terça-feira, 31 de dezembro de 2019

FAVORITOS 2019 - CINEMA

Para fechar, aqui estão os meus favoritos do ano cinematográfico de 2019. Como de costume, muita gente irá sentir falta de um filme aqui e outro ali, de um ator, uma atriz e ficará surpreso com um outro que apareça entre os meus destaques. Seguem os que tornaram um ano árduo muito mais interessante...

ELENC

REVELAÇÃO DO AN

ATRIZ CADJUVANTE

ATOR CADJUVANTE

CINEASTA REVELAÇÃ

MELHOR ATR 

MELHR ATRIZ

MELHOR ROTEIR

DIREÇÃ

FILME DO AN

FAVORITOS 2019 - TELEVISÃO

É até estranho com tanto serviço de streaming eu escrever sobre os meus favoritos da TV. Mas enquanto não encontro um termo melhor, aqui estão os programas e artistas que tornaram 2019 cheio de coisa boa para assistir: 

MELHOR COMÉDIA

ATRIZ DE COMÉDIA

ATOR DE COMÉDIA 

ATRIZ COADJUVANTE

ATOR COADJUVANTE 

ATRIZ DE DRAMA

ATOR DE DRAMA

MELHOR DRAMA

10+: Favoritos de 2019

Continuando meu fechamento de 2019, segue a lista dos meus filmes favoritos lançados por aqui neste ano (listados em ordem alfabética). Aproveita e lista os seus favoritos nos comentários:

Baseado em personagens reais, Yorgos Lanthimos realizou sua verdadeira obra prima! Seus filmes sempre foram muito esquisitos, mas este aqui tem muito mais! Humor bizarro, visual carregado e um jogo de poder inusitado com foco em três mulheres defendidas por atrizes inspiradas! Emma Stone e Rachel Weisz já são consagradas há algum tempo (e tem um Oscar cada uma), o melhor de tudo é ver Olivia Colman soberana e levando uma estatueta para casa pelo papel da oscilante Rainha Ana. 

A estreia deste elogiado filme foi adiada tantas vezes no Brasil que ele acabou indo direto para os serviços de streaming. Baseado em uma absurda história real (sobre jovens e um plano mirabolante para roubar um livro que vale milhões), o filme marca estreia de Bart Layton fora dos documentários, mas ainda assim com sua marca narrativa confiável  que mistura personagens reais e atores. O resultado é um dos filmes mais interessantes do ano e que precisa ser descoberto. 

Sabe aquele filme que termina e você fica com um nó na garganta por vários dias? O filme da cineasta Nadine Labaki é assim - e dói até o estômago. O filme tinha tudo para dar errado e se tornar um melodrama insuportável, mas a diretora tem pulso firme, além de ser uma ótima diretora de crianças. Ela faz coisas inacreditáveis com seus pequenos protagonistas e ao público cabe torcer para que os dos tenham um final feliz (afinal, você não aguenta mais chorar!). 

Talvez este seja o filme mais falado do ano. Seja pela atuação de Joaquin Phoenix, pelas polêmicas que levantou desde sua exibição no Festival de Veneza ou pela capacidade em mostrar como o mundo está louco e propício para alimentar personagens como o problemático Arthur Fleck. Phillips bebe na fonte certa (os filmes de Scorsese da década de 1970) e cria um filme ousado para quem está acostumado aos filmes inspirados em HQ dos últimos anos. Se 2019 tivesse um retrato, seria assim. 

Quando assisti este filme polonês ele foi direto para os meus favoritos do ano. A forma como Pawel conta a história de um casal (ao longo de vários anos) cortada pelas relações diplomáticas de países europeus já renderia uma bela trama... mas ele faz mais. Com cortes temporais precisos, uso magnífico da música como instrumento narrativo e uma atuação avassaladora de Joanna Kulig (que mulher é essa?!) o filme é um clássico que prima principalmente pela concisão (apenas 88 minutos). 

#06 "História de Um Casamento" de Noah Baumbach
As pessoas sempre cobram que os filmes da Netflix sejam excelentes, mas como qualquer estúdio, ela produz muita questionável e deixa suas pérolas para momentos estratégicos (no caso para a temporada de ouro). Se todo ano eles lançarem pelo menos um do quilate deste novo filme de Baumbach eu ficarei satisfeito! Em sua segunda parceria com a Netflix, o diretor cria seu filme mais maduro, demonstrando as emoções de um casal vendo o casamento ser destroçado pelo processo de divórcio. 

