Estelar, Mutano, Robin, Ravena e Cyborg: um filme para chamar de seu.
Eu só gostaria que alguém me explicasse quais os critérios para lançamentos de filmes de heróis da Warner. Sei que agora eles começaram a perceber que tem uma verdadeira mina de ouro com os personagens da DC Comics em mãos, mas ainda não encontraram o jeito correto de produzi-los após o advento dos paradigmas da Marvel Studios. Entre criar um estilo próprio e se aproximar da linguagem do estúdio concorrente, acho que a Warner já fez de tudo e ainda não sabe muito bem que caminho seguir. Recentemente houve o comunicado de Henry Cavill não será mais o Superman, que Ben Affleck poderá ser desligado do papel do Batman, que o filme de Mulher-Maravilha não é uma sequência e que o filme do Shazam tem (ou não?) um pouco de ligação com os outros filmes lançados anteriormente. Enquanto a Warner busca seu caminho com os filmes de carne e osso, no campo das animações ela relaxa, fazendo filmes bem-humorados como o sucesso Lego Batman/2017 e colheu elogios para o lançamento de A Morte do Super-Homem/2018, que não foi lançado nos cinemas (como tantos outros com heróis da DC), portanto, é bastante curioso que em meio ao verão americano chegue às telonas este descompromissado Os Jovens Titãs em Ação! Nos Cinemas. Vale lembrar que existe uma série sobre os heróis juvenis em produção para a televisão (ou o serviço de streaming da DC ainda em desenvolvimento). Os Jovens Titãs apareceram nas HQs pela primeira vez em 1964 e apareceram em participações especiais em algumas animações feitas para a TV. Os heróis se tornaram mais populares com o desenho lançado em 2003 pelo Cartoon Network, com uma linguagem voltada para o público infanto-juvenil. A animação Teen Titans durou até 2006 (e está disponível na Netflix), mas em 2013 o grupo ganhou uma repaginada mais bem humorada e um tanto satírica com Teen Titans Go! - que se tornou base para esta animação cinematográfica. Bem, cinematográfica é modo de dizer, já que é praticamente um capítulo estendido do desenho televisivo. A sorte é que existem muitas piadas e, como já demonstrou anteriormente em Lego Batman, a DC aprendeu a rir de si mesma (mesmo que a duras penas). A trama é uma sátira sobre a febre de filmes de super-heróis, o que deixa Robin muito triste por nunca se interessarem a fazer um filme sobre ele. Ao lado do seu grupo de heróis (que conta ainda com Ravena, Estelar, Mutano e Cyborg - que compõem o grupo mais popular de todas as formações da equipe) ele irá criar planos para que alguém se interesse a fazer um filme sobre os Jovens Titãs, aí... vale tudo: encontrar um arqui-inimigo (no caso o Exterminador, Slade Wilson - que ganhou uma cena pós-crédito em Liga da Justiça com Lex Luthor), viajar ao passado e mudar a história dos heróis mais conhecidos e até destruir a equipe. No fundo é uma grande brincadeira com o universo dos super-heróis (com direito a várias participações especiais, comentários de heróis da Marvel, alfinetadas em Lanterna-Verde, mães chamadas Martha...), um exagero de cenas musicais e uma certa avacalhação sobre o garoto prodígio, mas é um filme divertido - mas que pode ser um tanto cansativo para os mais crescidos. Muitos irão se perguntar o motivo da animação ter chegado aos cinemas e um aqui outro ali indagarão se vale a pena o valor do ingresso (para passar o tempos em compromisso ou maiores pretensões, pode valer sim).
Os Jovens Titãs em Ação! Nos Cinemas (Teen Titans Go! To the movies / EUA - 2018) de Aaron Horvath, Peter Rida Michail com vozes de Greg Cipes, Scott Menville, Khary Payton, Tara Strong, Kristen Bell e Nicolas Cage. ☻☻☻
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