terça-feira, 29 de setembro de 2015

Pódio: Faye Dunaway

Bronze: a misteriosa.
3º Chinatown (1974)
Nascida  na Flórida em 1941, Dorothy Faye Dunaway foi uma das atrizes mais prestigiadas das décadas de 1960 e 1970, em sua encarnação como a  femme fatale desse filme de Roman Polanski, podemos entender bem o motivo de seu sucesso. Pela forma ambígua como compõe a sua personagem, nunca deixando claras as suas intenções, a atriz torna-se fundamental para o desenvolvimento desse film noir  sobre a contratação de um detetive para investigar um empresário adúltero. Nada é o que parece nesse filme, que garantiu à Faye sua segunda indicação ao Oscar de Melhor Atriz.


Prata: a fora da lei.
Bonnie & Clyde (1967)
Dunaway se tornou símbolo sexual conhecido mundialmente em sua atuação como a ladra de bancos Bonnie Parker, uma garçonete que se apaixonou pelo bandido Clyde Barrow (Warren Beatty). Os dois passam a roubar bancos em várias cidades do sul dos EUA e, quando tem tempo, discutem a relação. O filme de Arthur Penn marcou época pela sua mistura de violência crua, humor ácido e sensualidade numa edição vertiginosa que revolucionou a forma como se filmava em Hollywood. Muitos consideram que no roteiro Bonnie não recebe o destaque merecido, mas Faye a interpreta de forma radiante (o que lhe valeu sua primeira indicação ao Oscar).

Ouro: a ambiciosa.
Rede de Intrigas (1976)
Para consolidar o período mais icônico da carreira, não poderia faltar o reconhecimento da Academia ao seu talento. O Oscar de Melhor Atriz veio com esse filme sensacional de Sidney Lumet sobre um canal de televisão que não vê limites na guerra pela audiência. Dos profissionais cheios de ideais, passando pelo fanatismo do público e à manipulação comportamental promovida pela mídia, Rede de Intrigas é um primor de execução, ao ponto de sua história ser atual até os dias de hoje. Coube à atriz encarnar tudo o que a televisão tem de mais assustador, mas que revela bastante sobre as responsabilidades que temos sobre a selvageria que vai ao ar. 

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