Pela minhas contas o americano Paul Giamatti já teria umas quatro indicações ao Oscar, mas não é bem assim que as coisas funcionam em Hollywood. Ele só tem uma e mesmo assim por um filme não está entre os três melhores de sua carreira. Filho de um professor conceituado da universidade de Yale, o ator nasceu em New Haven em 1967, tendo iniciado na carreira de ator na década de 1990. Quem der uma olhada no seu currículo verá que foi um período difícil, cheio de filmes sem importância ou pequenos papéis em filmes de sucesso (nesse caso tem Vida de solteiro/1992 ou O Casamento do Meu Melhor Amigo/1997). Depois de participações em filmes como O Show de Truman (1998), O Resgate do Soldado Ryan (1998), O Mundo de Andy (1999), ele percebeu que podia roubar a cena em Duets (2000) e Planeta dos Macacos (2001). As coisas só mudaram mesmo quando interpretou Harvey Pekar no metalinguístico American Splendor (2003) que por aqui recebeu o nome hediondo de Anti-Herói Americano [sic], sua atuação lhe valeu indicações a prêmios como o Globo de Ouro e o Independent Spirit. A consolidação de sua boa fase veio como o protagonista de Sideways (2004) de Alexander Payne, indicado ao Globo de Ouro, premiado no Independent Spirit e mais uma vez rejeitado no Oscar. A Academia resolveu consolá-lo com sua aguerrida atuação no fracote A Luta pela Esperança (2005), onde vivia o treinador de Russel Crowe. Em 2006 participou do sucesso inesperado O Ilusionista e do fiasco A Dama na Água. Depois de algumas participações especiais foi o vilão de Mandando Bala (2008). Giamatti bem que merecia uma outra indicação ao Oscar por Almas à Venda (2009), pelo qual foi lembrado apenas num festival na Rússia - talvez porque seu tipo físico faz a Academia teimar em não reconhecer que trata-se de um dos atores mais interessantes de que Hollywood dispõe atualmente.
Com Hope Davis em American Splendor: Ponto de mutação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário