segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Palpites para o Oscar 2024 - Parte III

Para encerrar a trilogia: os últimos palpites para a temporada de ouro:

"A Cor Púrpura" de Blitz Bazawule
É preciso ter um bocado de coragem para criar uma nova versão da obra de Alice Walker  depois que Spielberg fez a obra-prima de 1985 que esta foi indicada a 11 Oscars (e vergonhosamente não levou nada para casa). O tempo passou, o filme se tornou mais amado e ganhou uma versão musical nos palcos que chega agora aos cinemas. A Warner está confiante e até deixou alguns filmes para o ano seguinte para esta repaginada na história difícil de Nettie. O elenco estelar conta com Taraji P. Henson, Halle Bailey, Aunjanue Ellis, Danielle Brooks, Colman Domingo e Fantasia Barrino. 

"Saltburn" de Emerald Fennell
Depois da consagração na estreia com Bela Vingança/2021 (que lhe rendeu o Oscar de roteiro original), Fennell volta à dirigir mais uma mistura de comédia, drama e suspense, desta vez sobre um estudante de Oxford que cai em tentação quando vai passar alguns dias junto com a excêntrica família de um colega endinheirado. O filme dividiu opiniões no Festival de Veneza, mas colheu elogios para as atuações de Barry Keoghan e Jacob Elordi. Pelo visto, obras divisivas serão a especialidade da diretora, acostumem!

"Priscilla" de Sofia Coppola
Jacob Elordi também tinha outro filme a apresentar no Festival de Veneza, um filme em que ele vive ninguém menos que o Rei: Elvis Presley. Mas ao contrário do filme de Baz Luhrman, o foco de Sofia Coppola está em sua esposa, Priscilla Presley, que ele conheceu ainda adolescente e viveu um conto de fadas contaminado pelos problemas do mundo real. Embora o filme tenha recebido alguns elogios, o que sustenta mesmo o filme é o trabalho da novata Cailee Spaeny (com uma vibe Lana Del Rey) premiada como melhor atriz em Veneza. Ela segue forte na corrida do Oscar.

"Origin" de Ava DuVernay
O roteiro parte de uma ideia interessante: apresentar as relações sociais entre a diversidade racial dos Estados Unidos dentro de uma hierarquia de divisões humanas. Essa espécie de crônica sobre o sistema de castas da Terra do Tio Sam chamou a atenção de crítica e público, mas há quem diga que ficaria melhor se fosse moldado como um documentário. Será? Com atuações elogiadas de Aunjanue Ellis, Jon Bernthal, Vera Farmiga e Nick Offerman, o filme tem chances na categoria de melhor atriz (Ellis) e roteiro original. 

"Nyad" de Jimmy Chin e Elizabeth Chai Vasarhelyi
Será que Annette Benning finalmente levará para casa o Oscar de melhor atriz? Após quatro indicações ao longo da carreira, a Netflix planeja investir pesado no prestígio nunca oscarizado da atriz para que ela saia agraciada da cerimônia. O papel tem o maior cheiro de prêmio: ela vive Diana Nyad, atleta que aos 60 anos tenta realizar o sonho de nadar 110 milhas em mar aberto de Cuba até a Flórida. Mas nem só de Annette vive o filme, Jodie Foster vive sua melhor amiga e treinadora (e está cotada para categoria de atriz coadjuvante). 

"Napoleão" de Ridley Scott
O diretor não anda cotado junto à Academia após seus últimos projetos (e até virou piada na cerimônia de 2021), mas pode ser que ele tenha sorte com este épico baseado na vida de uma figura histórica. O filme oferece uma visão pessoal das origens de Napoleão (Joaquin Phoenix) e de sua ascensão rápida e implacável ao império, no entanto, destaca seu relacionamento intenso com a esposa, Josephine (Vanessa Kirby). Especula-se muito sobre indicações para o casal de protagonistas, mas resta saber se a Academia renovada curtirá um filme desses para além das categorias técnicas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário