Rooney e Jackie: o pior pesadelo de suas carreiras.
Dia desses assistindo Fashion Police (pronto, confessei! Sou um dos Joan Rangers, ok!), Kelly Osborne tentava defender o nervosismo e ausência de sorrisos de Rooney Mara nas premiações que se renderam à sua atuação na versão americana de Os Homens que Não Amavam as Mulheres. Joan Rivers disse que não havia motivo para que ela ficasse daquele jeito, já que filha de milionários, ela estava mais do que acostumada às badalações. Rooney é atriz desde 2005 e chamou atenção de produtores de cinema após participar de séries como Law & Order e Plantão Médico. A guinada em sua carreira veio em 2010 quando David Fincher lhe confiou o diálogo metralhadora inicial de A Rede Social. O papel da primeira garota vítima de cyberbullying acabou fazendo mais sucesso do que seu papel de protagonista na refilmagem de A Hora do Pesadelo. Depois dos bem sucedidos remakes de Massacre da Serra Elétrica e roupagens mais psicológicas nos moleques psicóticos de Halloween e Sexta Feira 13, dificilmente Freddie Krugger ficaria fora dessa. Criador do original, Wes Craven preferiu ficar só na produção e convidou o especialista em clipes Samuel Bayer para dirigir. Bayer capricha no estilo das locações, na paleta de cores sombrias, mas o filme está longe de ser assustar ou revigorante para uma franquia que ficou gasta já no segundo filme. O roteiro tem como maior mérito tentar explicar porque um grupo de adolescentes é perseguido nos sonhos por Freddie (Jackie Earle Haley), uma figura assustadora com dedos de navalha e rosto de tecidos queimados. Os colegas ficam ainda mais intrigados quando descobrem que se o monstrengo feri-los ou matá-los num sonho a coisa se torna real. Rooney é a depressiva da patota, Nancy Holbrook. Sempre de cabelos mal cuidados, unhas pretas e tudo mais o que manda o figurino pouco criativo desse tipo de filme. Aos poucos ela e os demais sobreviventes (que vão morrendo ao longo da projeção) descobrem que o que eles têm em comum era estudarem no mesmo Jardim de Infância e... melhor eu parar por aqui. Rooney pode até se sobressair no elenco de rostinhos bonitos, mas o filme não ajuda e o desfecho é tão ridículo como se fosse feito vinte anos atrás. Pior do que a mancha no currículo da moça, o filme desperdiça o ótimo Jackie Earle Haley num Freddie burocrático e sem emoção. Os fãs podem até dizer que é por conta de sua pesada maquiagem, mas quem viu o cara em Watchmen/2009 (onde passava quase o filme todo de capuz) sabe do que estou reclamando. O bom nessa história toda é que o filme é tão inexpressivo que nem afetou suas carreiras, Jackie está com quatro filmes a serem lançados neste ano (inclusive a biografia de Lincoln dirigida por Spielberg) e, com ou sem, Oscar, Rooney tem a agenda com três filmes a serem lançados até o ano que vem.
A Hora do Pesadelo (Nightmare on Elm Street/EUA-2010) de Samuel Bayer com Jackie Earle Haley e Rooney Mara. ☻
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