Depois do sucesso absoluto de Corra! (2016), Peele volta com outra alegoria de horror. Desta vez ele mergulha no imaginário dos duplos, daquela nossa metade sombria, aquela que é e não é você. Deu para entender? Bem, então melhor assistir ao filme e apreciar a forma como ele lapidou mais a mistura de horror e humor, além de nos brindar com uma atuação inesquecível de Lupita Nyong'o - bem que ela merecia uma indicação ao Oscar por este filme. E a última cena? Depois me diz o que você acha dela. 

#08 "O Farol" de Robert Eggers
Não fosse por uma concorrida pré-estreia no final de dezembro, este filme quase entraria na lista só do ano que vem! Depois de A Bruxa (2015), Eggers, mergulha ainda mais no horror psicológico e mistura todas as referências que consigo lembrar sobre a solidão de dois homens numa ilha. Fora as atuações primorosas de Willem Dafoe e Robert Pattinson num duelo perfeito.  Existem tantas leituras possíveis para o filme que não escreverei aqui e deixarei você pensando sobre isso. 

Faz tempo que o sul coreano Joon Ho é reconhecido como um dos diretores mais criativos em atividade no mundo. Seus últimos filmes são obrigatórios e com Parasita ele apresenta fôlego para estar entre os maiores cineastas do mundo. A trama cheia de simbologias e de narrativa precisa em cada minuto de projeção tornam a obra uma das mais importantes do ano. Não por acaso, levou para casa a Palma de Ouro em Cannes e se tornou um dos filmes mais premiados ao longo de 2019. 

#10 "Vida Selvagem" de Paul Dano
Reconhecido como bom ator, Paul Dano resolveu alçar novos voos com sua estreia na direção. O resultado é um filme de personagens bem construídos, misturado a uma certa nostalgia e muita maturidade ao fixar o olhar em um adolescente diante da crise no casamento dos seus pais. De estética marcadamente indie, Dano apresenta segurança e sensibilidade, além de render a melhor atuação de Carey Mulligan em muito tempo. 

10+: MELHORES PÔSTERES 2019

Sim meus amigos, eu fiquei muito tempo sem escrever aqui no blog. Escrevo agora no dia 21/03/2020, porém, por motivos de organização, irei datar esta postagem no final de dezembro do ano passado, data em que ela foi concebida e engavetada. Faltava tempo e um tanto de motivação para escrever por aqui, mas diante da reclusão da pandemia do Coronavírus, estou retomando as atividades aqui no blog. Como meu pensamento é cartesiano demais para bagunçar meus arquivos por aqui, irei escrever os meus favoritos do ano passado para fechar as postagens de 2019 e depois escreverei sobre os filmes que assisti com as datas corretas. Agora tempo é o que não falta! Quanto à motivação, agradeço aos meus amigos que insistiram para eu retomar minhas anotações por aqui e minha terapeuta que considera uma boa ideia eu voltar a ter um passatempo e parar de pensar somente no trabalho e outras coisas preocupantes.  Como todos anos, começo meus favoritos com os pôsteres que mais apreciei no ano de 2019. 


#09 Doutor Sono

#08 Vidro

#07 O Farol

#06 Parasita

#05 O Homem que Matou Dom Quixote 


#03 Mulher Maravilha 1984

#02 John Wick: Parabellum

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

PL►Y: O Favorito

Jackman: a vida sexual enquanto pauta política. 

