Nascido em Chicago no ano de 1965, com descendência Lituana e Irlandesa, John Christopher Reilly é um ator com dezenas de trabalhos no cinema, no teatro e na TV americana. Sua carreira de ator na sétima arte começou em 1989 com Pecados de Guerra um dos filmes menos celebrados de Brian de Palma. Pelo menos o filme serviu para que ao lado de Michael J. Fox e Sean Penn, o cara chamasse atenção de outros diretores. Ele se encontrou novamente com Penn nos sets de Não Somos Anjos (1989) e no ano seguinte seguiu como coadjuvante em Dias de Trovão (1990) - mas com Tom Cruise caindo de amores por Nicole Kidman (e sua então vasta cabeleira) poucos notaram o trabalho do cara. A coisa começou a melhorar quando Reilly foi escalado por Woody Allen para acompanhar o elenco plural de Neblinas e Sombras (1992) - que contava com atores que iam de Jodie Foster à Madonna). A vida de coadjuvante continuou em produções sérias como Hoffa (1992) e Gilbert Grape (1993) de Lasse Hallstrom, onde interpreta um dos amigos do melancólico personagem de Johny Depp. Nem como vilão ele perdeu o jeito de bom moço em Rio Selvagem onde atazanava a família de Meryl Streep sob a batuta de Curtis Hanson. Depois de seu papel pequeno ao lado de Kathy Bates no ótimo Eclipse Total (1995) o cara resolveu investir no cinema independente e ganhou o seu primeiro protagonista (além de um grande amigo). Reilly foi o protagonista do primeiro filme de Paul Thomas Anderson, o pouco visto Hard Eight (1996) o qual fez sucesso em festivais indies e mostrava que tanto John, quanto Paul tinham talento chamar atenção. Na trama, Reilly interpreta um cara que ganha a vida em cassinos - e o ator confere uma integridade ímpar ao personagem e só num filme independente o ator poderia fazer par com Gwyneth Paltrow (antes do Oscar, claro). A parceria com Paul deu tão certo que o diretor o escalou para viver um personagem improvável: um astro pornô da década de 1970. Para falar a verdade não era um pornstar qualquer de Boogie Nights (1997), mas o melhor amigo de Dirk Diggler (Mark Wahlberg) o astro maior desta alegoria sobre a ascenção e queda da cinematografia erótica americana. Em 1998 Reilly reencontrou Sean Penn mais uma vez nos sets do poético Além da Linha Vermelha que Terrence Mallick dirigiu após mais de uma década longe dos sets. No ano seguinte ele lançou a comédia Nunca foi Beijada estrelada por Drew Barrymore, e lógico que ele não era o galã do filme. A parceria com Paul Thomas Anderson gerou mais um fruto quando fizeram o caleidosópico Magnólia (1999), no papel de um policial cheio de boas intenções que se depara com o dia mais estranho de sua vida. Se existe um protagonista entre a mais de uma dezena de astros do filme (Tom Cruise, Phillip Seymour Hoffman, Julianne Moore, Jason Robards, William Macy...) ele seria o papel de Reilly. Premiado em Berlim, o filme foi o último trabalho do ator com Paul. Depois ele acabou sofrendo ao lado de Wahlberg e George Cllooney em Mar em Fúria (2000), estreve sob a batuta de Scorsese em Gangues de Nova York (2001) e foi traído pela melhor atuação de Jennifer Aniston em Por um Sentido na Vida (2002). Ainda em 2002 Reilly atuou nos dois filmes que mais disputaram prêmios naquele ano: As Horas e Chicago. No primeiro era o marido feliz de Julianne Moore, no segundo era o marido ingênuo de Renee Zellwegger. Ambas atuações são memoráveis, mas foi pelo musical que carrega o nome de sua cidade natal que foi indicado ao Oscar de coadjuvante. Em 2004 ele reencontrou Scorsese nos sets de O Aviador e seguiu trabalhando com grandes diretores como Walter Salles (Água Negra/2005) e Robert Altman (A Última Noite/2006). Depois de fazer filmes tão densos fez a sátira A Vida é Dura (2007) que lhe valeu uma indicação ao Globo de Ouro de ator de comédia/musical e o besteirol Quase Irmãos (2008). Recentemente Reilly emprestou sua voz para a estranha animação 9 (2009) e sua figura de não-galã para Cirque Du Freak (2009). Em 2010, onde muitos questionaram as indicações nas categorias do Globo de Ouro, vários críticos reivindicavam uma indicação para a atuação de Reilly na dramédia Cyrus, onde faz o namorado de Marisa Tomei e tem que lidar com o problemático filho dela (Jonah Hill), o filme despretensioso acabou se tornando um dos maiores cults de 2010. Para este ano o cara irá aparecer em mais três longas: Cedar Rapids (do mesmo diretor de Por um Sentido na Vida, Miguel Arteta), a dramédia Terri e We Need do Talk About Kevin que deve estrear na época dourada das premiações. Será que pelo menos um Globo de Ouro sai dessa vez? Bem, se as comédias não ajudarem ele está em Carnage, novo filme de Roman Polanski com Jodie Foster, Kate Winslet e Christophe Waltz - mas este só estréia em 2012!
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