domingo, 28 de janeiro de 2018

PL►Y: Tinha que ser Ele?

Franco e sua nova família: mais uma comediota. 

Em 2011, James Franco conseguiu sua primeira indicação ao Oscar. Foi por conta de 127 Horas (2009) aclamado filme de Danny Boyle que marcou o auge da carreira do ator. Ele estava tão em alta que foi convidado para apresentar a cerimônia no mesmo ano e o resultado foi desastroso. Desde então ele participou de noventa projetos diferentes que lhe renderam todo o tipo de críticas. De filmes sérios, comediotas, séries, vídeos e tudo o mais que você possa imaginar, Franco mostrou-se um verdadeiro workaholic. Em 2017 sua carreira pareceu finalmente voltar a ter foco quando dirigiu O Artista do Desastre, recebendo elogios esteve cotado para o Oscar, ganhou o Globo de Ouro de melhor ator de comédia e... começaram a surgir denúncias sobre a conduta sexual imprópria do moço com as mulheres (e eu esperando aparecer alguma dos bastidores de Interior Leather Bar/2013). Em menos de 24 horas a carreira do moço foi do céu ao inferno. Antes deste episódio o ator apareceu neste Tinha que Ser Ele?, uma comédia onde interpreta o genro dos pesadelos do sogrão - e não deixava de ser irônico vê-lo num filme desses depois de todas as polêmicas que já se envolveu. James vive Laird Mayhew, um rapaz que ficou milionário no ramo de tecnologia e que namora a jovem Stephanie (Zoey Deutch). Stephanie é filha de Ned Fleming (Bryan Cranston), Ned tem sua própria empresa - que já viveu dias melhores. A primeira vez que Ned e Laird se veem já não é das melhores e a coisa piora quando ele é convidado a visitar a casa do futuro genro. A casa é toda tecnológica, com direito a sistema operacional para reger tudo (com voz de Kaley Cuoco de Big Bang Theory), funcionários trabalhando dia e noite e... nenhum papel na casa inteira. Obviamente que a visita irá se tornar um martírio, especialmente quando Ned descobrir que Laird irá pedir a mão da garota em casamento. Embora a sogra (Megan Mullally) simpatize com o rapaz e o caçula (Griffin Gluck) enxergue tudo com um certo deslumbramento, os conflitos entre sogro e genro só crescem até o final previsível. Até lá o roteiro capricha em piadas grosseiras, escatologias, piadinhas sexuais e todo tipo de coisas que se tornaram comuns nas comédias americanas de maior apelo comercial. A melhor piada é mesmo ver um sério Bryan Cranston em contraste com um desmiolado James Franco. No geral são quase duas horas da mais pura comediota americana e que pode até agradar os fãs dos dois atores se eles não exigirem demais de uma premissa dessas. 

Tinha que ser Ele? (Why Him? EUA-2016) de John Hamburg com Bryan Cranston, James Franco, Megan Mullally, Zoey Deutsch e Griffin Gluck. ☻☻

Nenhum comentário:

Postar um comentário