Depois de abordar os atores, atrizes e cineastas indicados ao Oscar deste ano, chegou a vez das produções que estão na disputa do prêmio mais cobiçado da noite. Este ano a Academia escolheu oito filmes na categoria principal e deixou alguns de fora que bem que poderiam ter completado a lista de dez. No entanto, diante do ano complicado que o cinema viveu por conta da pandemia, ter filmes lançados já é uma verdadeira vitória. A seguir os oito indicados em ordem alfabética (e um que todos acharam que estariam na disputa e ficou de fora):
Bela Vingança se uma surpresa acontecer, muitos apontam que o filme de estreia de Emerald Fennell seria o favorito com sua história atual e bastante cáustica de uma garota que resolve se vingar da cultura de abusos às mulheres. O filme concorre ainda em melhor direção, roteiro original (que tem fortes chances de levar), edição e Carey Mulligan com chances ampliadas na disputa mais imprevisível do ano, a de melhor atriz (ela já levou o Critic's Choice pelo papel).
Judas e o Messias Negro O segundo filme de Shaka King apareceu na disputa na reta final e, graças à sua força narrativa, surpreendeu ao conseguir seis indicações ao Oscar: filme, roteiro original, canção, fotografia e a disputa de Daniel Kaluuya e Lakeith Stanfield no páreo de ator coadjuvante. Kaluuya levou todos os prêmios de coadjuvante da temporada como o líder dos Panteras Negras Fred Hampton - que é traído por um informante do FBI (Lakeith).
Mank é produzido pela Netflix (em ano de pandemia), com direção de David Fincher sobre o roteiro (do pai dele) acerca do processo criativo do famoso roteirista responsável pelo texto de um clássico do cinema. Não tinha o que dar errado... mas a produção não empolgou. Lembrado em dez categorias é o mais indicado: filme, direção, ator (Gary Oldman), atriz coadjuvante (Amanda Seyfried), fotografia, design de produção, som, trilha sonora, maquiagem e penteados e figurino.
Meu Pai é o meu filme favorito da disputa! Gosto muito da forma como o diretor Florian Zeller transporta sua peça para a tela utilizando todos os recursos para causar a mesma sensação de desorientação do protagonista. Anthony Hopkins está brilhante como o senhor que não entende muito bem o que acontece ao seu redor (e ele pode surpreender na disputa de melhor ator). O filme ainda concorre à atriz coadjuvante (Olivia Colman), edição, design de produção e roteiro adaptado.
Minari conta a história de uma família de imigrantes coreanos que investe em uma fazenda nos EUA na década de 1980. Sensível e com excelente trilha sonora, o filme de Lee Isaac Chung tornou-se o favorito no páreo de atriz coadjuvante ao longo da temporada e deve premiar a veterana Yuh-Jung Youn. Steve Yeun também se tornou o primeiro ator de origem oriental indicado ao prêmio de melhor ator. Com seis indicações, o filme ainda concorre à direção, roteiro original e trilha sonora.
Nomadland já recebeu mais de 200 prêmios internacionais desde que levou para casa o Leão de Ouro no Festival de Veneza e conta a história de Fern (Frances McDormand), uma mulher que perdeu tudo e mora em uma van e busca por empregos provisórios nos EUA. Este retrato pós-crise quase documental é o favorito da disputa! Concorre em seis categorias, incluindo atriz, roteiro adaptado, sendo também o favorito para direção (Chloé Zhao que deve fazer história) e fotografia.
O Som do Silêncio é a prova de que a Amazon aprendeu a divulgar seus filmes durante a temporada de ouro. Dirigido por Darius Marder, o filme investe num tom imersivo que se torna uma verdadeiro experiência sensorial sobre um baterista que perde a audição e precisa aprender a lidar com isso. O filme também concorre em seis categorias incluindo ator (ótimo trabalho de Riz Ahmed), ator coadjuvante (Paul Raci), som (em que é favorito), roteiro original e edição.
Os Sete de Chicago é o segundo longa do premiado roteirista Aaron Sorkin na direção. Produzido pela Netflix, o filme ganhou força com acontecimentos recentes na terra do Tio Sam. O filme conta a história de sete manifestantes contra a Guerra do Vietnã que se deparam com um julgamento de cartas marcadas (e um juiz inconcebível). Ganhador do SAG de melhor elenco, o filme tem chances em roteiro original. Ainda concorre a ator coadjuvante (Sacha Baron Cohen), edição, fotografia e canção original.
O ESQUECIDO: Uma Noite em Miami merecia mais do que as indicações recebidas (ator coadjuvante/Leslie Odom Jr., roteiro adaptado para Kemp Powers e canção original), afinal a boa estreia de Regina King na direção resulta num dos filmes mais elegantes e bem resolvidos do ano ao imaginar o encontro de quatro ícones afro-americanos nos anos de luta da década de 1960. Além das ótimas atuações, Regina constrói uma narrativa dinâmica que merece atenção no catálogo Prime Video.
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