Acho que nada melhor (e mais óbvio) para terminar um ano de um cinéfilo do que eleger os seus favoritos do ano. Em 2011 resolvi fazer as coisas de um jeito diferente, por motivo de empate em várias categorias escolhi os seis melhores do ano em minha modéstia opinião. Além disso parei de ficar separando o melhor roteiro original e roteiro adaptado, afinal eu não tenho paciência de ficar entrando em polêmicas do que é isso ou aquilo. Por exemplo, tem gente que diz que o roteiro de Cisne Negro é uma adaptação do próprio espetáculo enquanto outros dizem que é original. Há quem diga que Reino Animal é adaptado de um texto jornalístico enquanto outros dizem que existe mais conteúdo original e blablabla... enfim, isso é o que vou levar cinematográficamente de 2011!
Filme
Cisne Negro
Muitos o consideram a obra-prima de Darren Aronofsky, mas quem conhece o cineasta sabe que trata-se da retomada dos pesadelos em sua cinematografia. A bailarina Nina entrou para a história do cinema nesse drama psicológico de arrepiar as penas de qualquer um. Outros favoritos: (esq.) Árvore da Vida; Meia Noite em Paris; (dir.) Namorados para Sempre; Reencontrando a Felicidade; Rango
Direção
Darren Aronofsky (Cisne Negro)
Considero um bom diretor aquele que consegue deixar a sua marca em nossa memória. Levando em consideração o jeito muito particular de contar uma história, nada mais justo que Aronofsky leve o prêmio pelo filme de balé mais arrepiante da história! Outros favoritos (sentido horário): John Cameron Mitchell (Reencontrando a Felicidade); Terrence Mallick (Árvore da Vida); Woody Allen (Meia-Noite em Paris); Mike Mills (Toda Forma de Amor); Derek Cianfrance (Namorados para Sempre)
Ator
James Franco (127 Horas)
Um bom ator é capaz de nos capturar para a tela e nos fazer seus reféns por algum tempo. James Franco fez isso e muito mais na performance de sua vida no filme de Danny Boyle. Se o filme funciona é graças à sua força em encarnar o rapaz que fica preso num canyon e precisa fazer uma dolorosa escolha se quiser sobreviver. Sua angústia transborda da tela ao ponto de nos contaminar com sua dor. Outros Favoritos (sentido horário): Colin Firth (O Discurso do Rei); Javier Bardem (Biutiful); Owen Wilson (Meia-Noite em Paris), Paul Giamatti (Minha Versão do Amor); Michael Fassbender (X-Men: Primeira Classe)
Atriz
Natalie Portman (Cisne Negro)
Sabiamos que Portman era uma grande atriz desde que a vimos aos 12 anos num filme de Luc Besson, mas faltava-lhe um papel em que pudesse mostrar tudo (e mais um pouco) do que é capaz. Aronofsky arranca da boa moça Portman seu lado mais obscuro e mostra que a atriz possui mais nuances do que a maioria de seus papéis lhe pede. Outras favoritas (sentido horário): Kirsten Dunst (Melancolia); Michelle Williams (Namorados para Sempre); Nicole Kidman (Reencontrando a Felicidade); Jennifer Lawrence (Inverno da Alma); Carey Mulligan (Não me Abandone Jamais)
Ator Coadjuvante
Christopher Plummer (Toda Forma de Amor)
Parece que o passar do tempo só fez bem ao ex-galã Christopher Plummer. A cada ano, suas atuações se tornaram cada vez mais vigorosas, mesmo quando tem que encarnar um homossexual. Construindo o personagem sem frescuras, Plummer empresta seu corpo e a alma para um pai que assume a homossexualidade enquanto luta contra um câncer em estágio terminal. Sem melodramas, Plummer tem uma atuação tão honesta quanto inesquecível. Outros favoritos (sentido horário): Brad Pitt (Árvore da Vida); Geofrey Rush (O Discurso do Rei); Tom Hiddleston (Thor); Christian Bale (O Vencedor); Ben Mendelsohn (Reino Animal)
Atriz Coadjuvante
Jessica Chastain (Árvore da Vida)
Não tenho dúvidas de que Jéssica foi a musa do ano. Com uma penca de bons filmes lançados em 2011, Jessica já escreveu seu nome entre as queridas de Hollywood. O pontapé inicial para sua consagração foi o papel da mãe amorosa do viajante filme de Terrence Mallick. Se o que dá sentido ao filme são os sentimentos, Jéssica é a uma das grandes responsáveis pela aclamação do filme. Outras Favoritas (sentido horário): Charlotte Gainsbourg (Melancolia); Chloe Moretz (Deixe me entrar); Jackie Weaver (Reino Animal); Helena Bonhan Carter (O Discurso do Rei); Delphine Chanéac (Splice - A Nova Espécie)
Melhor Roteiro
Cisne Negro
Foi a categoria em que tive mais dúvidas para votar e entre filmes com narrativas muito próprias escolhi o de meu longa favorito do ano. O texto de Mark Heyman, Andres Heinz e John McLaughlin mistura realidade e fantasia borrando clichês (mãe dominadora, diretor tirano, amiga fingida...) e mesclando a trajetória da protagonista com a de seu papel em O Lago dos Cisnes. Original? Adaptado? Genial? Seja como for, Cisne Negro nos faz mergulhar no trabalho de uma artista e beber um pouco dessa mistura de sangue, suor e lágrimas. Outros favoritos (sentido horário): Reino Animal; Meia-Noite em Paris; Toda Forma de Amor, Reencontrando a Felicidade; Melancolia.
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