5 Los Angeles - Cidade Proibida (1997) O excepcional filme de Curtis Hanson se passa na era de ouro de Hollywood, onde todo o glamour das estrelas de cinema escondia uma cidade onde o tráfico de drogas crescia, prostitutas pareciam estrelas de cinema e a polícia andava cada vez mais desmoralizada, ou seja, tudo que James Ellroy sempre prezou em sua obra. Num elenco com Russell Crowe, Kevin Spacey, Danny DeVito e Kim Basinger (oscarizada pela garota de programa que é clone de Veronica Lake), o ícone que aparece numa cena inesquecível é Lana Turner (1921-1995). Brenda Bakke encarna a diva conforme manda o figurino, sua curta participação foi o suficiente para gerar um burburinho de que a diva receberia um filme próprio sobre seu conturbado relacionamento com o mafioso Johny Stompanato (na foto vivido por Paolo Seganti) - com um dos desfechos mais intrigantes de Hollywood (que aparece em outro livro de Ellroy: "Meus Lugares Escuros"). Regra #5: "Um ícone é sempre um grande papel (não importa o tempo na tela)"!
4 Chaplin (1992) Não foi Tony Stark ou Sherlock Holmes que renderam indicações de Robert Downey Jr. ao Oscar, foi sua performance no papel de Charles (Spencer) Chaplin (1889-1997) no filme de Richard Antteborough que fez com que seu talento fosse reconhecido. O filme é baseado em duas biografias do ator e mostra aspectos importantes da vida de Chaplin: a infância pobre ao lado da mãe alcoolatra (vivida por Geraldine Chaplin), a ida para os EUA, sua genialidade reconhecida no cinema mudo e a conturbada vida amorosa. Downey Jr. está tão convincente no papel que ninguém reclamou de um detalhe: Charles tinha olhos azuis. Robert tinha 27 anos quando recebeu os elogios pela sua atuação - e depois mergulhou num mundo de vícios até o início do século XXI (provavelmente sua vida irá gerar um filme daqui uns vinte anos). Regra #4: "Desvie a atenção de qualquer aspecto que não se assemelhe ao ícone""
3 Liz (1995) Bastava ver qualquer capítulo da série Twin Peaks (1990-1991) para ver qual era a referência clara da personagem de Sherilyn Fenn: Elizabeth Taylor (1932-2011). A belíssima jovem atriz acabou sendo escolhida para viver a diva na produção para a TV dirigida pelo veterano Kevin Connor no canal NBC. Sua interpretação ficou famosa por suas intervenções constantes na produção quando considerava que a integridade de sua personagem seria colocada em risco. A identificação com Taylor foi tão grande (especialmente pelos estereótipos sofridos por uma mulher belíssima) que o processo de atuação tornou-se seu trabalho mais árduo. Ainda que a verdadeira Taylor tentasse impedir a transmissão do programa, até ela deve ter gostado da personificação de Sherilyn Fenn. Regra #3: "Se o ícone ainda estiver vivo esteja preparado para o dobro de trabalho!"
2 James Dean (2001) Apesar do sucesso no seriado Freaks & Geeks (1999-2000), a carreira de James Franco parecia condenado a papéis pequenos até que foi escolhido para viver James Dean (1931-1955) neste telefilme dirigido por Mark Rydell. O filme deixa claro que o lendário ator revelava-se ao público em papéis muitos semelhantes à sua verdadeira personalidade (especialmente em seu conturbado relacionamento com o pai) até sua morte prematura. Pela forma como encarnou um dos maiores símbolos de rebeldia do cinema, Franco foi indicado a vários prêmios - e levou para casa o Globo de Ouro e o prêmio da Associação Americana de Críticos (além do crédito necessário para mostrar que era um ator competente - desde que não tenha que apresentar o Oscar!). Acha que é fácil viver um homem que se tornou ícone com apenas três filmes? Regra #2: "Interpretar um ícone pode elevar sua carreira a outro patamar, portanto, INTERPRETE!"
1 Aviador (2004) O filme de Scorsese contava a vida de Howard Hughes (Leonardo DiCaprio) e seus transtornos psicológicos, mas até lá ele conviveu com as estrelas mais cobiçadas de Hollywood. Apesar de contar som a presença dos astros Jean Harlow (Gwen Stefani), Ava Gardner (Kate Beckinsale, belíssima) e Errol Flynn (Jude Law) no roteiro, foi Cate Blanchett que se saiu melhor ganhando o Oscar por sua atuação como Katharine Hepburn (1907-2003). Nunca achei a atriz parecido com Hepburn, mas ela consegue incorporar a atriz de modo assustador (tem até uma cena em que ela fica idêntica à temperamental atriz). A aristocrática Hepburn aparece como o maior amor da vida de Hughes e atuação de Blanchett deixa claro o motivo. Regra #1: "Não importa o que digam: Você é o Ícone"