria. Calvin (Paul Dano) é um escritor que sofre um bloqueio criativo e em meio aos problemas que enfrenta ele resolve criar a história de uma personagem que poderia se apaixonar por ele. Assim nasce Ruby Sparks (Zoe Kazan, namorada de Dano na vida real) que... ganha vida e começa a conviver com ele em carne e osso. Nunca subestime o poder de uma comédia romântica que aborda temas sérios como solidão e controlar a quem se ama com muita imaginação (no caso, a imaginação de Zoe Kazan que escreveu o roteiro).

Anna Karenina 
Depois dos tropeços com O Solista (2009) e Hannah (2011), Joe Wright retorna aos filmes de época com sua musa Keira Knightley, afinal, é nesse estilo que ele consegue ser mais moderno e original (e isso não é sarcasmo). Depois de Jane Austen e Ian McEwan o diretor encara seu autor mais ambicioso:  Leon Tolstói - e sua história clássica de Anna Karenina (Keira Knightley com fome de Oscar), aristocrata na Rússia do século XIX, casada com Alexei Karenin (Jude Law) e que tem a vida transformada pelo adultério vivido com Conde Vronsky (Aaron Johnson). A pergunta é se um filme de duas horas dá conta de todos os conflitos de um livro extremamente denso (e looongo) - isso sem falar do risco de tropeçar na própria pretensão. No elenco ainda estão Matthew MacFadyen, Kelly MacDonald, Olivia Williams e Emily Watson. 

Mud
Ainda não entendi como O Abrigo (2011) passou em branco no Oscar desse ano. Seja como for, ele tem a chance de se redimir com o diretor Jeff Nicols neste ano com seu terceiro filme: Mud. O personagem do título é vivido de forma inspirada por Matthew McConaughey (que soma três atuações importantes neste ano com este aqui, Killer Joe e Paperboy - todos com chance de render indicações ao galã), aqui ele vive num barco junto à uma ilha se escondendo da justiça quando encontra dois adolescentes. No início todos se tratam com desconfiança, mas depois passam a agir como se Mud fosse o irmão mais velho da dupla - tanto que eles o ajudam a fugir da polícia e escapar com sua amada (vivida por Reese Whiterspoon). Elogiadíssimo em Cannes (onde foi um dos favoritos à Palma de Ouro) o filme mescla aventura e romantismo naquele clima tão comum em clássicos dos anos 1980.

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