quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Pódio: Riz Ahmed

Bronze: o cameraman pensativo
 3º O Abutre (2014)
Sabe aquele filme que você assiste e anota o nome do artista no caderninho para ficar atento ao que ele possa fazer depois? Esta foi minha experiência com Riz neste longa de Dan Gilroy que colocava Jake Gyllenhaal produzindo atrocidades sensacionalistas pela noite, mas se seu personagem não tem escrúpulos, o jovem cameraman contratado para lhe ajudar nos serviços funciona como excelente contraponto de que algo está errado naquele trabalho carniceiro. Ahmed conseguiu grande projeção com este filme indie que promoveu uma guinada em sua carreira dez anos após sua estreia no cinema. O filme lhe rendeu indicação ao Independent Spirit e Gotham Awards e ator coadjuvante e mudou sua carreira.  

Prata: o baterista surdo.
É grande a torcida para que este filho de paquistaneses nascido em Londres seja indicado ao Oscar do ano que vem por seu trabalho neste filme. Na pele de um baterista que perde a audição, Riz está perfeito. Aqui para além dos diálogos e truques de som, o seu corpo fala (não apenas pelas tatuagens que possui espalhadas pelo corpo) capitaneado pelos olhos mais expressivos do que nunca. Entre a negação, a depressão, a esperança e a frustração, Riz torna palpável as emoções de seu personagem ao tentar mudar o destino. Mesmo que não seja lembrado na melhor premiação do cinema, tem de tudo para ser uma das grandes atuações masculinas do ano. Memorável!

Ouro: o acusado injustamente.
1º The Night Of (2016)
Apesar de não ter sido projetada para o cinema, a minissérie da HBO teve muito de cinematográfica. Uma verdadeira aula de como construir uma narrativa atraente, assustadora e surpreendente. Se você assistiu pelo menos o primeiro capítulo sabe exatamente o motivo desta atuação de Riz Ahmed estar no topo do pódio. Na pele do jovem exemplar filho de imigrantes que é acusado de assassinato, Riz está simplesmente magnífico. No decorrer dos episódios o que vemos é a angústia de seu personagem para não se perder de si mesmo no ambiente hostil de uma prisão e dos preconceitos em torno do caso. Pelo trabalho foi indicado ao Globo de Ouro, ao SAG e levou o EMMY para casa! Performance histórica!

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