Cruise e Blunt: Lute. Morra. Repita.
A ficção científica já foi meu gênero favorito e, acredito, que tornou-se o gênero favorito de Tom Cruise nos últimos anos. Sem o prestígio que tinha até o final dos anos 1990, o ator tem encontrado no gênero seu porto seguro. Parece que o público cansou das esquisitices do ator e seu envolvimento com a cientologia (onde o próprio conceito parece coisa sci-fi) e o divórcio de Kate Holmes não ajudou muito. Sorte que os fãs do gênero não se importam com fofocas e garantiram o sucesso de No Limite do Amanhã, que tornou-se um dos blockbusters mais elogiados do ano passado. O motivo para isso é o roteiro que utiliza uma ideia já utilizada várias vezes (um personagem capaz de ir e voltar no tempo para consertar os equívocos cometidos e alcançar seu objetivo). O filme é ambientado num futuro onde a humanidade precisará combater alienígenas numa verdadeira guerra. Atrair mais combatentes é o trabalho do Major William Cage (Cruise), espécie de garoto propaganda do exército americano, no entanto, Cage nunca esteve numa batalha até que ele é convocado pelo General Brighan para combater os inimigos. Quase sendo considerado um desertor, Cage vai parar no pelotão do Sargento Farell (Bill Paxton), onde é recebido com antipatia pelos outros soldados - além de enfrentar problemas com o traje mecânico de guerra. Diante da desastrosa ação do primeiro dia, Cage morre e desperta no passado, enfrentando o mesmo dia varias vezes sem explicação aparente. A sua solução parece estar com a marrenta oficial Rita (Emily Blunt, que tomou gosto por filmes de ação depois de Looper/), vulgarmente conhecida como Full Metal Bitch, que irá treiná-lo até que consigam derrotar os inimigos... só que que para isso, Cage precisa morrer (e voltar no tempo) muitas vezes. O diretor Doug Liman demonstra mais uma vez a habilidade necessária para compor as cenas de ação de tirar o fôlego, sendo esperto o suficiente para não deixar a história repetitiva (o que é fundamental para esse tipo de filme), vale destacar que o texto do oscarizado Christopher McQuarrie (ao lado de Jez e John-Henry Butterworth) a partir do livro de Hiroshi Sakurazaka ("All You Need is Kill"), faz o enorme favor de não ficar escravo de seu truque, ampliando possibilidades e não deixando de descartar seu truque quando o julga desnecessário para o desenvolvimento da narrativa. O resultado é um filmede ação agil, inteligente com bons efeitos especiais e que consegue parecer plausível mesmo quando oferece explicação para a situação mais estapafúrdia. Ao que tudo indica, Tom Cruise inaugurou uma nova franquia, o que prova que ainda tem carisma aos 52 anos para carregar um filme de ação nas costas (com a vantagem de não ter medo de usar o senso de humor quando necessário). O único problema do filme é o forçado romance que nasce entre Rita e Cage, mas Hollywood adora ver suas estrelas se beijando, mesmo diante do fogo cruzado com alienígenas sanguinários.
No Limite do Amanhã (Edge of Tomorrow/EUA-2014) de Doug Liman com Tom Cruise, Emily Blunt, Brendan Gleeson, Bill Paxton e Kick Gurry. ☻☻☻☻
No Limite do Amanhã (Edge of Tomorrow/EUA-2014) de Doug Liman com Tom Cruise, Emily Blunt, Brendan Gleeson, Bill Paxton e Kick Gurry. ☻☻☻☻
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