É no mínimo curioso que no mesmo ano em que um dos filmes mais aclamados da temporada de ouro se chamava A Favorita (dez indicações ao Oscar e convertendo a estatueta de melhor atriz para Olivia Colman), os distribuidores resolveram batizar um filme esquecido das premiações como O Favorito. The Front Runner (título original) era um dos filmes mais cotados para o Oscar, a direção de Jason Reitman sempre gera interesse  e a presença do astro Hugh Jackman ao lado de Vera Farmiga e J.K. Simmons indicava que o filme estava disposto a fazer bonito. Lançado em novembro, no meio dos pesos pesados da temporada o filme não foi bem nas bilheterias e não empolgou a crítica com o escândalo na campanha do senador Gary Hart em 1987. Hart (vivido com seriedade por Jackman) tentava cravar sua candidatura à presidência pelo partido Democrata em 1988 com seu carisma e pinta de galã de TV. Seu discurso era afinado com grande parcela da população, seus planos eram emblemáticos para os eleitores e os enchia de esperança, ou seja, era a cara da mudança num país que via do lado republicano a candidatura de George Bush (o pai), até então vice de Ronald Reagan. Tudo ia bem até que Hart se tornou pioneiro em algo que rende manchetes até hoje: um escândalo sexual no mundo da política. Diante da crescente intenções de voto para Hart, a mídia começou a procurar algo que pudesse vender ainda mais jornais e acabou se deparando com suspeitas sobre a infidelidade do senador. Reitman e seus parceiros roteiristas tem aqui uma história real cheia de possibilidades, mas que perde o fôlego num roteiro inconsistente que não consegue decidir qual mensagem quer passar. As referências estão bem claras aqui, do início em que os personagens falam demais ao mesmo tempo (algo bem Robert Altman) passando pela intenção de emular a tensão do clássico Todos os Homens do Presidente/1975, mas não empolga justamente pelo texto insosso para um tema tão explosivo. A coisa piora consideravelmente quando ensaia o discurso de denúncia sobre abusos que homens poderosos feito Hart cometeram ao longo da vida misturado com o receio de demonizar a mídia que associa a vida pessoal de candidatos à sua competência política. Quando o filme precisa se equilibrar entre estes dois pontos ele piora consideravelmente. Sem se comprometer em dizer que era tudo um grande mal entendido ou se algo realmente aconteceu, o filme perde a oportunidade de se aprofundar em um dos "pilares" do conservadorismo do Tio Sam: o discurso da moral e dos bons costumes. O resultado só não fica mais desengonçado por conta da competência de Hugh Jackman na pele do desconfortável candidato (pena que ele aparece pouco) e de seu elenco de apoio. Infelizmente, O Favorito tropeça em sua pretensão e perde fôlego quando deveria se tornar uma crônica política contundente para o tempo que vivemos. 

O Favorito (The Front Runner / EUA-2018) de Jason Reitman com Hugh Jackman, Vera Famiga, J.K. Simmons, Alfred Molina, Mark O'Brien, Mike Judge, Sara Paxton e Kaitlyn Dever. 

domingo, 17 de novembro de 2019

NªTV: Patrick Melrose

Benedict: futuro destruído pelo passado. 

Fiquei um tanto zonzo ao assistir ao primeiro episódio da minissérie Patrick Melrose. Não lembro de ter visto um personagem utilizar, por tanto tempo, tamanha variedade de drogas diante da câmera enquanto a produção tenta reproduzir os efeitos delas com a edição, o som, a luz... Darren Aronofsky demonstrou que isso era possível naqueles cinco (?) minutos intermináveis de Réquiem para Um Sonho/2000, mas aqui o mal estar se estica por quase uma hora. O motivo para este abismo fica um tanto nebuloso, já que assim que o episódio começa, Patrick (o ótimo Benedict Cumberbatch) não parece muito triste quando recebe a notícia do falecimento do pai (Hugo Weaving). A causa parece ser algo muito maior e pior até. Alguns críticos identificaram que o programa exagera no glamour (e a elegância de seu protagonista ajuda ainda mais a tecer esta observação) perante uma história sombria, mas se o protagonista (e quem está  ao seu redor) pertence à elite da sociedade londrina, considero justificável que esta casca endinheirada esconda camadas de podridão vestidas com roupas de perfeitas e joias caras. Baseado nos cinco livros de Edward St. Aubyn, a minissérie opta por começar pelo segundo livro para só depois retomar o primeiro da coleção, explicando o que se esconde por trás das atitudes de Patrick.  Com uma infância marcada por um pai abusivo e uma mãe ausente, crescer não foi nada fácil para ele. O refúgio em todo tipo de substância que pudesse lhe proporcionar momentos de fuga torna-se até compreensível, mas a série quer mostrar algo mais ao condensar cada livro em uma hora de programa. No terceiro episódio, Patrick está lutando para ficar sóbrio, no quarto sua vida parece ter entrado nos eixos (mas ele permanece desconfortável) e no último está tudo prestes a se perder ou se encaixar novamente. Benedict Cumberbatch vive cada momento deste personagem com maestria e ressalta o que o texto tem de mais agudo e cruel em vários momentos - incluindo aqueles em que nada deveria ser dito. Enquanto junta seus cacos por dentro, Patrick Melrose cria episódios que compõem uma espécie de filme com cinco horas de duração com um elenco apropriado para trazer vida à uma jornada que flerta constantemente com a autodestruição. O programa lida com aquelas feridas que demoram para cicatrizar e mistura drama e doses de humor maldoso para disfarçar toda a dor que existe debaixo da pompa endinheirada que emoldura cada cena. Ao que parece, Edward St. Aubyn criou a história com bastante propriedade inspirado em sua própria vida e reconhece que em alguns momentos no humor cruel de sua narrativa. Esta é a base para que Patrick Melrose pareça um ácido que faz cócegas enquanto corrói a própria carne. 

