05 Dotado Para Brilhar (2011) De vez em quando Hollywood volta seu olhar para a produção da indústria de filmes eróticos. Na grande maioria das vezes o resultado costuma ser bastante sem graça - tal e qual essa comediota dirigida por Tom Brady que conta a história de Bucky Larson (Nick Swardson), um rapaz que descobre que seus pais eram astros de cinema pornô e resolve seguir a carreira que eles deixaram para trás. Nem o elenco de apoio com Christina Ricci, Don Johnson e Stephen Dorff conseguem salvar o filme da bobeira generalizada mais descartável. Tanta ruindade valeu seis indicações ao Framboesa de Ouro (incluindo pior filme, pior roteiro e pior ator).
04 Pagando Bem, que Mal Tem? (2008) Outra comédia sobre o ramo que capengou nas bilheterias foi essa assinada por Kevin Smith. No filme, um casal de amigos platônicos, Zack (Seth Rogen) e Miri (Elizabeth Banks) resolvem embarcar na produção de um filme erótico para superar os problemas financeiros - mas acabam descobrindo a forte atração que sentem um pelo outro. Smith é craque na criação de diálogos, mas não desenvolve sua história como deveria. O resultado tem momentos divertidos, mas está longe de aproveitar todas as ideias que aparecem na trama.
03 Como Não Perder Essa Mulher (2013) O filme de estreia na direção de Joseph Gordon-Levitt pode não ser ambientado no mundo da pornografia, mas pode ser bastante divertido quando levamos em consideração os comentários do viciado em sites eróticos que justifica seu vício com pompa de trabalho acadêmico (fundado em fantasias que estão bem longe da realidade). Quem curte o gênero pode até gostar ainda mais pelas inúmeras inserções de cenas calientes na edição do filme. Ou seja, se sua namorada quiser ver pensando que é mais uma comédia romântica de Hollywood é bom dizer para ela se preparar para o que está por vir.
02 Lovelace (2013) Houve quem acreditasse que esse filme pudesse colocar Amanda Seyfried na mira das premiações ao encarnar a estrela do clássico Garganta Profunda (1972) e outros filmes hardcores em sua curta carreira como atriz (seis filmes de 1971 até 1975), mas que a transformou num ícone do gênero. O filme conta a história de Linda Lovelace, nascida em Nova York e estrela de filmes adultos. O filme mergulha nos dilemas de sua carreira, com destaque para o relacionamento abusivo com o ator e produtor Chuck Trainor (Peter Sarsgaard) - com quem acabou se casando. Os diretores Rob Epstein e Jeffrey Friedman fazem um filme limpinho e coerente sobre a vida da atriz que depois se tornou atuante contra a pornografia e seus malefícios.
01 Boogie Nights (1997) Depois de uma estreia sisuda com Jogada de Risco (1996), Paul Thomas Anderson mostrou que tinha potencial de gênio ao voltar seu olhar para cinema pornô da década de 1970. A trajetória de Dirk Digler (Mark Wahlberg, em sua melhor atuação) torna-se um grande astro nas mãos do cineasta Jack Horner (Burt Reynolds, ótimo) ao lado das estrelas Rollergirl (Heather Graham) e a diva Amber Waves (a excepcional Julianne Moore). No entanto, a trajetória dos personagens irá atravessar a euforia da década de 1970 e a decadência dos anos 1980 com vários tropeços pelo caminho. Anderson usa o gênero como tempero para uma trama que investe nos personagens e seus conflitos - o que torna o filme no melhor olhar do cinema sobre o tema. Já considerado um clássico dos anos 1990, Boogie Nights concorreu e perdeu três Oscars: ator coadjuvante (Reynolds), atriz coadjuvante (Julianne) e roteiro original (Anderson) - embora merecesse todos eles.
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