Cillian Murphy (Oppenheimer) atua desde o final dos anos 1990, mas chegou até Hollywood em 2002 com Extermínio de Danny Boyle. Desde então já fez diversos filmes, inclusive com Christopher Nolan (com quem trabalhou outras seis vezes). Para o grande público ele ficou mais conhecido após seus notório trabalho na série Peak Blinders. O irlandês de 47 anos finalmente foi notado pela Academia em seu trabalho como o cientista J. Robert Oppenheimer, o idealizador da bomba atômica. Em um trabalho intimista, Cillian vive a obstinação e a angústia do homem que criou algo que mudaria para sempre os rumos da humanidade. Pelo trabalho, Cillian já recebeu o Globo de Ouro de melhor ator dramático.
Colman Domingo (Rustin) na pele do ativista que se tornou braço direito de Martin Luther King, o ator de 54 anos, foi indicado ao Oscar pela primeira vez. Colman tem um trabalho excepcional como o militante que teve que lidar com muitos preconceitos não apenas pela cor de sua pele, mas também por ser homossexual em uma época que os preconceitos era legitimado pelas próprias autoridades. O filme rendeu indicações do ator ao BAFTA, Globo de Ouro e Critics Choice o consagrando como um dos melhores atores da temporada. Colman ficou conhecido por seus trabalhos na série Fear the Walking Dead (2015-2023), nos filmes Zola (2020) e a versão recente de A Cor Púrpura (2023).
Jeffrey Wright (American Fiction) é outro ator que concorre ao Oscar pela primeira vez. Desde que ganhou destaque no cinema por seu trabalho em Basquiat (1996) o ator de 58 anos já fez muitos trabalhos importantes para o cinema e para a televisão (provavelmente o cientista de WestWorld/2016-2022 seja o seu papel mais famoso). No filme de estreia do diretor Cord Jefferson, ele vive um escritor que nunca foi muito levado a sério até ser orientado a escrever mais "feito um negro". Esta crítica mordaz sobre o mundo da literatura e seus estereótipos foi premiada no Festival de Sundance e rendeu a Jeffrey indicações aos maiores prêmios de atuação da temporada. O filme permanece inédito no Brasil.Paul Giamatti (Os Rejeitados) atua desde 1990 e já pode ser considerado um veterano, pena que o Oscar não costuma lembrar muito dele - lembra das esnobadas por excepcionais trabalhos em American Splendor (2002), Sideways (2004) e Almas à Venda (2009)? Giamatti foi lembrado pela Academia somente em seu trabalho como coadjuvante em A Luta Pela Esperança (2005). Em seu novo trabalho com o diretor Alexander Payne, o ator vive um professor rabugento que os alunos amam odiar - mas que fica responsável por tomar conta de um estudante que não pôde ir para casa para os feriados de fim de ano. Equilibrando drama e comédia, Giamatti ganhou o Critics Choice de melhor ator e o Globo de Ouro de ator de comédia pelo papel, despontando como um dos favoritos da categoria.
O ESQUECIDO: Leonardo DiCaprio (Assassinos da Lua das Flores) perdia cada vez mais espaço na mídia conforme as premiações se aproximavam. Scorsese até tentou dar um empurrãozinho elogiando o ator por seus trabalhos, mas foi tarde demais. DiCaprio ficou de fora da categoria de melhor ator desse ano. O fato é que o trabalho cheio de ambiguidades feito em torno de seu personagem, Ernest Burkhart deve ter deixado muita gente confusa (e a intenção era essa mesmo). Pelo menos o ator já tem uma estatueta por O Regresso (2015) e suas outras seis indicações (sendo uma como produtor por O Lobo de Wall Street/2014).
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