Patrick Melrose (Reino Unido - 2018) de Edward Berger com Benedict Cumberbatch, Hugo Weaving, Jennifer Jason Leigh, Sebastian Maltz, Jessica Raine e Pip Torrens. ☻☻

PL►Y: O Despertar de Motti

Motti e a mãe: desafiando as tradições. 

Eu admito que costumo ser bem impaciente com comédias. Geralmente desisto delas em poucos minutos - não me pergunte exatamente o motivo, só sei que acontece. No entanto, quando encontro alguma que me convence a assistir até o final eu fico não apenas surpreso como extremamente grato. Foi isso que aconteceu com O Despertar de Motti, filme que nunca havia escutado falar e que assisti sem maiores pretensões na noite de ontem. A trama gira em torno de Motti (o simpático Joel Basman), um jovem judeu que já está um tanto cansado da pressão familiar para que se case. A maior interessada (e articuladora) para que isso aconteça é sua mãe, a zelosa Judith (Inge Maux que não tem medo de exagerar em todos os estereótipos deste tipo de personagem). Judith não cansa de arranjar encontros para  o rapaz, mas faz de conta que não percebe o desinteresse do moço nas futuras esposas judias que ela lhe arranja. Motti na verdade está interessado em uma colega da faculdade, Laura (Noémie Schmidt) que está bem longe do tipo almejado por sua mãe, principalmente no que se refere ao primeiro item das exigências: ter origem judaica. Conforme cresce o interesse de Motti pela colega, ele começa a se afastar do que seus familiares esperam que ele faça e, com isso, o filme ganha corpo sobre uma base bastante interessante: encontrar os rumos da própria vida. O roteiro é cheio de analogias às tradições que o protagonista precisa respeitar, algumas sérias e outras que parecem existir por puro hábito (as armações dos óculos por exemplo) e ajuda muito a forma como Joel Basman encarna o personagem como um jovem perdido que ainda tenta encontrar sua identidade dentro de um universo um tanto opressor. Leve e divertido, o filme aborda alguns aspectos da cultura judaica se equilibrando numa verdadeira corda bamba para não ser desrespeitoso, no entanto, não perde a chance de ensinar ao personagem que os caminhos do coração podem ser um tanto enganosos. Outro detalhe que aproxima o espectador da história é o fato de Motti quebrar a quarta parede, conversando com o público olhando diretamente para a câmera, o que ajuda a digerir até quando o roteiro não desenvolve alguns caminhos conforme deveria (como a armação pouco aproveitada do rapaz com uma de suas pretendentes ou quando ele vai morar com uma garota). O Despertar de Motti é um bom passatempo e tem um dos raros finais em aberto que faz pleno sentido. 

O Despertar de Motti (Wolkenbruchs wunderliche Reise in die Arme einer Schickse / Suíça - 2019) de Michael Steiner com Joel Basman, Noémie Schmidt, Udo Samel, Inge Maux e Lena Kalisch. ☻☻

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

PL►Y: Contato Visceral

Armie Hammer: o problema não é o desodorante...

Armie Hammer é um caso curioso de Hollywood. O rapaz frequentemente sempre aparece em duas listas distintas de Hollywood, em uma delas é considerado um dos atores mais bonitos do cinema atual, na outra é um dos maiores pé-frios de Hollywood. Parece que o fracasso comercial é uma espécie de maldição dos filmes que tem seu nome no alto dos créditos. É verdade que ele teve um respiro benevolente com Me Chame pelo Seu Nome (2017), mas não demorou para suas produções seguintes não alcançarem o sucesso almejado. Se por um lado ajuda que seu novo trabalho seja lançado pela Netflix, por outro, ter o filme traduzido para Contato Visceral no Brasil pode ser um problema... A sorte é que Hammer é um cara esperto e está atento aos diretores que estão em alta e podem lhe render um trabalho interessante, aqui por exemplo ele trabalha com Babak Anvari - que construiu o interessante Sob a Sombra (2016) em seu clima de terror doméstico cheio de simbologias. O problema é que Anvari investe aqui numa história um tanto confusa, que mais sugere do que constrói uma estrutura realmente envolvente ou assustadora. A trama gira em torno de um bartender de Nova Orleans (Hammer) que numa noite normal de trabalho se depara com um celular esquecido em uma mesa. Em busca de encontrar o dono, ele se envolve numa estranha espiral de acontecimentos envolvendo mortes, sacrifícios e ocultismo. Esse vínculo entre tecnologia e o desconhecido não é uma novidade, já vimos em sucessos como O Chamado (2002) e os trablhaos mais cults de David Cronenberg (que mostra-se um influência fortíssima para Anvari na estética deste filme). O problema é que embora o filme explore a interessante ideia do fascínio pela imagem produzida e compartilhada por celulares, a  ideia fica um tanto travada no relacionamento do casal vivido por Hammer e Dakota Johnson - e convenhamos que os dois estão um tanto desgovernados em seus personagens em seus ciúmes e dilemas pessoais. O filme se torna cada vez mais esquisito e cansativo, perdendo aos poucos o que havia de mais interessante. O tom sinistro aparece aqui e ali, mas explode mesmo é no final em uma cena enigmática estranhíssima que promete ficar na cabeça do espectador por algum tempo. Infelizmente, o que o filme oferece até ali não empolga. 

