domingo, 6 de março de 2022

INDICADOS AO OSCAR 2022: Melhor Ator

Andrew Garfield (Tick, Tick... Boom!)  Confesso que não fazia ideia de como Andrew era querido pelo público. Tive esta noção ao assistir sua participação em Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa nos cinemas. Todo este carinho virou torcida por sua indicação ao Oscar pelo papel de Jonathan Larson, um celebrado autor de musicais que influenciou muita gente, mas faleceu precocemente. Tenho dúvidas se o musical funcionaria sem a energia que este ator nascido nos EUA e criado no Reino Unido imprime ao papel. Pelo papel o ator levou o Globo de Ouro de ator de comédia/musical para casa. Esta é a segunda indicação dele ao Oscar, a primeira foi pelo drama de guerra Até o Último Homem (2016). 

Benedict Cumberbatch (Ataque dos Cães) Aos poucos aprendemos a falar o nome complicado deste ator britânico que ficou famoso interpretando verdadeiros ícones do porte de Sherlock Holmes e Doutor Estranho. Acostumado a viver tipos sofisticados, foi uma surpresa vê-lo como cowboy que esconde um segredo debaixo de toda a sua grosseria. O desafio de manter uma imagem desagradável como disfarce para uma camada pessoal que não deseja ser exposta é o desafio que Benedict cumpre com maestria. Esta é a segunda indicação do ator ao Oscar (a primeira foi por O Jogo da Imitação/2014) e ele desponta como o único capaz de tirar o prêmio do favorito da noite...

Denzel Washington (A Tragédia de Macbeth) é um prazer indescritível poder assistir Denzel interpretar Macbeth em um filme aos 67 anos de idade! Na pele do clássico Macbeth, ele e sua esposa tramam uma ascensão sangrenta ao trono da Escócia após o presságio de um trio de bruxas. Mas não basta ter a coroa: é preciso mantê-la não importa o que seja preciso. Esta é a décima indicação do ator ao Oscar, ele já concorreu duas vezes como ator coadjuvante (sendo premiado por Tempo de Glória/1988), sete vezes como ator principal (foi premiado por Dia de Treinamento/2002) e uma pela indicação de melhor filme de Um Limite Entre Nós/2016 do qual era diretor, produtor e ator.

Javier Bardem (Apresentando os Ricardos) Ainda não consegui entender o que a academia achou tão interessante em sua interpretação de Desi Arnaz, o esposo de Lucile Ball dentro e fora do clássico I Love Lucy. Sua interpretação é bastante correta, mas não impressiona (especialmente para quem acostumou a ver a Academia esquecer atuações memoráveis do ator, como o vilão Silva de 007 - Operação Skyfall). Sua escalação para viver o ator cubano foi bastante criticada (e ele já interpretou o poeta cubano de Antes do Anoitecer/2000 que lhe valeu a primeira indicação ao Oscar). Ele também concorreu a melhor ator por Biutiful/2010 e foi premiado como coadjuvante por Onde os Fracos não tem Vez (2008). É o azarão da categoria. 

Will Smith (King Richard) Fechando o ano em que todo concorrente tem histórico de indicações ao Oscar, ressalto mais uma vez que estou sentindo cheirinho de Oscar para Will Smith. Depois de ganhar o SAG de melhor ator e o Globo de Ouro de ator dramático, acho que podemos considerar que chegou a vez de um dos astros mais populares de Hollywood colocar uma estatueta na estante. Na pele do temperamental e visionário pai das tenistas Venus e Serena Williams, Will Smith se destaca em um personagem controverso, resta saber se a Academia irá converter sua terceira indicação ao Oscar de ator (concorreu antes por Ali/2001 e À Procura da Felicidade/2006) em prêmio. O ator também concorre ao Oscar pela produção do filme. 

O ESQUECIDO: Joaquin Phoenix (Sempre em Frente) Quando começaram as especulações ao Oscar deste ano, muita gente imaginou que após todos os prêmios por Coringa/2019, Phoenix voltaria ao páreo por um papel completamente diferente. Na pele do jornalista que precisa cuidar do sobrinho, o ator tem um dos momentos mais leves e comoventes de sua carreira, mas... agora temos a certeza de que a Academia gosta mesmo quando Joaquin vive tipos mais soturnos (como em todas as suas quatro indicações). Some isso à A24 investindo pouco em campanhas de marketing e vemos um  belo (entre tantos outros da produtora) filme completamente esquecido no Oscar deste ano.

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