domingo, 31 de janeiro de 2021

§8^) Fac Simile: Nicolas Cage

Nicolas Kim Coppola

 Nicolas Cage faz parte de uma das famílias mais importantes da história do cinema, também tem um Oscar de melhor ator por Despedida em Las Vegas (1995) além de outra indicação por Adaptação (2002), faz um filme atrás do outro e ainda que não seja atualmente o ator mais respeitado do mundo, é o tipo que sempre chama atenção para um filme. Neste encontro online com nosso repórter imaginário, Nicolas fala um pouco sobre sua carreira, os cuidados com a aparência e sua participação num programa recém-lançado pela Netflix: 

§8^) Público e crítica costumam dizer que você tem feito muita coisa ruim nos últimos anos, isso não te incomoda?

Nicolas De forma alguma. Sei que muita gente faz filmes para ganhar prêmios, eu já passei desta fase. Faço filmes para pagar as minhas contas, que são muitas... se no meio tem alguma coisa legal que pode me trazer algum reconhecimento eu fico feliz. Às vezes é um desafio mesmo, pegar um roteiro mais ou menos e ter a chance de fazer parecer legal. Eu curto este tipo de coisa. 

§8^) Você é um dos rostos mais conhecidos de Hollywood e faz parte da família Coppola, como é conviver com isso?

Nicolas Ser sobrinho do Francis (Ford Coppola), primo da Sofia, do Roman é tranquilo. Cuidar de um dos rostos mais conhecidos é bem mais complicado. Conforme o tempo passa você se olha no espelho e imagina "Meu Deus, onde isso vai parar?". Você tenta fazer algumas coisas para driblar o tempo, mas chega uma hora que é inútil e acaba  ficando muito estranho...

§8^) E manter o peso é complicado?

Nicolas Nem me fale. Eu vejo minhas fotos antigas e imagino como ele era lindo. Físico de atleta... as pessoas olham pra mim hoje e dizem quem foi que me iludiu que eu era um símbolo sexual. Só olhar meus filmes da década de 1990... o público me amava! Hoje olho para minha aparência quando fiz Adaptação e fico realmente assustado... era quase premonitório, mas sei que algumas pessoas ainda tem uma espécie de fetiche por mim. Não ria, é verdade...

§8^) Desde 2017 você tem mantido uma rotina de lançar seis filmes por ano. Com a pandemia, você teve que mudar esta rotina impressionante, mas já está envolvido em seis projetos para este ano, não pensa em gastar sua imagem com tudo isso?

Nicolas Nada. O trabalho não gasta a minha imagem, o que gasta é o tempo. Acabei de completar 57 anos no último dia 7. Tenho que aproveitar e conseguir juntar o máximo dinheiro que puder enquanto tenho energia. Depois vou voltar a fazer filmes sérios, sem correria, perseguições, acidentes, lutas, tiros... serão filmes de arte e com pouca bilheteria. Serei indicado a prêmios e devo até ganhar alguns. Vão dizer que dei a volta por cima e blablabla... Por enquanto vou continuar trabalhando feito um doido e fazer meu pé de meia. Sei que no fim das contas ainda tenho fãs fiéis perdidos que me levam a sério por aí em algum lugar. 

§8^) Você está no novo programa da Netflix sobre A História do Palavrão. Como a proposta chegou até você?

Nicolas É engraçado você falar isso, mas acho o programa a minha cara. Não que eu fale muito palavrão ou tenha cada de #@&%$, mas eles queriam algum rosto conhecido que pudesse exalar algo sério e cômico ao mesmo tempo. Quem mais seria capaz de uma §@!#*ª destas? Aí deixei a barba crescer, passei uma camada de tinta e ficou perfeito. Não é o tipo de programa recomendado para a família, mas eu nem ligo... e a grana foi boa também. Só acho que as pessoas que não entendem inglês vão perder muito da graça do programa, legendado ou dublado não é a mesma coisa. Os palavrões são expressões muito particulares de cada cultura é quase uma identidade local. Imagino que vocês brasileiros tem xingado muito ultimamente...  

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