terça-feira, 29 de agosto de 2017

Pódio: Adrien Brody

Bronze: o artista surrealista
Eu sei, você deve estar pensando "mas o papel dele é tão pequeno!" - e você tem razão, mas eu não resisto como Adrien consegue convencer na pele de Salvador Dali com os poucos minutos que tem em cena. Ele consegue ser ao mesmo tempo simpático, divertido, encantador e genial toda vez que diz ver "rinocerontes". Um papel que tem um grande efeito quando pensamos que o ator pode fazer mais papéis cômicos do que lhe oferecem (Wes Anderson já percebeu isso faz tempo e o inclui em sua patota desde Viagem à Darjeeling/2007). Dali quase perdeu espaço para o punk de O Verão de Sam/1999, mas... como resistir a este bigodinho surrealista?

Prata: o amigo imprevisível
2º A Vila (2004)
Se pensarmos bem, veremos que A Vila é o melhor trabalho de M. Night Shyamalan na condução de seus atores (e acho que o roteiro bem construído também ajuda muito). Adrien estava com o Oscar de ator fresquinho em sua estante quando aceitou o papel de Noah Percy, o melhor amigo dos protagonistas (Bryce Dallas Howard e Joaquin Phoenix). Noah sofre de transtornos mentais no vilarejo que é assombrado por seres misteriosos e que parou no tempo. Adrien constrói um personagem que oscila entre o inofensivo e o assustador, além de ter papel fundamental no desfecho da história. 

Ouro: o pianista sobrevivente
Aos 29 anos, Adrien se tornou o ator mais jovem a levar o Oscar de ator para casa como o pianista Wladyslaw Szpilman que viu toda a destruição provocada pelo nazismo durante a Segunda Guerra Mundial. Baseado numa história real, Szpilman passou por tantos horrores se escondendo pelos escombros de Varsóvia que sua sobrevivência beira o inacreditável. Não bastasse a história impressionante, o diretor Roman Polanski exorciza aqui os fantasmas da história de sua própria família e, de quebra, ainda revelou um jovem ator capaz de trabalhos surpreendentes. A atuação de Adrien é magnífica! 

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