Pettyfer: alienígena com contornos de herói.
D.J. Caruso é um diretor que tem se mostrado craque em redimensionar carreiras de aspirantes a astros adolescentes. Ele que fez um baita favor a Sahia Labeouf em apresentá-lo ao grande público como promessa de ídolo juvenil (no eficiente Paranóia/2007) e neste ano tentou repetir o feito com Alex Pettyfer. Pattyfer Pettyfer tentou emplacar como astro mirim no sonífero Alex Rider Contra o Tempo (2006), mas nada como a passagem do tempo na musculação para mostrar às meninas que merece o estrelato! Nessa empreitada, o papel de Caruso é criar os climas apropriados para que as meninas suspirem e os meninos torçam por ele entre as pancadas e os efeitos especiais. Eu Sou o Número 4 é baseado nos livros de Jobie Hughes e James Fray que mistura dramédias juvenis, alienígenas e filme de super herói. A coleção de livros conta a história de nove jovens alienígens enviados à terra para crescerem e desenvolverem seus poderes para que possam retornar ao planeta natal e livrá-lo da ameaça dos horrendos mogadorians. O problema é que este retorno ao planeta natal é ameaçado pela vinda dos mogadorians à Terra para dizimar estes jovens guerreiros que são chamados por numerais e cuidados por protetores especiais. Exterminados pela ordem numeral, Quatro (Pettyfer) sente-se ameaçado quando descobre (de maneira muito curiosa) que os números um, dois e três já foram exterminados e quando isso acontece, seu protetor (Timothy Olyphant) o leva para outra cidade. Tendo que viver escondido (e a internet aparece como grande complicador nesse quesito) as coisas começam a sair do controle quando Quatro, agora sob o nome de John Smith, se apaixona por uma aspirante à fotógrafa no colégio (Dianna Agron) - e aliens como ele se apaixonam para eternidade (oH!). Em sua nova vida escolar ele ainda fica amigo de um adolescente que sofre bullying por ser filho de um homem desaparecido que acreditava em alienígenas. A paz de nosso protagonista (e quem mais chegar perto dele) estará ameaçada por uns patetas da escola e os monstrengos que irão cruzar o seu caminho. O mais engraçado no filme é que D.J. Caruso acerta no difícil (conciliar fantasia e ação sem a coisa cair no ridículo) e erra no fácil (a parte da dramédia adolescente). Quando o filme lida com as cenas de ação e os efeitos, tudo parece coerente e eficiente dentro da narrativa, já os draminhas dos personagens misturam todo tipo de clichês do gênero da forma mais preguiçosa possível. O engraçado é que Quatro dá mais liga com seu amigo Sam (Callan McAuliffe) do que com seu par vivido por Dianna Agron (que repete a sua meia dúzia de expressões à exaustão no filme), pelo menos se Pattyfer não é uma grande revelação, sabe fazer o que seu personagem precisa graças ao roteiro que soube lidar com os contornos de super-herói que exala de Quatro. Embora não tenha feito o sucesso esperado, o filme deixa claro que trata-se do primeiro de uma franquia de ação para adolescentes - que deve fazer sucesso nos próximos anos se continuar com os efeitos especiais e as cenas de ação bacanas. Para curtir comendo pipoca com os amigos e nada mais.
Eu sou o Número Quatro (I am Number Four/EUA-2011) de D.J. Caruso, com Alex Pettyfer, Timothy Olyphant, Dianna Agron, Callan McAuliffe, Kevin Durand, Teresa Palmer e Jake Abel. ☻☻☻
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