Toma e Adrian: caça ao tesouro pouco empolgante.
Premiado no Festival de Cannes na mostra Un Certain Regard e aclamado mundialmente em festivais ao redor do mundo, o romeno O Tesouro é aquele tipo de filme que quando termina você pensa ter assistido ao filme errado. Forte candidato ao posto de filme mais sem graça que vi em 2016, O Tesouro começa com uma premissa interessante, mas deixa a impressão que não faz a mínima ideia do que fazer com ela. O filme gira em torno de um pai de família que recebe a visita de um vizinho que tenta convencê-lo a ajudar a encontrar um tesouro enterrado no terreno de sua família. Este é o ponto de partida de um filme que irá se arrastar por uma hora e meia investindo no realismo. Arrastado, com diálogos simplistas e atuações pouco marcantes, fica difícil ficar acordado durante o filme. A cena com o detector de metais parece durar uma eternidade e os dilemas dos personagens é sempre resolvida da forma mais simples possível até chegar ao desfecho que muitos consideram poético - mas eu não. Classificado como comédia (o que faz o humor romeno ser um verdadeiro enigma para mim) o filme recebe elogios por sempre subverter as expectativas da plateia, o que é verdade, mas sempre seguindo por um caminho que resulta pouco interessante. Talvez a piada do filme seja o tal tesouro, que somente alguns espectadores são capazes de enxergar.
O Tesouro (Comoara / Romênia - França / 2015) de Corneliu Porumboiu, com Toma Cuzin, Adrian Purcarescu e Corneliu Gozmei. ☻
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