Contato Visceral (Wounds / Reino Unido - 2019) de Babak Anvari com Armie Hammer, Dakota Johnson, Zazie Beetz, Karl Glusman, Brad William Henke e Ben Sanders. ☻☻

APOSTAS PARA O OSCAR 2020: Capítulo I

Eles já começaram a aparecer! Basta ver todas as especulações sobre a interpretação de Joaquin Phoenix em Coringa, a pré-indicação de A Vida Invisível para representar o Brasil no páreo de filme estrangeiro ou o resgate do trabalho impressionante de Lupita N'Yongo em Nós. O Oscar se aproxima e com ele os lançamentos mais ambiciosos do ano quando se fala de prêmios! A seguir os  primeiros favoritos para esta temporada de ouro:

"O Irlandês" 
Scorsese nas últimas semanas deixou de ser falado pelo filme para se meter em pendengas com a Marvel ou com os críticos (desinformados) que reclamaram não haver protagonistas  femininas em seus filmes (e Ellen Burstyn quase devolveu o Oscar que tem na estante por conta disso). O fato é que produzido pela Netflix e com quase quatro horas de duração, O Irlandês conta a história de um matador de aluguel e suas conexões criminosas com a máfia e figuras importantes. No elenco estão Al Pacino, Robert DeNiro, Joe Pesci e Harvey Keitel - velhos conhecidos do diretor.

"Jojo Rabbit" 
O clima é outro neste filme do neozelandês Taika Waititi. O diretor de comédias malucas australianas e de Thor Ragnarok não tem medo de delírios e fazer graça com temas polêmicos. Aqui ele conta a história de um menino e seu amigo imaginário que é ninguém menos do que Hitler - e para piorar as coisas, o menino descobre que a mãe (Scarlett Johansson) está escondendo uma menina judia dentro de casa. A trama baseada no livro de Christine Leunens surpreendeu ao levar o prêmio de Melhor Filme no Festival de Toronto!

"A Marriage Story" 
Johansson e Adam Driver estão cotados para os prêmios de atuação pelo trabalho neste drama dirigido por Noah Baumbach. O diretor já revisitou o divórcio de seus pais em A Lula e a Baleia e foi indicado ao Oscar de roteiro original. Agora ele retoma esta temática com ainda mais camadas e sensibilidade em mais um trabalho produzido pela Netflix. Unanimidade entre os críticos, o filme dificilmente será esquecido entre os indicados do próximo ano - somente se houver lugar somente para um filme da Netflix aos olhos da Academia. 

"Judy"
Peso pesado na corrida ao Oscar de melhor atriz, Renee Zellwegger tem a chance de dar a volta por cima com seu surpreendente trabalho sobre os últimos dias de uma diva de Hollywood! Vivendo uma madura Judy Garland quando sua carreira já estava em declínio (e ela ainda tinha contas a pagar) a atriz alcança o melhor momento de sua carreira! Quem assistiu (pelo menos o trailer) sabe que a atriz está um arraso! Faz tempo que a atriz está afastada de grandes produções, ela já tem um Oscar de coadjuvante na estante e parece querer o de atriz principal agora...

"A Beautiful Day in the Neighborhood"
A atriz Marielle Heller tem feito uma carreira interessante como diretora. Depois de dois significativos (o bom Diário de uma Adolescente e o ótimo Poderia me Perdoar?), ela está prestes a conseguir um terceiro. O filme é uma adaptação de um artigo publicado na revista Esquire sobre um ícone da televisão americana! Tom Hanks vive o famoso Fred Rogers e Matthew Rhys é o repórter cínico que criará o tal artigo sobre ele. A história sobre compreensão pode render indicações para os dois atores e ainda colocar Heller no páreo de melhor direção.