BRADLEY COOPER (O Lado Bom da Vida) conseguiu sua primeira indicação ao Oscar ao interpretar o bipolar Pat Solitano, um homem que tenta reconstruir a vida depois de sair do sanatório - isso depois de perder o emprego, a casa e o casamento. Pat encontra refúgio na casa dos pais até conhecer uma garota que irá colocar sua vida de cabeça para baixo, mas não espere um melodrama! Pelo papel nesta comédia romântica diferente assinada por David O. Russel, Cooper conseguiu calar os críticos que ainda o consideravam apenas um galã canastrão. Por atingir as notas mais cômicas e dramáticas com precisão, o ator pode até não ganhar o Oscar, mas deve mudar consideravelmente os rumos da carreira - que começou a chamar a atenção com Se Beber Não Case/2009.


HUGH JACKMAN (Les Miserables) persegue uma indicação ao Oscar há tempos! Pouca gente sabe, mas o australiano que ficou famoso em X-Men (2000) na pele de Wolverine ganhava a vida no teatro fazendo musicais antes de ser descoberto pelo cinema. No papel clássico de Jean Valjean da obra de Vitor Hugo, o ator come o pão que o diabo amassou e ainda sofre a perseguição de um obstinado policial. Ainda acho curioso que tenham feito um musical sobre as mazelas retratadas por Hugo numa França cheia de conflitos em pleno século XIX, mas tudo bem! Jackman já havia cobiçado indicações com Fonte da Vida (2006) e O Grande Truque (2006), mas a Academia sempre demonstrava resistência. Desta vez ele tem a seu favor o Globo de Ouro de melhor ator em comédia/musical - mas será o suficiente para derrotar o favoritismo de Daniel Day Lewis?
JOAQUIN PHOENIX (O Mestre) passou por um período problemático (que dizem ter sido puro marketing pessoal) em que vivia dizendo que abandonaria a carreira de ator. A maluquice acabou custando suas indicações a prêmios por Amantes (2008), mas agora parece que as coisas voltaram aos eixos. Por sua atuação como o marinheiro despedaçado que começa a seguir uma religião fundada por um cientista ele já foi premiado em Veneza e conseguiu sua terceira indicação ao Oscar. O irmão de River Phoenix foi revelado para o mundo como o adolescente confuso de Um Sonho sem Limites (1995) e se tornou um dos atores mais cobiçados de Hollywood como o imperador vilanesco de Gladiador (2000) - filme que lhe rendeu uma indicação ao prêmio de coadjuvante na festa da Academia. Seu prestígio só aumentou quando encarnou Johny Cash na cinebiografia Johny & June (2005) que lhe rendeu a primeira indicação ao Oscar de ator.
O ESQUECIDO: JOHN HAWKES (As Sessões) sabia que teria um páreo duro para conseguir sua indicação ao Oscar de ator, mas muitos imaginavam que sua atuação como o quase totalmente paralisado Mark O'Brien seria uma barbada. Não foi. Hawkes tem momentos brilhantes como o homem que está ciente de que seu tempo de vida é curto e decide perder a virgindade - por mais que isso pareça impossível. Dosando adequadamente drama e humor, o filme se tornou um sucesso, mas nos fins das contas conseguiu indicar somente Helen Hunt para o prêmio de coadjuvante! Hawkes, que já concorreu ao Oscar de coadjuvante como o tio estranho de Inverno da Alma (2010) merecia esse reconhecimento - mas outras chances virão.
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