Adam McKay (A Grande Aposta) Esse ano o Oscar preferiu nomes com cheiro de novidade! Um deles é o criador do site de humor Funny or Die ao lado de Will Ferrell - com quem fez nome em Hollywood (como em O Âncora/2004). Diante das restrições que a Academia tem com comediantes, acho que Adam nem imaginava ser indicado ao prêmio um dia. Até que ele teve a ideia de falar sobre a maior crise econômica do século XXI como se fosse uma grande piada e... não é que a Academia lembrou do moço! Além de concorrer pela primeira vez ao Oscar de direção, ele também estreia na categoria de roteiro adaptado (já que o filme é baseado no livro de Michael Lewis).
Alejandro González Iñárritu (O Regresso) Ganhador do Oscar de melhor diretor no ano passado por Birdman, Alejandro pode fazer história se levar a estatueta novamente esse ano. Ele tem fortes chances após as complicadas filmagens sobre a jornada de um personagem diante de toda a selvageria da natureza e do próprio homem. O tom grandiloquente de belas imagens e atuações sólidas contam pontos numa narrativa que mescla violência e poesia. Ele já foi premiado como produtor e roteirista no Oscar de 2015, mas já foi indicado como produtor e diretor por Babel (2006) e teve dois filmes no páreo de filme estrangeiro (Amores Brutos/2000 e Biutiful/2010). É o único concorrente já oscarizado na categoria.
George Miller (Mad Max: Estrada da Fúria) Com Ridley Scott e Steven Spielberg de fora, o veterano contemplado com uma indicação ao Oscar desse ano foi o australiano que retomou a franquia que o consagrou mundialmente. Trazendo de volta o universo de Mad Max para os cinemas, Miller deu uma aula de como manter a energia de um filme do início ao fim, sem aquele artificialismo da overdose de efeitos especiais - e ainda arrancar boas atuações do elenco. O cineasta tem uma estatueta na estante de Melhor Animação por Happy Feet - O Pinguim (2006), duas indicações (produtor e roteiro adaptado) por Babe - Um Porquinho Atrapalhado (1996) e uma indicação de roteiro original pelo drama O Óleo de Lorenzo (1992).
Lenny Abrahamson (O Quarto de Jack) Nascido na Irlanda, o diretor já tinha seis filmes no currículo quando resolveu mudar a assinatura de Leonard para Lenny. Parece que deu certo: ele conseguiu sua primeira indicação ao Oscar! Depois de realizar os cults Frank/2014 e O Que Richard Fez/2012, ele adaptou o livro de sucesso de Emma Donoghue para o cinema sem perder o que a história tem de sombrio e terno, ao contar a história da mãe e do filho que passam anos isolados do mundo. Com o mérito de assinar o representante indie entre os indicados a Melhor Filme, a Academia ainda percebeu os méritos de sua direção que não teme flertar com o estranhamento do espectador (que é sua principal característica como cineasta).
Tom McCarthy (Spotlight - Segredos Revelados) Sempre tive a impressão que cedo ou tarde o diretor seria lembrado no Oscar. Ator, diretor e roteirista, Tom sempre teve um olhar bastante humanista atrás das câmeras. Seja ao colocar um anão (Peter Dinklage) para protagonizar seu filme de estreia (O Agente da Estação/2003) ou por falar sobre imigrantes ilegais antes do assunto virar moda (O Visitante/2007). Tom foi indicado ao Oscar por seu trabalho em Spotlight, filme sobre os jornalistas de Boston que investigam como a Igreja Católica lida com os inúmeros casos de pedofilia na região. Um filme de temática forte, mas que foge do tom sensacionalista a todo instante.
O ESQUECIDO: Ridley Scott (Perdido em Marte) Embora muitas pessoas o associem aos épicos, sempre acho que Ridley Scott fica mais a vontade nos filmes de ficção científica. Depois de Alien/1979, Blade Runner/1982 e Prometheus/ 2012, ele lançou Perdido em Marte/2014, estrelado por Mattt Damon. O filme conseguiu sucesso mundial de público e crítica com a tensão e o bom humor de sua história. Portanto, muita gente pensou que seria a vez do diretor ganhar sua primeira estatueta de melhor diretor no Oscar (ele já foi indicado três vezes: Thelma & Louise/1991, Gladiador/2000 e Falcão Negro em Perigo/2001), mas (mesmo com a campanha de Matt Damon) Scott ficou fora de categoria. Pelo menos ele concorre como produtor do filme ao prêmio de Melhor Filme do Ano (uma das sete categorias em que seu filme concorre no Oscar2016).
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