terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

INDICADOS AO OSCAR 2015: Melhor Atriz

JULIANNE MOORE (Alice Para Sempre)
Pelo papel da professora especialista em linguística que sofre de Alzheimer precoce, Julianne tornou-se a favorita. Ela já levou para a casa o Globo de Ouro de atriz dramática e o prêmio do Sindicato dos Atores na mesma categoria (além de outros prêmios) pelo papel. Faz tempo que Julianne merece um Oscar, seu talento já foi reconhecido pela Academia em outras quatro ocasiões, afinal ela já concorreu quatro vezes: melhor atriz por Longe do Paraíso/2002 e Fim de Caso/1999  e Atriz Coadjuvante por Boogie Nights/1997 e As Horas/2002, em todas as vezes poderia ter ganho, mas somente agora é considerada imbatível. Aos 54 anos, se ganhar, será uma das poucas atrizes a ganhar todos os principais prêmios do cinema (Cannes, Veneza, Berlim, Globo de Ouro e Oscar) ao longo da carreira.

FELICITY JONES (A Teoria de Tudo)
Faz tempo que essa Felicity fica na mira das indicações e acaba de fora. Houve especulações de indicações por A Tempestade/2010 , Loucamente Apaixonados/2011 e O Nosso Segredo/2013 mas foi como a devotada esposa do físico Stephen Hawking que a Academia lhe conferiu a primeira indicação. Ela transborda emoção na pele de Jane Hawking e o desafio de lidar com a doença degenerativa do esposo - considerado um dos homens mais inteligentes do mundo. Atuando desde os treze anos, Felicity é uma de minhas atrizes favoritas (e com o prestígio alcançado com o filme deve ter seu número de admiradores  aumentado consideravelmente).

REESE WITHERSPOON (Livre)
Baseado na autobiografia de Cheryl Strayed, o filme do canadense Jean Marc-Vallé mostra a jornada de uma mulher em busca de superar seus fantasmas numa trilha de mil milhas pela costa do Oceano Pacífico. A jornada também ajudou Reese Witherspoon a encontrar sua redenção no cinema independente, com qual flertava nos últimos anos depois de servir apenas de chamariz em filmes que nem ligavam se ela tinha um Oscar de atriz por Johny & June/2005. Pela personagem que lida com o divórcio, tenta superar o vício em heroína e a morte da mãe, a atriz entrou no radar da Academia mais uma vez por um papel dramático. 

ROSAMUND PIKE (Garota Exemplar)
Apesar do filme ser um dos mais falados do ano, a Academia considera que a melhor coisa nele é a interpretação da atriz como a multifacetada esposa desaparecida do filme de David Fincher. Na obra, em que nada é o que parece, Rosamund está excepcional na pele de uma personagem complicada. Curiosamente, quase que Reese Witherspoon (que tinha comprado o direito autoral para adaptar o best seller) ficou com o papel, mas Fincher conseguiu convencê-la de que não era adequada para o papel. É a primeira vez que a atriz inglesa concorre ao Oscar, antes seu papel mais conhecido era como a doce Jane de Orgulho e Preconceito/2005. 

MARION COTILLARD (Dois Dias, Uma Noite)
 A academia gostou mesmo dela no papel da mulher que precisa convencer seus colegas operários de que eles devem votar pela sua permanência na fábrica (e abrir mão de um gordo bônus salarial). Ótima em cena, Cotillard tem um Oscar na estante por Piaf (2007), onde interpretou a diva francesa Edith Piaf - e desde então mostrou-se versátil em blockbusters (A Origem/2010 e Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge/2012 ), produções que miram o Oscar (Nine/2009 , Meia-Noite em Paris/2011, Era Uma Vez em Nova York/2014) além de produções estrangeiras (Ferrugem e Osso/2012). Vale lembrar que Marion é a única atriz estrangeira a ganhar um Oscar de atriz em língua não inglesa. 
  
A ESQUECIDA: Jennifer Aniston (Cake)
Sei que para muitos é difícil acreditar, mas Aniston foi uma das ausências mais sentidas nas indicações desse ano. No filme ela interpreta uma mulher traumatizada e depressiva, dependente de remédios e de grupos de autoajuda (e ainda torna-se obcecada por uma conhecida que se suicidou). O filme de Daniel Barnz rendeu elogios à atriz desde que foi exibido no Festival de Toronto, mas desde o início o produtor inexperiente comprometeu a repercussão do filme no período de votação. Pelo papel, Aniston concorreu a vários prêmios, entre eles o Globo de Ouro de atriz dramática e o Prêmio do Sindicato. Jennifer também foi quase indicada ao Oscar por sua atuação em Por um Sentido na Vida (2002). 

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