segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Pódio: Terrence Malick

Bronze: o triângulo amoroso
3º Cinzas do Paraíso (1978) Nascido em Illinois (EUA) em 1943, Terrence Malick tinha apenas um filme no currículo quando lançou este que foi lembrado em quatro categorias no Oscar (fotografia, som, figurino e trilha sonora). Aclamado como uma obra-prima por muitos críticos, o filme é ambientado na Grande Depressão da economia americana e gira em torno de três personagens que se apresentam como irmãos para trabalhar numa fazenda - e logo se instaura um triângulo amoroso num plano que tem tudo para dar errado. Atmosférico e hipnótico, o filme serviu para criar uma aura em torno do cineasta que passou vinte anos sem filmar nada depois de todos os elogios colhidos com este aqui.  

Prata: a guerra contemplativa.
2º Além da Linha Vermelha (1998) Quando Malick disse que estava elaborando um novo projeto, uma verdadeira fila de astros de formou diante dele para atuar em seu terceiro longa-metragem. Assim, o filme contou com atores do porte de George Clooney, Sean Penn, John Cusack, Woody Harrelson, Adrien Brody, Jim Caviezel e muitos outros (alguns em papéis minúsculos e outros cortados). Malick faz um filme de guerra diferente. Contemplativo. Filosófico. Reflexivo. Longo... quase três horas de filme que seguem por caminhos inesperados ao retratar o conflito de Gualdacanal como visto na autobiografia de James Jones. A guerra em contraste com a natureza cria alguns dos mais belos momentos da carreira do cineasta que lhe valeram sete indicações ao Oscar, incluindo melhor filme e diretor. 

Ouro: as memórias de família
1º A Árvore da Vida (2011) Ganhador da Palma de Ouro no Festival de Cannes, este filme é um daqueles em que temos a impressão que o diretor passou a vida toda para desenvolver a maestria como costura as imagens que vemos na tela. Criando uma narrativa pautada nas memórias de uma família após a morte de um dos seus filhos, A Árvore da Vida foge do óbvio e ousa abordar uma trama extremamente abstrata sobre o bem e o mal, o amor e a raiva, a existência e a inexistência. Feito a partir de uma colagem única e irretocável do fluxo criativo de seu diretor acerca do ponto de partida, o filme é pura poesia! Além disso tem Brad Pitt em um personagem bem diferente do que costuma interpretar e Jessica Chastain sendo descoberta em um trabalho memorável como a mãe do clã. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário