quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Pódio: Wagner Moura

Bronze: o bombeiro distante. 

3º Praia do Futuro (2014) Nascido na cidade de Salvador na Bahia em 1976, Wagner Maniçoba Moura estreou como ator nos anos 1990 e 98 e começou a chamar cada vez mais atenção com seu talento entre dramas e comédias no teatro, no cinema e em programas de televisão. Ele já era bastante conhecido do público por conta de seus trabalhos no cinema e nas novelas quando enveredou por uma polêmica com este filme de Karim Aïnouz em que vive um bombeiro que se apaixona por um homem estrangeiro e muda os rumos de sua vida. As cenas mais tórridas e de nudez pegaram o público de surpresa e o bom trabalho do ator ficou ofuscado. Perante tanta confusão, Wagner decidiu investir cada vez mais na carreira internacional. 

Prata: o homem perseguido. 
2º O Agente Secreto (2025) Wagner sentiu que o clima estava cada vez mais estranho no Brasil e foi investir em sua carreira internacional. Participou de filmes e séries produzidas nos Estados Unidos e recebeu o convite de Kleber Mendonça Filho para interpretar um papel feito sob medida para ele. Na pele de Marcelo, um personagem que chega em Recife para se esconder de perseguições nos idos de 1977, Wagner tem a difícil tarefa de carregar tensão em cada cena do seu personagem sem ter que gritar ou agredir alguém. Seu trabalho é tão marcante (e se torna ainda mais quando encarna outro personagem no último ato do filme) que levou para casa o prêmio de melhor ator no Festival de Cannes. O brasileiro é apontado por vários críticos como provável indicado ao Oscar de melhor ator em 2026. 

Ouro: o icônico capitão. 
1º Tropa de Elite (2007) Desculpa, Wagner. Sei que você já fez muito papel interessante, muito filme bom, mas nada se compara à popularidade e toda a complexidade que gira em torno do icônico Capitão Nascimento. O filme premiado no Festival de Berlim pode até ser acusado de fascista até hoje, mas a realidade apresentada por ele ainda se faz presente nos telejornais (basta lembrar de notícias recentes ocorridas no Rio de Janeiro). O ator de transmuta em um tipo totalmente diferente dos demais vividos em sua carreira, um personagem que pode ser visto como um símbolo da truculência policial, mas que também representa um tanto da indignação perante a situação do tráfico e da violência no Brasil, tanto que o a continuação aprofunda ainda mais algumas questões que já aparecem neste aqui. 

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