terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

INDICADOS AO OSCAR 2012: ATRIZ

Glenn Close (Albert Nobbs)
Close é uma atriz multipremiada e tem em sua estante prêmios do teatro, do cinema e da TV, mas, apesar das seis vezes em que foi indicada (todas na década de 1980), Glenn nunca levou um Oscar para casa. Neste ano ela concorre de novo ao prêmio da Academia pelo papel de uma mulher que precisa se vestir de homem em pleno século XIX para arranjar emprego. Close já foi premiada nos palcos pela história de Albert Nobbs e produziu o filme chamando o amigo Rodrigo Garcia para dirigir e ela até escreveu a música tema. Será que a Academia irá premiá-la desta vez depois de três indicações ao prêmio de coadjuvante (O Mundo Segundo Garp/1982, O Reencontro/1983 e Um Homem Fora de Série/1984) e duas de atriz principal (Atração Fatal/1987 e Ligações Perigosas/1988)?


Meryl Streep (A Dama de Ferro)
Ela tem mais de cem prêmios na estante, só Oscars ela tem dois (por Kramer vs Kramer/1979 e A Escolha de Sofia/1982), além de outras 14 indicações ao prêmio da Academia (coadjuvante por O Franco Atirador/1978 e Adaptação/2002; atriz principal por A Mulher do Tenente Francês/1981, Silkwood/1983, Entre dois Amores/1985, Ironweed/1987, Um Grito no Escuro/1988; Lembranças de Hollywood /1990, As Pontes de Madison/1995, Um Amor Verdadeiro/1998, Música do Coração/1999,  O Diabo Veste Prada/2006, Dúvida/2008 e Julie & Julia/2009). Neste ano ela está no páreo por encarnar com perfeição a ex-primeira ministra da Inglaterra Margareth Tatcher - e com fortes chances de ganhar pela terceira vez. 

Michelle Williams (Sete Dias com Marilyn)
Após concorrer ao prêmio de Melhor Atriz no ano passado por Namorados Para Sempre, ela volta à premiação após ter faturado o Globo de Ouro por sua atuação neste filme que explora os conflitos de Marilyn Monroe e Lawrence Olivier nas filmagens de O Príncipe e a Showgirl. Fora das telas Michelle não lembra em nada o maior símbolo sexual de Hollywood, mas nas telas ela consegue captar a essência da atriz numa atuação corajosa e bastante convincente. Ciente de que a Marilyn que conhecemos também era uma personagem, é esta criação que Williams consegue reproduzir em sua performance. Esta é sua terceira indicação ao Oscar, já que a primeira foi como coadjuvante pela esposa traída de O Segredo de Brokeback Mountain  (2005).

A presença de Rooney Mara na temporada de ouro deste ano é uma recompensa para o diretor David Fincher que resolveu adaptar a primeira parte trilogia sueca Millenium para o cinema americano. Várias atrizes famosas queriam o papel da cyberpunk Lisbeth Salander, mas Fincher bateu o pé por Rooney que teve de se submeter a vários testes para o papel. Antes a atriz era conhecida mais por sua participação nos primeiros minutos de A Rede Social  (2010) do que por sua atuação como protagonista no remake de A Hora do Pesadelo (2010). No filme Rooney ostenta piercings e tatoos na pele da anti-social Lisbeth, que teve um passado psiquiátrico complicado e que se envolve na investigação ao lado de um renomado jornalista (Daniel Craig). A indicação colocar a atriz entre as maiores apostas de Hollywood. 

Viola Davis (Histórias Cruzadas)
Depois de sua indicação ao prêmio de coadjuvante por Dúvida (2008) - onde contracenou com a amiga Meryl Streep - a ótima Viola Davis concorre por sua atuação como Aibileen Clark, uma doméstica  negra que padece sob os preconceitos das donas de casa americanas no Mississipi da década de 1960. O olhar de Aibileen torna-se público a partir de uma série de entrevistas. Viola se destaca num elenco feminino de primeira - que rendeu ao filme o prêmio de melhor elenco no prêmio do Sindicato dos Atores, que ainda a considerou a melhor atriz de 2010. A indicação já deve dar um empurrão na carreira de uma excelente atriz que estava restrita aos papéis de coadjuvante em longas como Comer, Rezar, Amar (2010) e Se Enlouquecer, não se Apaixone (2010). Viola e a amiga Meryl são as favoritas ao Oscar deste ano. 

A ESQUECIDA: Tilda Swinton (Precisamos Falar Sobre Kevin)
Quando o filme de Lynne Ramsey foi exibido em Cannes, Tilda já era considerada uma das favoritas ao Oscar deste ano. O problema era que o filme é sombrio e denso demais para o gosto da Academia ao explorar o processo de culpa de uma mãe que tenta lidar com o massacre promovido pelo filho numa escola americana. Baseado no livro de Lionel Shriver, há quem critique o filme por culpar demais a mãe (o que deve ter custado a indicação), uma grande bobagem, já que o livro narrado em forma de diário explora justamente este sentimento da mãe que acha que as coisas poderiam ser diferentes se houvesse amado mais o filho. Neste turbilhão de emoções Tilda está magnífica, como de costume. Quanto ao esquecimento da Academia, ela não deve ligar muito já que novos filmes devem coloca-la no páreo nos próximos anos e ela ainda tem a estatueta de coadjuvante por Michael Clayton (2007). 

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