Este ano o cinema ficou muito mais interessante com a chegada de Jessica Chastain em Hollywood. Desde o início ela já mostrava sua competência em séries para TV em produções como Plantão Médico e Law & Order. Depois de aparecer em alguns filmes independentes, neste ano ela chegou ao estrelato com sete (!!) lançamentos elogiados no currículo. Jessica Howard nasceu em 29 de março de 1981 numa família de classe média ao norte da Califórnia. Aos nove anos se interessou pela dança e aos treze já fazia parte de uma companhia, onde utilizava como nome artístico o sobrenome de solteira de sua mãe (Chastain). Ela poderia estar dançando até hoje se uma amigo não a encorajasse a se tornar atriz. Ao ingressar numa presitigiada companhia teatral (a Juilliard) ela colheu elogios em clássicos como Salomé e Othello. No cinema seu primeiro papel de destaque foi em 2008 com o drama Jolene de Dan Ireland baseado no livro de E.L. Doctorow. No filme ela passava por diversas situações ao viver uma adolescente que passa dez anos atravessando os EUA conhecendo todo tipo de gente e situação. Sua beleza européia clássica de pele clara e cabelos ruivos constrastava com a realidade da personagem e seu talento já ficava evidente. O lançamento de diversos filmes neste ano ocorreu devido ao burburinho que sua participação em A Árvore da Vida de Terrence Mallick causou quando suas exaustivas filmagens chegaram ao fim (há uns dois anos atrás). Enquanto o filme nunca saia da edição, seu nome se envolveu em filmes importantes que devem lhe garantir uma vaga nas premiações deste ano. Jessica parecia uma deusa quando chegou em Cannes para ouvir os aplausos e vaias destinadas ao filme de Mallick, mas antes mesmo do filme levar para a casa a Palma de Ouro, sua atuação já era uma unanimidade. No filme ela é o total oposto do pai vivido por Brad Pitt. É impressionante como ela não precisa dizer uma palavra para expressar amor pelos membros de sua família (e incluo aí o gato, que em uma das cenas, deita em seu colo como se o estivesse procurando a vida inteira). Outro filme premiado em Cannes que contou com a atuação da nova estrela é O Abrigo (Take Shelter) de Jeff Nichols, onde ela interpreta a esposa do problemático personagem de Michael Shannon (que tem alucinações sobre o apocalipse). Muito elogiado, o filme deve estrear em breve por aqui. Ela ainda deve aparecer em breve em meio aos contornos tragicômicos sobre a segregação racial em Histórias Cruzadas (The Help), onde ela interpreta uma das patroas mais simpáticas do Mississipi - o filme desde já está cotado para o Oscar. Entre os filmes fortes, para as premiações, ela ainda participa da estreia shakesperiana de Ralph Fiennes na direção com Coriolanus e ainda está no novo longa dirigido por Al Pacino, Wilde Salome, uma reinterpretação do clássico teatral de Oscar Wilde. Mas nem só de filmes candidatos à premiações a atriz esteve neste ano. Ela também aparece ao lado de Sam Worthington no suspense policial Em Busca de Um Assassino que acaba de chegar às locadoras. Mesmo não sendo uma obra prima, o filme de Ami Carran Mann (filha de Michael Mann) rendeu elogios à atriz pela forma como interpreta a ex-mulher do policial que investiga assassinatos misteriosos no Texas (Wortington). Outro filme que participou ao lado de Worthington é No Limite da Mentira onde interpreta o mesmo papel de Helen Mirren quando jovem. Depois de aparecer tanto em 2011, ano quem vem, Jessica terá um ano mais tranquilo já que tem somente um filme confirmado para o ano que vem (Wettest Country de John "A Estrada" Hillcoat com texto do soturno Nick Cave). Ela também acabou de filmar o novo filme dirigido por Terrence Mallick, mas como ele gosta de ficar anos editando seus filmes só Deus sabe quando será lançado! Até lá, Jessica corre risco de já ter alguns prêmios importantes na estante.
Com Rupert Friend em Jolene: primeiros elogios.
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