quinta-feira, 28 de maio de 2020

MOMENTO ROB GORDON: Séries Divertidas Escondidas na Netflix

A Netflix tem muitos filmes e séries em seu acervo e, diante de tanta oferta, a maioria das pessoas acaba assistindo aquelas mais famosas. Nesta peneira alguns programas muito legais acabam escondidos da maioria dos assinantes e esta lista foi pensada para você que quer se divertir enquanto aquela nova temporada não chega. Quem sabe uma das listadas aqui se torna sua nova série favorita? Seguem cinco descobertas (em ordem alfabética) que me divertiram bastante:

#01 "As Crianças Estão Bem"  de Tim Doyle
Descobri esta série da ABC no início do ano e posso dizer que é uma das séries mais divertidas que já assisti. Ela conta a história de um casal de origem irlandesa que vive nos Estados Unidos no início dos anos 1970. A maior graça do programa é que o casal tem sete filhos, todos do sexo masculino! Haja energia para cuidar de tanta testosterona! O narrador é o ruivinho Timmy (Jack Gore) que sonha em ser artista. Ao lado deles estão o irmão meio hippie, o bobalhão, o fofoqueiro, o filho exemplar, o esperto, o ingênuo e o bebê. Em histórias que brincam com as mudanças culturais do período e com a numerosa família, a série tem ótima reconstituição de época, ritmo preciso e atuações impecáveis, especialmente do casal Mary McCormack e Michael Cudlitz como os responsáveis durões por esta numerosa prole. A série estreou em outubro de 2018 e seus 25 episódios se estenderam até maio de 2019, deixando o suspense se seria renovada para este ano. Existem verdadeiras petições solicitando a renovação (se a ABC não fizer bem que a Netflix poderia adotar de vez esta família!). 

#02 "Community" de Dan Harmon
Esta deve ser a mais conhecida da lista. Criada pela NBC e exibida por aqui pelo Canal Sony ela nunca chegou a ser um sucesso, tanto que em sua quarta temporada foi comprada pela Yahoo que bancou mais duas temporadas. Community estreou em 2009 no auge de Big Bang Theory e ano de estreia de Modern Family, assim, as histórias malucas de um grupo estudos em uma Universidade comunitária dos EUA tinha concorrentes de peso.  Nas histórias apareciam piadas provocativas sobre preconceitos, racismo, machismo, feminismo e troça sobre qualquer seriado estudantil que já tenham inventado. Além disso sempre tinha espaço para flertar com referências pop variadas. Criado por Dan Harmon, a série contou com produção e direção dos irmãos Anthony e Joe Russo antes de migrarem para a Marvel. No elenco bastante diverso está o veterano Chevy Chase e o comediante Joel McHale ao lado de nomes que ganharam destaque nos últimos anos, como Donald Glover (também conhecido como o rapper Childish Gambino) e Allison Brie (depois consagrada por GLOW). Vale destacar que como reitor está o divertido Jim Rash (roteirista oscarizado de Os Descendentes/2011). 

#03 "Derry Girls" de Lisa McGee
Criada em 2018, arisco dizer que Derry Girls é a série mais engraçada desta lista. Sabe aquele programa que você começa a rir e tem que clicar no pause para não perder o resto do episódio? Pois este é meu relacionamento com esta série pouco conhecida, mas que está entre as minhas favoritas. Como nada é perfeito, cada temporada tem poucos episódios (a primeira tem seis e a segunta tem sete, espero que a próxima tenha pelo menos oito...) e quando termina bate até uma deprê! O programa segue um grupo de jovens irlandesas dos anos 1990 em suas pequenas aventuras em uma cidade sem muito o que fazer. Sem dinheiro e o glamour das séries americanas, a série faz graça de tudo no cotidiano delas: um padre bonitão, o desaparecimento de um cachorro, alunos estrangeiros, quem é Keyser Soze... tudo! Para completar elas estudam uma escola só de meninas dirigida por freiras - e que permite a entrada de seu primeiro menino (e a cena em que ele descobre que a escola ainda não providenciou o banheiro masculino é um primor). Quem já viu espera ansiosamente a terceira temporada!  

#04 "O Vizinho" de Miguel Esteban e Raúl Navarro
Pegando carona na onda de super-heróis, este seriado brinca com este universo dando poderes especiais a um homem comum que não sabe muito bem o que fazer com suas habilidades especiais. Enquanto descobre seus poderes, ele se atrapalha com a vida amorosa, tem problemas com os amigos,  com os vizinhos e acaba metendo os pés pelas mãos a maior parte do tempo. Conforme é descoberto pela mídia, ele passa a ser cada vez mais cobrado, mas é difícil para Javier (Quim Gutiérrez) se dar conta da responsabilidade que tem nas mãos. Quem curte o mundo dos quadrinhos irá perceber várias referências, seja sobre a forma como ele recebe seus poderes (que lembra muito o a história do  clássico Lanterna Verde) ou os dilemas do Homem-Aranha. No entanto, não espere um programa com cenas de ação, traumas ou tensão, O Vizinho é uma brincadeira com o universo das histórias em quadrinhos e funciona justamente por não se levar a sério. Os dez episódios da série foram lançados no último dia de 2019 e a próxima temporada está prevista para 2021. Ainda dá tempo para maratonar!

#05 "Please Like Me" de Josh Thomas
Esta série australiana surpreende pelos desdobramentos que ela consegue ter ao longo de suas quatro temporadas. O ponto de partida é o término do relacionamento do inseguro Josh (Josh Thomas), que a partir de então começa a refletir sobre a sua sexualidade. A partir daí segue a apresentação de pessoas que são importantes na vida do protagonista e alguns encontros que servem para ajuda-lo a entender o que está sentindo. O mais interessante é que a série começa a aprofundar os coadjuvantes e seus problemas, sem perder o bom humor e o carinho pelos personagens. Para além do fiel amigo Thomas (Thomas Ward que também assina vários episódios), também recebem destaque o pai de Josh (David Roberts),  a mãe (Debra Lawrence) e a ex- namorada (Caitlin Stasey) que se desenvolvem sempre por caminhos que fogem do óbvio, tanto que ao arranjar um namorado para Josh, eles apresentam Arnold (Keegan Joyce), um jovem com problemas psiquiátricos. Mostrando que a normalidade não existe, Please Like Me mistura comédia e drama, dando-se ao luxo de fazer seu protagonista ser (intencionalmente) chato em vários episódios. A série terminou em 2016 e se tornou uma das mais celebradas da TV australiana em muito tempo. 

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